** Variação positiva entre um ano e outro foi apenas a 18a entre as 27 unidades da Federação. No período, o PIB do Brasil cresceu 1,2%;
** Com crescimento menor que o de outros estados, a Bahia teve discreta perda de participação no PIB nacional, de 4,1% em 2018 para 4,0% em 2019. Manteve-se, porém como a 7a maior Economia do país e a maior do Norte/Nordeste;
** O crescimento do PIB baiano em 2019, foi puxado por altas em dois dos três grandes setores produtivos: serviços (1,6%) e indústria (0,1%). A agropecuária, por sua vez, teve forte retração (-6,9%), a quarta mais intensa do país;
** PIB per capita baiano ficou em R$ 19.716,21 em 2019. Era o 8º mais baixo entre os estados e bem menor (-43,9%) do que o do país (R$ 35.161,70);
** O Sistema de Contas Regionais, que estima o PIB para os estados e o Distrito Federal, é resultado de um trabalho conjunto do IBGE com os órgãos estaduais de estatística, as secretarias estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). Na Bahia, ele é calculado em parceria com a SEI (Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais), ligada à Secretaria de Planejamento do estado.
O PIB (Produto Interno Bruto) da Bahia para o ano de 2019 foi estimado em R$ 293,2 bilhões, dos quais R$ 256,5 bilhões equivalem ao valor adicionado bruto (renda líquida gerada pelas atividades econômicas) e R$ 36,8 bilhões são referentes aos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos.
Com esse resultado, a Economia baiana apresentou um avanço de 0,8%, em volume (descontados os efeitos dos preços), frente a 2018, mostrando crescimento pelo segundo ano consecutivo, embora num ritmo bem inferior ao apresentado entre 2017 e 2018 (2,3%).
Além disso, o resultado do PIB da Bahia foi apenas o 18º entre as 27 unidades da Federação, ficando abaixo do desempenho do Brasil como um todo.
Entre 2018 e 2019, o PIB brasileiro apresentou seu terceiro avanço consecutivo (1,2%), com crescimentos em 22 estados. Tiveram retração apenas Espírito Santo (-3,8%), Pará (-2,3%), Piauí (-0,6%) e Mato Grosso do Sul (-0,5%), com Minas Gerais mantendo estabilidade (0,0%).
Por outro lado, os maiores avanços do PIB, em volume, no período, foram registrados em Tocantins (5,2%), Mato Grosso (4,1%), Roraima (3,8%) e Santa Catarina (3,8%).
Mesmo com o crescimento verificado em 2019, a participação da Bahia no valor do PIB nacional teve leve queda, de 4,1% para 4,0%. Apesar disso, o estado se manteve como a 7ª maior Economia do país e a maior do Norte/Nordeste.
Além da Bahia, também perderam participação no PIB nacional, entre 2018 e 2019, Rio de Janeiro (caindo de 10,8% para 10,6%), Maranhão (de 1,4% para 1,3%), Espírito Santo (de 2,0% para 1,9%), Mato Grosso do Sul (de 1,5% para 1,4%) e Mato Grosso (de 2,0% para 1,9%).
Por outro lado, São Paulo foi o estado que mais ampliou sua fatia no PIB do Brasil no período. O estado, que historicamente tem o maior PIB do país, passou de 31,6% para 31,8%. Também registraram crescimento na participação Amazonas (passando de 1,4% para 1,5%), Pará (de 2,3% para 2,4%), Santa Catarina (de 4,3% para 4,4%) e Distrito Federal (de 3,6% para 3,7%).
Em 2019, na Bahia, serviços (1,6%) e indústria (0,1%) cresceram, mas agropecuária (-6,9%) apresentou importante retração
Entre 2018 e 2019, o valor adicionado bruto na Economia baiana teve alta de 0,6%, chegando ao total de R$ 256,5 bilhões. Esse aumento se explicou pelas variações positivas de dois dos três grandes setores produtivos do estado: os serviços (1,6%) e a indústria (0,1%). Por outro lado, a agropecuária (-6,9%) apresentou uma forte retração no período.
Com o maior avanço (1,6%) e representando a maior fatia na Economia do estado, os serviços geraram um valor adicionado de R$ 183,0 bilhões em 2019, na Bahia. Com isso, aumentaram ainda mais sua participação no valor adicionado do PIB estadual, de 70,8% em 2018 para 71,3% em 2019.
