Saúde
Doenças cerebrovasculares e infecções no rim e trato urinário lideram relação de enfermidades com internações potencialmente evitáveis
As doenças cerebrovasculares (20,11%) e as infecções no rim e trato urinário (17,44%) são os dois grupos de patologia que lideram uma relação de enfermidades com internações potencialmente evitáveis, de acordo com dados revelados pela Pesquisa Nacional Saúde UNIDAS 2022, realizada junto a 56 filiadas à União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde.
As hospitalizações por essas doenças são consideradas potencialmente evitáveis porque possuem fatores de risco modificáveis, geralmente associados ao estilo de vida, como hábitos alimentares, tabagismo, sedentarismo e abuso de álcool. Além disso, elas seriam evitadas caso se implementassem com maior abrangência no País programas de Atenção Primária à Saúde (APS), na qual o indivíduo (e não a doença) é o foco.
Na prática, a APS é um acompanhamento do paciente de maneira periódica, estimulando atividades e ações que previnam doenças, contribuindo para evitar exames e internações desnecessárias. “Todos ganham com a adoção de programas de APS. Tanto os planos, que reduzem os gastos, uma vez que as internações representam cerca de 50% dos custos do setor, quanto os beneficiários, que podem ter uma vida mais saudável com acompanhamento de qualidade e direcionado”, explicou o presidente da UNIDAS, Anderson Mendes.
Investir em APS é um benefício para o paciente, em especial os mais idosos, que sofrem mais com internações e doenças relativas à idade. A taxa de internação da última faixa, considerada de 59 anos ou mais, é atualmente de 20%, ou seja, seriam 4 mil internações a menos no sistema. O total de exames também seria impactado. Os beneficiários com 59 anos ou mais costumam fazer em média 37,7 exames por ano.
Na sequência da pesquisa UNIDAS 2022, as doenças potencialmente evitáveis são: angina (8,25%), gastroenterites infecciosas (8,63%), insuficiência cardíaca (6,85%), infecção da pele e tecido subcutâneo (6,48%), hipertensão (5,98%), úlcera gastrointestinal (5,29%), pneumonias bacterianas (4,63%) e diabetes melitus (4,57%).





