Saúde
Dia dos Avós: envelhecimento populacional alerta para o cuidado com a saúde dos idosos
Mais do que uma data para comemorar a vida dos avós com mimos e presentes, o dia 26 de julho é um alerta para a importância do cuidado com a saúde dessas figuras tão marcantes no ciclo familiar e que, em alguns casos, necessitam de cuidados especiais para uma vida longa e confortável.
Com o recente envelhecimento populacional e o consequente percentual de pessoas idosas mais elevado, ter conhecimentos básicos para lidar com as necessidades dos idosos é essencial. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Brasil vive um cenário de envelhecimento populacional, com um aumento de 29,5% neste grupo etário (mais de 60 anos) somente de 2012 a 2019.
Ainda segundo as estimativas do instituto, a população brasileira deve crescer até 2047, quando atingirá 233,2 milhões de pessoas. Nesse cenário, a expectativa é de que o número de pessoas com 65 anos ou mais praticamente triplique, chegando a 58,2 milhões em 2060 – o equivalente a 25,5% da população.
Como empresa de Atenção Domiciliar (Home Care), os profissionais da Assiste Vida convivem com inúmeros netos que cuidam dos seus avós com zelo e dedicação. Para o médico geriatra Leonardo Salgado, os avós e idosos em geral são referência de amor e carinho e merecem cuidados a todo o tempo para que tenham mais saúde e qualidade de vida.
“Tudo o que somos hoje é fruto do zelo e amor dos mais velhos, dos nossos pais e avós, pessoas que hoje precisam de ser cuidadas e preservadas. Em alguns casos, o cuidado pode ser temporário, como acontece quando a pessoa acabou de passar por uma cirurgia, mas há situações em que ele se estende até o fim da vida” descreve Salgado, que também é presidente da Assiste Vida.
Ele aponta ainda que uma das formas para preservar a saúde dos idosos e torná-los cada vez mais ativos na sociedade é cultivando hábitos saudáveis. “Eu diria que os hábitos de vida mais importantes estão relacionados à atividade física, alimentação e a manutenção de um ritmo de sono de qualidade. Além disso, é importante que a gente consiga preservar o máximo possível a autonomia e individualidade desses pacientes”, esclarece.
Riscos de acidentes
Uma parte significativa dos idosos possui dificuldade de locomoção em graus diferentes e algumas intervenções podem ser feitas no espaço doméstico para evitar quedas e acidentes.
“O idoso vive a maior parte do tempo em casa e, consequentemente, este espaço oferece os riscos de acidentes. Então não há dúvida que atualmente as quedas são um dos maiores problemas enfrentados pela população mais velha”, diz o médico.
Dr. Salgado lista algumas dicas para manter um ambiente que diminua o risco de acidentes, entre eles: ter sempre iluminação adequada, evitando com que o idoso se desloque em ambiente de baixa luminosidade, não ter fios e tapetes soltos pela casa e nem móveis que deslizem ao toque.
“Há casos em que as sequelas em consequência de uma queda podem modificar toda a vida do idoso. Eu diria que hoje um dos maiores desafios pra quem cuida de pessoas idosas é garantir que eles tenham uma qualidade de vida e protejam-se dos riscos de acidentes em geral”, completa.
No caso de quedas e acidentes, a primeira atitude é buscar o auxílio de um profissional de saúde para avaliação e verificação de possíveis complicações como fraturas e realizar o cuidado necessário. Além dos riscos de quedas dentro de casa, a redução de temperatura que acontece no outono e inverno associado a diminuição da permanência em ambientes externos e ventilados, pode ser um risco para a saúde respiratória dos mais idosos, sendo essencial que estes se protejam do frio, mas mantenham os ambientes arejados para prevenção de infortúnios.




