De acordo com um estudo da Merrill Lynch, 4 em cada 10 mulheres sentem-se envergonhadas quando discutem finanças com a família e amigos. Além disso, 77% delas confiam mais no parceiro na hora de tomar decisões sobre suas finanças. Com Ítala dos Anjos também foi assim. Ainda sem conhecimento sobre finanças, se viu atolada em dívidas oriundas de um relacionamento abusivo.
A nordestina e educadora financeira, Ítala dos Anjos decidiu em 2018 mudar de carreira e apostou nas finanças como caminho para uma mudança de vida radical. “Em 2014, depois de me divorciar e mudar radicalmente minha vida financeira, deixando de ser endividada e me tornando investidora, me vi sendo conselheira financeira de amigas e colegas de trabalho que desejavam ter resultados semelhantes aos meus. Mas foi apenas em 2018, depois de passar por uma depressão que iniciei a transição de carreira”, explica Ítala.
Há 6 anos, a especialista fundou a Multiplique Educação Financeira com a missão clara de mostrar como mulheres podem encontrar um caminho para a liberdade financeira com todos os benefícios que essa conquista traz.
O número de mulheres no Brasil que investem em algum produto financeiro aumentou pelo segundo ano consecutivo, subindo de 33% em 2022 para 35% em 2023. No ano de 2021, o contingente de investidoras era de 28% de acordo com dados da Anbima e do Datafolha.
Para a especialista, se o interesse em aprender a investir existe e o número de mulheres investidoras aumenta ano após ano, difundir a educação financeira é o que falta para que cada vez mais mulheres se libertem da disparidade de gênero no universo das finanças. “Essa mulher precisa se sentir segura para exercer a autoliderança financeira. Só podemos falar de empoderamento feminino e igualdade de gênero, quando as mulheres se apropriarem do dinheiro que já fazem. Os investimentos são a saída para a exaustão feminina e em minhas aulas mostro como colocar o dinheiro para trabalhar a favor do descanso delas”, explica a especialista.
Apesar do crescimento, a presença feminina é menor que a masculina. No ano passado a diferença permaneceu em 40%, mesma taxa registrada em 2022. Os dados são da Anbima e do Datafolha. “Para iniciar na educação financeira, trazemos o contexto sócio-histórico econômico das mulheres, que é totalmente diferente do contexto masculino, tão abordado no tradicional ensino financeiro. A partir desse panorama único feminino, transformamos essa mulher na protagonista das suas finanças, capaz de tomar qualquer decisão financeira, das mais simples as mais complexas, desenvolvendo segurança para ela escolher se paga no pix ou no cartão, até decisões mais complexas, como comprar um imóvel ou investir esse dinheiro e viver da renda dos seus investimentos”, explica Ítala.
Palestrante, empresária, investidora, professora e CEO da Multiplique, Ítala dos Anjos compartilha conteúdo sobre finanças & investimentos no perfil @multiplique.ef nas redes sociais.