Quando se fala em homem das cavernas e do período em que viveram, vem à tona uma realidade muito distante e primitiva. Porém, o que se pode observar nos dias de hoje, é que alimentação praticada naqueles tempos vem ganhando cada vez mais adeptos. A dieta paleo, focada em alimentos semelhantes aos ingeridos há aproximadamente 2,5 milhões a 10.000 A.C, é baseada na caça, onde é recomendado apenas o consumo de alimentos naturais, de origem animal e vegetal, dispensando os que provêm do cultivo agrícola, mesmo que considerados saudáveis.
Segundo Guilherme Corradi, médico do esporte e pós-graduado em Lifestyle Medicine, a dieta paleolítica vem com a premissa que algumas doenças comuns nos dias de hoje, como diabetes, obesidade e até problemas no coração, são resultados da má alimentação imposta pelos hábitos alimentares contemporâneos. “O excesso de carboidrato, o alto consumo de alimentos processados e açúcar, são grandes influenciadores dos males da atualidade. Essa dieta tem uma resposta muito boa do nosso organismo, pois voltamos a praticar a alimentação dos nossos ancestrais, alimentação essa, para o qual o nosso organismo foi moldado. Nós temos o mesmo código de genes dos nossos antepassados e eles sempre viveram muito bem sem manufaturados ou produtos vindos da indústria”, explica o especialista.
Na “Idade da Pedra”, outro nome associado à dieta “paleo”, tudo o que era consumido provinha da caça, ou seja, as refeições eram restritas às carnes, peixes, vegetais e frutas. Nos dias de hoje, este estilo alimentar se baseia exatamente nisso, abusar das carnes, inclusive as gordas que possuem mais gordura, além de consumir vegetais, frutas e excluir massas e grãos.
A dieta paleolítica ajuda a emagrecer, pois, reduz o consumo de carboidratos, alimentos processados e industrializados, o que consequentemente diminui os níveis de glicose na corrente sanguínea e o acúmulo do tecido adiposo. “Como ela é uma dieta rica em vegetais, fibras e proteínas, a “paleo” também consegue aumentar a saciedade e reduzir a vontade de comer”, comenta o médico.
É importante ressaltar que apesar da comprovação que a dieta paleolítica é recomendada para perder ou manter peso, é indispensável consultar um médico ou nutricionista antes de segui-la. “Cada caso é um caso e deve ser avaliado individualmente. Ao seguir qualquer dieta sem orientação o paciente pode desencadear problemas ou acentuar males já existentes”, completa Guilherme Corradi.
Sobre o Dr. Guilherme Corradi
O Dr. Guilherme Corradi – CRM-SP 133564, RQE: 62929. Especialista em Medicina do Esporte. Pós-graduado em Lifestyle Medicine (Medicina do Estilo de Vida). Membro titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, da FIMS-International Federation of Sports Medicine e da ELMO – European Lifestyle Medicine Organization.
Possui protocolos voltados para ganho de massa muscular e emagrecimento. Na sua clínica própria em São Paulo, atende vários famosos.