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A Banalidade da Morte

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Gilberto Aurélio Bordini (*)

É vergonhoso o ponto a que chegamos com a pandemia, mais de 390 mil mortes em nosso país parece ser uma invenção macabra, algo difícil de acreditar. Infelizmente, tudo isto é verdade. Muitas vezes passamos a acreditar apenas quando acontece com um parente – como no meu caso, que recentemente perdi minha tia –, com um amigo ou pessoa próxima. Com tantas pessoas morrendo, a morte está perdendo aquele caráter de momento tão sublime de intimidade que temos com nossos entes queridos. Não temos nem a chance de nos despedir, de dar um velório digno para a pessoa. Morre e já sai do hospital para o cemitério, mal nos dando chance de lembrar que ali existia um ser humano, com sua história e seus sonhos. Neste tempo de pandemia, morrer se tornou banal, rotineiro e sem sentido.

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No Brasil, a mortalidade sempre foi um assunto que esteve em pauta, por conta da violência urbana, do trânsito assassino e, agora, pela pandemia. Em 2020 morreram aproximadamente 27 mil pessoas em acidentes de trânsito e 31 mil por qualquer tipo de violência. O Brasil, hoje, é o segundo país com maior número de óbitos pela Covid-19, perdendo apenas para os Estados Unidos Parece que já estamos acostumados com essa realidade a ponto de não nos surpreendermos mais. Embarcamos num certo conformismo, assumindo que as coisas são assim mesmo. Infelizmente, em setembro do ano passado, quando a pandemia mostrava sinais de que estava diminuindo, não foram feitas ações para que pudéssemos hoje estar em uma situação melhor.

A morte faz parte da nossa vida, nascemos sabendo que vamos morrer.  Por isso, carregamos uma dignidade dada por Deus. Fazemos da nossa vida um conto histórico de nossas ações, com nossas atitudes e nossos desejos. A pandemia e o descaso das autoridades levaram a uma banalidade, levaram-nos a tratar o ser humano como um objeto descartável. Nesse cenário, o que nos preserva da barbárie completa é que ao menos as pessoas ainda têm sentimentos e conseguem chorar pelos seus mortos.

Vamos lutar pela vida, a única que temos. Neste tempo de pandemia, vamos tomar todos os cuidados necessários para sobreviver e viver a vida em plenitude.

(*) Gilberto Aurélio Bordini é doutor em Teologia e professor da área de Humanidades do curso de Bacharelado em Teologia Católica do Centro Universitário Internacional UNINTER

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