Professor de Estética e Cosmética da UNG explica a enfermidade e quais as possíveis formas de tratamento
O acúmulo de gordura nas pernas e nos braços, muitas vezes associado à dor ou sensibilidade ao toque, tendência de hematomas e sensação de pernas pesadas, pode ser sinal de lipedema. Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma doença distinta desde 2019, a enfermidade afeta de 10% a 18% das mulheres.
Apesar de ainda não ter cura, é possível amenizar os sintomas com tratamentos estéticos, de acordo com o professor do curso de Estética e Cosmética da Universidade Guarulhos (UNG), Ronaldo Scalisse. “Essa é uma condição mais comum em mulheres, causando desconforto, dor, inchaço e limitação na mobilidade”, informa o especialista.
Ao ser questionado sobre quais grupos são mais propícios a desenvolver lipedema ele explica que “embora a doença possa afetar mulheres de todas as idades, é mais comum durante ou após mudanças hormonais significativas, como puberdade, gravidez, pós-parto, pré-menopausa e menopausa”. Além disso, outras situações levam ao surgimento, como a síndrome do ovário policístico (SOP) e o hipotireoidismo.
Apesar de ser considerada uma nova doença, felizmente existem formas de tratamento que podem auxiliar na qualidade de vida da mulher, informa o professor. “Drenagem linfática e combos de massagens ajudam a fazer detox no corpo, eliminar líquidos e toxinas, acelerar metabolismo e melhorar a saúde vascular, assim como a terapia compressiva pode auxiliar na circulação sanguínea. O controle de peso e a prática de exercícios físicos também são algumas das alternativas para reduzir os sintomas”, orienta.
Caso os tratamentos não tragam resultados, o professor indica verificar com um médico especializado a possibilidade de fazer cirurgia para a remoção do excesso de gordura acumulada. É importante lembrar que o lipedema pode afetar mulheres de todas as idades e não está necessariamente relacionado a mudanças hormonais.