O segundo e último dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) será realizado no próximo domingo, dia 28. A prova contará com os exames de Ciências da Natureza e Matemática, que é considerada por muitos a etapa mais difícil. Assim como no primeiro dia de provas, o domingo exigirá que os estudantes controlem a ansiedade, pois esta continua sendo uma grande vilã na hora de pôr os conhecimentos em teste.
O neurocientista, PhD e biólogo, Dr. Fabiano de Abreu, explica que estar em um estado de ansiedade muito acentuado pode prejudicar o processo de memorização e, consequentemente, provocar um desempenho inferior na prova. “Trabalhar o cérebro sem pressão é desligar a chave que acende a ansiedade e esta, por sua vez, quando acentuada, confunde a mente já que o cérebro está mais interessado em resolvê-la”, detalha.
Por isso, o especialista desenvolveu uma lista de dicas para controlar a sensação de ansiedade e realizar o exame na melhor condição emocional possível. “Estudar bastante para realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio pode não ser o único fator relevante para um bom desempenho. Mente e corpo precisam estar saudáveis para que você se apresente aos portões do ENEM na sua melhor forma”, afirma.
Fabiano de Abreu acredita que organização é fundamental para a manutenção de uma mente saudável. Por isso, ele recomenda que o estudante organize o quarto e os materiais, pois, ao fazê-lo, estará, também, organizando o cérebro. “Somos semânticos, por isso, ter as coisas em ordem é como deixar o cérebro também pronto para organizar seus pensamentos”.
Uma outra estratégia é evitar entrar nas redes sociais. Pois, de acordo com o especialista, estudos comprovam que elas podem aumentar a ansiedade. “Isso pode atrapalhar o processo de memorização de maneira drástica, ocasionando os temidos ‘brancos’”.
Por fim, não é recomendado estudar em excesso no dia da prova. “Estudar próximo a prova só vai causar mais ansiedade. As sinapses reforçadas são vulneráveis e você pode prejudicar os efeitos da aprendizagem com mais estímulo”, explica o Dr. Fabiano de Abreu.