Quem perdeu o espetáculo A Última Sessão de Freud, tem nova chance de assistir à bem-sucedida montagem dirigida por Elias Andreato para o texto do premiado autor americano Mark St. Germain. Isso porque a peça, que já foi vista por mais de 35 mil pessoas, volta em cartaz no Teatro Bravos entre os dias 20 de janeiro e 30 de abril de 2023, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h.
Sucesso de público e crítica, o espetáculo já fez turnê pelas cidades de Curitiba, Belo Horizonte, Recife, João Pessoa, Ribeirão Preto, São José dos Campos e Campos do Jordão, sempre com casa cheia.
A trama apresenta um encontro fictício entre Sigmund Freud (Odilon Wagner – indicado ao Prêmio APCA 2022 por este papel) o pai da psicanálise, e o escritor, poeta e crítico literário C.S.Lewis (Claudio Fontana), dois intelectuais que influenciaram o pensamento científico filosófico da sociedade do século 20.
Durante esse diálogo, Sigmund Freud, crítico implacável da crença religiosa, e C.S. Lewis, renomado professor de Oxford, crítico literário, ex-ateu e influente defensor da fé baseada na razão, debatem, de forma apaixonada, o dilema entre ateísmo e crença em Deus. O texto de Mark St. Germain é baseado no livro Deus em Questão, escrito pelo Dr. Armand M.Nicholi Jr. – professor clínico de psiquiatria da Harvard Medical School. Freud quer entender por que um ex-ateu, um brilhante intelectual como C.S. Lewis, pode, segundo suas palavras, “abandonar a verdade por uma mentira insidiosa” – tornando-se um cristão convicto.
No gabinete de Freud, na Inglaterra, eles conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.
O cenário assinado por Fábio Namatame reproduz o consultório onde Freud desenvolvia sua psicanálise e seus estudos. Ele estava exilado na Inglaterra depois de ter fugido da perseguição nazista na Áustria, em plena segunda guerra mundial, no ano de 1939.
Em uma entrevista sobre o espetáculo, o autor comenta: “A peça mostra um embate de ideias. Isso é uma armadilha, e eu não queria que o espetáculo se transformasse em um debate. Por isso, pelo bem da ação dramática, situei o encontro entre Freud e Lewis no dia em que a Inglaterra ingressou na Segunda Guerra Mundial. Então, são dois homens no limite, sabendo que Hitler poderia bombardear Londres a qualquer minuto”.
O diretor Elias Andreato optou por uma encenação que valorize a palavra, construindo as cenas de modo que o texto seja o protagonista e as ideias estejam à frente de qualquer linguagem.
“O Teatro é uma forma de arte onde os atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados. É isso o que me interessa: despertar sentimentos e acreditar na força de se contar uma história. É muito prazeroso brincar de ser outro e viver a vida dessa pessoa em um cenário realista, com figurino de época, jogando com ficção e realidade. Isso é a realização para qualquer artista de teatro. E é assim que defino essa experiência de me debruçar sobre a obra teatral de Mark St. Germain: A Última Sessão de Freud. Depois de 25 anos de sessões de psicanálise, talvez seja necessário me deixar conduzir, cada vez mais, pela paixão que tenho por meu ofício: o Teatro. A minha profissão de fé. E crer: a arte sempre nos salva de todos os perigos”, comenta o diretor.
Para Odilon Wagner a experiência de interpretar Freud é fascinante: “Para um ator ter a oportunidade de representar um personagem tão intenso e profundo, que fez parte de nossa história recente, é um privilégio. A construção desse personagem me fez vibrar desde a primeira leitura, foram meses estudando sua vida e personalidade, para tentar trazer um recorte mais fiel possível do último ano de vida desse grande gênio do século 20”, revela.
Sinopse
No gabinete de Freud, na Inglaterra, o pai da psicanálise e o escritor C.S. Lewis conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.
Ficha Técnica
Texto: Mark St. Germain
Tradução: Clarisse Abujamra
Direção: Elias Andreato
Assistente de Direção: Raphael Gama
Idealização: Ronaldo Diaféria
Elenco: Odilon Wagner e Claudio Fontana
Cenário e figurino: Fábio Namatame
Assistente de cenografia: Fernando Passetti
Desenho de Luz: Gabriel Paiva e André Prado
Iluminação: Nadia Hinz
Trilha Sonora: Raphael Gama
Arte Gráfica: Rodolfo Juliani
Fotografia: João Caldas
Iluminador: Nádia Hinz
Designer de som: André Omote
Coordenador Geral de Produção: Ronaldo Diaféria
Produtora Executiva: Jade Minarelli
Direção de palco / Contra-regragem: Tadeu Tosta, Vinicius Henrique, Mauro Feles
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produtores Associados: Diaféria Produções e Itaporã Comunicação
Serviço
A Última Sessão de Freud, de Mark St. Germain
Temporada: 20 de janeiro a 30 de abril, às sextas e aos sábados, às 20h; e aos domingos, às 19h
Teatro Bravos – Rua Coropé, 88, Pinheiros, São Paulo, SP
Ingressos:
Plateia Premium: R$120 (inteira) e R$60 (meia-entrada)
Plateia inferior: R$120 (inteira) e R$60 (meia-entrada)
Balcão: R$100 (inteira) e R$50 (meia-entrada)
Vendas online: https://bileto.sympla.com.br/event/78780/d/170197
BILHETERIA: De terça a domingo, das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo.
Formas de Pagamentos aceitas na bilheteria: Todos os cartões de crédito e débito e dinheiro. Não aceita cheques.
Classificação:12 anos
Duração: 90 minutos
Capacidade: 611 lugares
Acessibilidade: Elevadores e escadas rolantes de acesso à sala de espetáculos em todos os andares, além de seis posições para cadeirantes e seis poltronas para obesos.