Na Cooperativa de Consumo Popular de Cerquilho (Coocerqui), no interior de São Paulo, o trabalho de prevenção de perdas sempre foi muito reativo. Primeiro perdia-se, para depois tratá-la. Mas a rede, com quatro unidades de supermercados em Cerquilho, Boituva e Tietê, adotou a cultura da prevenção de perdas e a grande transformação, em especial, veio com a utilização do Gatecash, ferramenta de gestão e auditoria das operações realizadas nos checkouts desenvolvida pela Gunnebo (www.gunnebo.com.br), empresa de referência na proteção eletrônica para o varejo brasileiro.
Segundo o coordenador de prevenção de perdas Rafael Silva Antonio, a Coocerqui sabia que havia problemas operacionais no PDV medidos através dos inventários, entretanto, as ações de correção dos erros não eram imediatas, já que não havia a identificação das perdas. “Filtrando as seções de autogiro, que são mensalmente apuradas, podemos destacar uma redução média de 48% nas perdas, 100% delas relacionadas às falhas operacionais, tendo como a maior causa-raíz a distração do operador e tela de consulta”, observa Rafael.
A parceria da Coocerqui com a Gunnebo teve início em dezembro de 2019 em todas as unidades da área supermercadista (a cooperativa mantém ainda quatro farmácias e o Centro de Distribuição). “Iniciamos o monitoramento na rede no pico de vendas sazonais, e tivemos grandes surpresas com relação as perdas identificadas através do Gatecash, principalmente de itens de ‘volume’ no PDV, como leite, cerveja, refrigerante e cereais”, argumenta o coordenador.
Aprendendo com os erros – Rafael lembra que sua equipe antes trabalhava o resultado da perda após ela já ter se materializada. “Não tínhamos uma ferramenta ‘meio’ para corrigir os processos e ajustar o resultado final. Hoje, com o Gatecash, passamos a usar cases internos de falhas de registros e quebras de procedimentos na operação de frente de caixa em todos os treinamentos, com dados consolidados de cada loja, coletados através do portal da Gunnebo”, afirma.
O coordenador da Coocerqui diz que, além dos treinamentos periódicos, foram incluídas na integração dos novos funcionários os cases do Gatecash para alinhar a operação junto com a conduta, normas e procedimentos no processo de admissão. “Além dos benefícios associados às perdas de produtos, passamos a ter uma melhor gestão de frente de caixa, onde a fiscal consegue definir melhores planos de ações pautados em fatos”, observa. “Procuramos também associar o sistema junto aos colaboradores como uma ferramenta de proteção para eles, sabendo que o ambiente do PDV é monitorado levando mais segurança e conforto”, completa Rafael.
Um exemplo para os supermercadistas – Para a gerente de Produto da Gunnebo, Vanessa Urbieta, com o Gatecash a Coocerqui implantou em sua operação de frente de caixa um processo de melhoria contínua. “Com a tecnologia ela identifica as causas das vulnerabilidades no PDV (principalmente erros operacionais), faz a revisão de seus processos diariamente, treina os colaboradores dos checkouts de forma direcionada (demonstrando as operações que causam mais perdas) e mede a performance dos seus resultados. É um grande exemplo para todo o varejo supermercadista, que além de buscar melhorar o atendimento, também protege seus lucros”, diz.