Advogada Milla Magalhães e sócios da FlahPrev explicam que demoras são intencionais na área previdenciária e indicam caminhos para acelerar pedidos
A funcionária pública Sandra dos Santos, de 65 anos, obteve uma resposta breve após a sua solicitação para a aposentadoria. Em seis meses, recebeu o retorno. Mas mesmo com a rapidez, o resultado foi surpreendente: aposentadoria negada.
A aposentada Vera Lúcia, de 68, também viu este sufoco de perto. Ela conta que esperou quase dez anos pela própria aposentadoria, já que não conseguia mais trabalhar devido a uma tendinite permanente e teve a aposentadoria por invalidez negada pelo INSS na primeira tentativa. “Fiquei preocupada, porque era uma coisa necessária, meu corpo pedia. Não conseguia fazer funções básicas do meu trabalho e quando foi negada, me desesperei, pois realmente não conseguia mais trabalhar”, exclama.
O mesmo problema tem sido ainda mais frequente desde maio de 2022, quando o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deu início à utilização de um sistema de inteligência artificial para a avaliação de solicitações de benefícios, abrangendo aposentadorias, pensões e auxílios-doença. Por falta de facilidade para lidar com ‘o robô’, muitas pessoas desistiram do processo. Assim, ocorreu uma diminuição notável na lista de requerimentos para aposentadoria; a queda foi de 25%, declinando de um número superior a 460 mil indivíduos para aproximadamente 344 mil.
Advogada especialista dá caminhos para acelerar pedidos:
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que deveria simplificar esse acesso dos segurados aos seus direitos, encontra-se excessivamente burocrático e pouco intuitivo. Os canais como o telefone 135 e o portal MEU INSS frequentemente deixam os segurados desamparados.
Indignada ao ver os diversos problemas previdenciários, Milla Magalhães, representante da Flashprev (@flashprev), destaca que no âmbito previdenciário, as demoras frequentemente são propositais. Justamente por conta disso, Milla criou a FlashPrev, plataforma para tornar os encaminhamentos mais práticos e ágeis.
“Isso ocorre devido a uma lamentável prática no âmbito previdenciário, caracterizada por atrasos deliberados nos trâmites processuais. Esta tendência, infelizmente, denota uma abordagem mercantilista e destituída de empatia, contrariando os princípios fundamentais do sistema”, explica a especialista.
Robôs atuais fazem análise superficial:
Luan D’Alexandria, também especialista na área e sócio da FlashPrev, explica que, na prática, a automatização em larga escala das avaliações de requerimentos tem amplificado problemas preexistentes. Isso retira a dimensão “subjetiva” na análise dos pedidos, anteriormente conduzida por funcionários muitas vezes distantes e rígidos em suas avaliações devido a diretrizes internas da autarquia. Além disso, essa abordagem elimina por completo a capacidade de análises humanas sensíveis às nuances de cada caso, tornando-se estritamente ligada aos dados do banco do INSS.
Aceleração de procedimentos em nova plataforma gratuita:
A especialista explica que a FlashPrev se baseia em princípios de proteção aos segurados, investindo em uma estrutura tecnológica robusta para torná-los tangíveis em grande escala
“Visando agilidade, nossa plataforma notifica os advogados sobre protocolos abertos, possibilitando análises colaborativas rápidas. A transparência é mantida por contratos com honorários pré-definidos, assinados e disponíveis na plataforma para impressão, assegurando que os clientes estejam vinculados apenas aos termos estabelecidos, sem custos extras ou condições abusivas”, conta o advogado Luan.
Além disto, a FlashPrev não apenas concebeu um plano, mas também gerou uma demanda e um projeto já em andamento para expandir o exclusivo método FLASH, com seus princípios e estrutura, para outras áreas do direito que requerem maior foco em rapidez e agilidade. Talvez, com esta esperança, o futuro seja menos burocrático e errôneo para os próximos aposentados.