Apesar de não ser algo novo, a terceirização nas empresas tem ganhado mais destaque nos últimos anos, devido a mudanças trabalhistas
Atualmente, as empresas podem contar com uma possibilidade que antes poderia ser vista até mesmo com maus olhos: a terceirização de funcionários ou serviços. Isso garante não apenas uma redução de custos, mas também um foco maior da empresa em atividades mais importantes.
Esse termo é usado para designar a contratação de empresas ou prestadores de serviços para uma determinada atividade dentro da sua empresa. Geralmente, essas companhias ou profissionais são especializados em apenas uma área e costumam ser mais econômicos do que a contratação interna.
Isso é algo novo?
Nem pensar. A terceirização já existe há algum tempo, a única diferença é que antigamente ela era usada somente para atividades-meio, que são operações não diretamente ligadas ao processo principal da sua empresa. Confira alguns dos exemplos mais utilizados antigamente:
- Serviços administrativos, como portaria, limpeza, contabilidade, assistência jurídica e recursos humanos;
- Segurança, em que esses profissionais geralmente têm treinamentos bastante rígidos e normas próprias destinadas somente para a proteção de patrimônios das empresas contratadas;
- Logística, pois terceirizar o transporte ainda é algo bastante comum para as empresas, principalmente com o advento de aplicativos de entrega;
- Tecnologia da Informação é outra área bastante comum de ocorrer terceirização, afinal de contas, não é necessário arcar com os custos de equipamentos de ponta e infraestrutura para que esses profissionais tenham condições de trabalhar.
Como isso pode ajudar a minha empresa?
Ao terceirizar suas atividades-fim, ou até mesmo atividades-meio, isso garante uma redução de custos com processos internos, além de retirar dos colaboradores que realizam trabalhos para você qualquer tipo de vínculo empregatício direto com a empresa contratante, gerando bem menos dores de cabeça no final do mês.
Redução da estrutura operacional
Com a contratação de funcionários terceirizados, você reduz o seu quadro de funcionários. Isso acaba gerando menos estrutura para ser gerida e a possibilidade de focar e planejar melhor os próximos passos da sua empresa.
Em muitos casos, você até diminui seus gastos com infraestrutura, já que os profissionais terceirizados geralmente podem realizar suas atividades diretamente com os seus próprios equipamentos, sem qualquer vínculo com a empresa.
Diminuição de custos e burocracia
Apesar de já ter sido comentado, é evidente que esse processo de terceirizar setores acaba levando a uma economia expressiva para a sua empresa. A partir do momento que você não tem mais obrigações legais com o colaborador, você pode alocar os gastos que seriam usados com direitos trabalhistas para impulsionar o seu negócio.
Cuidados que devem ser tomados para gerir colaboradores terceirizados
Entretanto, existe uma série de medidas que devem ser tomadas para gerenciar essa nova leva de colaboradores na sua empresa, incentivando-os a darem o melhor de seus potenciais para o seu negócio.
Treinamentos
A responsabilidade integral dos colaboradores é da empresa contratada, o que não quer dizer que você não deva orientá-los nas métricas, objetivos e anseios da sua empresa. Mas, acima de tudo, é importante saber até onde vai a sua atuação para com eles, a fim de evitar problemas legais previstos por lei.
Por conta disso, procure sempre desenvolver os treinamentos de capacitação das metas da empresa junto da companhia que contratou esses profissionais. Desta forma, é possível orientar os colaboradores de uma maneira concisa e que não gere problemas legais futuros para você.
Integração
É muito importante integrar os colaboradores dentro do contexto dos objetivos da empresa. Desta forma, eles ficarão cientes e integrados das metas que a companhia deseja alcançar, e, com isso, se tornarão profissionais melhores para os seus propósitos.
Valorização
Todo o colaborador que se sente valorizado tende a exercer sua atividade da melhor maneira possível. Por conta disso, procure estimular programas de reconhecimento de desempenho, procurando bonificar todos que conseguirem bater as metas. Mas faça isso com todos os funcionários, até mesmo para não gerar intrigas desnecessárias.
Subordinação
O colaborador não é seu funcionário diretamente. Por conta disso, apesar de ser necessário treinar, monitorar o desempenho, parabenizar e até mesmo premiar quando atingir metas, é importante identificar esse relacionamento não como de subordinado, mas, sim, como de parceiro de negócios.
Este é um ponto importante, já que muitas reclamações trabalhistas acabam surgindo desta falta de limite entre os profissionais. Portanto, tenha sempre a relação mais amistosa possível com esses colaboradores.
Monitoramento
Com essas etapas já consolidadas, agora é o momento de monitorar para ver se elas realmente estão surtindo efeito para o objetivo do seu negócio. Para isso, estabeleça metas concisas e claras para esses colaboradores, e acompanhe de perto seu avanço durante esse período de adaptação.
Mas esse monitoramento vai além disso. A fim de evitar problemas para a empresa, é necessário também ficar de olho na quantidade de horas trabalhadas, se foram realizadas horas extras indevidas, entre outros pontos, que, se saírem do controle, podem acabar gerando gastos desnecessários para a administração.
Esse tipo de situação pode ir diretamente de encontro com outras obrigações da empresa, como o passivo circulante, que acaba desencadeando uma série de problemas legais até mesmo com os próprios funcionários.
Quem deve realizar esse monitoramento?
O monitoramento das horas deve ser feito diretamente pela empresa contratada. Inclusive, o sistema de registro de pontos deve ser realizado totalmente à parte do sistema da companhia contratante, de forma que não haja embaralhamento de dados, dificultando a observação desses colaboradores.
Isso serve também para que os funcionários considerados como mais “problemáticos” possam ser trocados antes que acabem gerando mais dano à marca e, no pior dos casos, até mesmo um rompimento de contrato.