Entre as cirurgias mais procuradas pelos brasileiros, destacam- se os procedimentos no nariz. No entanto, como qualquer intervenção do tipo, o paciente pode ter um pós-operatório doloroso tendo que ficar afastado das atividades laborais ou cotidianas durante um longo período. “Por outro lado, agora existe uma técnica que permite remodelar essa parte do corpo com menos trauma e um rápido retorno às ocupações”, fala o médico otorrinolaringologista Dr.
De acordo com o médico, este método é relativamente recente, “tendo sido descrito pela primeira vez, em períodos especializados, há pouco mais de uma década”, conta. “Este processo foi divulgado inicialmente na Itália, posteriormente na França, Estados Unidos, Turquia, Alemanha, e há alguns anos no Brasil”, destaca. Ele lembra ainda que, atualmente, um dos grandes divulgadores desta tecnologia é o cirurgião francês Dr. Olivier Gerbault.
Para quem não conhece, essa rinoplastia consiste na utilização de um dispositivo ultrassônico para realizar cortes precisos nos ossos nasais. “Este aparelho permite selecionar qual tipo de tecido será seccionado, por exemplo, cortar o tecido ósseo e preservar os vasos sanguíneos, isto é possível devido a seleção da frequência utilizada no mecanismo piezoelétrico ou dispositivo ultrassônico”.
Além disso, a rinoplastia ultrassônica permite que o cirurgião realize cirurgia plástica no nariz sem que seja necessário quebrar o osso nasal com martelo. “Isso mesmo, ele não precisa ser usado, o que torna tal procedimento bem menos agressivo”, destaca Dr. Edson.
Diferenças entre as técnicas
Segundo o otorrinolaringologista, “tradicionalmente, a rinoplastia é feita utilizando um martelo que vai quebrando o osso do nariz internamente. É feita uma incisão no interior das narinas, inserido o escopro, que é um cinzel de ponta cortante, e então com o martelo quebra o osso. O cirurgião pelo barulho, tato e pelo conhecimento das estruturas, vai batendo no osso nasal, sendo que a maioria das vezes o profissional opta pela rinoplastia fechada, sem visualizar o local que está sendo martelado. Além disso, com o processo comum, o inchaço e os hematomas após o procedimento são incômodos e em alguns pacientes podem afetar até a região abaixo dos olhos”, completa o especialista.