O desempenho resultou, sobretudo, das expansões, em volume, nas atividades imobiliárias (4,1%), alojamento e alimentação (3,9%) e comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (1,6%). Em contrapartida, houve variações negativas em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,8%) e transporte, armazenagem e correio (-0,3%).
Já a indústria baiana apresentou sua segunda variação positiva consecutiva em 2019 (0,1%, frente a 0,8% em 2018), gerando um valor adicionado de R$ 56,0 bilhões. Com o leve aumento, o setor teve pequeno ganho de participação na Economia do estado, saindo de 21,5% em 2018 para 21,8% em 2019.
Entre as atividades industriais, as indústrias extrativas tiveram queda de 3,3%, em função da extração de minério de ferro, e as indústrias de transformação recuaram 3,2%. Já o segmento de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação cresceu 6,5%, devido à alta na geração de energia elétrica, e a construção avançou 3,7%.
Por sua vez, a agropecuária baiana, apresentou em 2019, a quarta maior queda em volume do país (-6,9%), gerando um valor adicionado de R$ 17,5 bilhões. Os únicos estados com retrações maiores do que a Bahia nesse grande setor foram Acre (-12,7%), Paraná (-8,5%) e Amazonas (-8,4%).
A atividade que mais contribuiu para o resultado negativo na Bahia foi agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita, com queda de 10,9%, atrelada aos desempenhos negativos dos cultivos de café, soja, cereais e algodão herbáceo. Entre as demais atividades agropecuárias, pecuária, inclusive apoio à pecuária cresceu 5,6% e produção florestal, pesca e aquicultura registrou recuo de 1,6%.
Com o resultado de 2019, a agropecuária teve uma importante queda na sua participação no valor adicionado do PIB baiano, de 7,6% em 2018 para 6,8% no ano seguinte, próxima ao menor peso do setor na série histórica, de 6,7% em 2017.
Entre 2002 e 2019, PIB da Bahia avançou, em média, 2,1% ao ano, abaixo do nacional (2,3%) e o 6º menor crescimento entre os estados
Com o pequeno avançco do PIB baiano frente a 2018, ao se avaliar o período de 2002 a 2019, o crescimento médio anual da Economia do estado caiu para 2,1%. A taxa era de 2,2% ao ano (a.a.) em 2018. O resultado do estado está também abaixo do verificado no país, que cresceu, em média, 2,3% a.a. nesse período.
O avanço médio anual do PIB da Bahia entre 2002 e 2019 foi também o 6º menor entre as 27 unidades da Federação e o 3o menor do Nordeste, acima apenas dos registrados em Sergipe (2,1% a.a.) e no Rio Grande do Norte (2,0% a.a.).
Mato Grosso (5,0% a.a), Tocantins (4,9% a.a) e Roraima (4,2% a.a) tiveram os maiores crescimentos anuais médios entre 2002 e 2019, enquanto Rio de Janeiro (1,3% a.a), Rio Grande do Sul (1,7% a.a) e Minas Gerais (1,9% a.a) apresentaram as menores médias.
PIB per capita baiano em 2019 foi de R$ 19,7 mil, o 8º mais baixo do país
Em 2019, o PIB per capita baiano ficou em R$ 19.716,21. Foi o 8º mais baixo dentre as unidades da Federação, sendo bem menor (-43,9%) que o do país como um todo (R$ 35.161,70) e apenas o 3o maior do Nordeste, abaixo de Pernambuco (R$ 20.702,30) e o do Rio Grande do Norte (R$ 20.342,11).
O maior PIB per capita brasileiro continuou sendo, em 2019, o do Distrito Federal: R$ 90.742,75, equivalente a quase o triplo do valor nacional. Em seguida, vinham São Paulo (R$ 51.140,82) e Rio de Janeiro (R$ 45.174,08).
Por outro lado, Maranhão (R$ 13.757,94) e Piauí (R$ 16.125,00) seguiram com os menores PIB per capita do paísl. Desde 2002, quando se iniciou a série das Contas Regionais, esses dois estados alternam-se nas duas últimas posições nesse ranking.
Outras informações estão disponíveis na Agência IBGE Notícias.