A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em setembro, repetindo o menor patamar desde o início da série histórica em 2012, com recorde de trabalhadores com carteira assinada.
Destaque:
· Os principais indicadores do mercado de trabalho
· Comportamento dos setores econômicos
· Análise do perfil da força de trabalho nacional
O mercado de trabalho brasileiro atinge novo marco histórico: a taxa de desemprego ficou em 5,6% no trimestre encerrado em setembro de 2025, igualando o menor patamar da série iniciada em 2012. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo IBGE, revelam que a população desocupada chegou a 6,045 milhões de pessoas — o menor contingente já registrado.
Esse resultado consolida uma trajetória de melhora no emprego: em relação ao trimestre anterior, a queda foi de 3,3%; na comparação com igual período de 2024, o recuo atingiu 11,8%. O número de empregados com carteira assinada renovou seu recorde, alcançando 39,2 milhões de trabalhadores.
Dinâmica Setorial e da Força de Trabalho
A análise por setores econômicos mostra movimentos distintos. Na comparação com o trimestre anterior, destacaram-se com crescimento: —Agricultura, pecuária e pesca: alta de 3,4% (mais 260 mil pessoas) —Construção: incremento de 3,4% (mais 249 mil pessoas)
Por outro lado, registraram queda: —Comércio e reparação de veículos: redução de 1,4% (menos 274 mil pessoas) —Serviços domésticos: recuo de 2,9% (menos 165 mil pessoas)
Já a renda média real do trabalhador apresentou valor de R$ 3.507 no período, com alta de 4% ante o mesmo trimestre de 2024.
Estabilidade e Perspectivas
A população inserida no mercado de trabalho manteve-se estável acima de 102 milhões de pessoas, enquanto o nível da ocupação ficou em 58,7%. O contingente total na força de trabalho — que soma ocupados e desocupados — foi estimado em 108,5 milhões, mantendo estabilidade tanto na comparação trimestral quanto anual.
Os números, diga-se, reforçam a resistência do mercado de trabalho mesmo em um contexto de moderado crescimento econômico. Para a Bahia, que tradicionalmente acompanha os movimentos nacionais, esses indicadores servem como importante termômetro para avaliar o impacto das políticas estaduais de geração de emprego e renda.