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A tecnologia 5G está chegando no Brasil e tenho estudado cada vez mais sobre isso. Não apenas por curiosidade, mas porque quando ela estiver consolidada no país, quero estar preparado para gerar negócios para as marcas com as quais trabalho. Sabemos que é preciso sair na frente, sempre, a fim de que a concorrência se torne obsoleta antes que perceba que isso ocorreu.
O 5G não é tendência, mas sim uma realidade, mesmo que de forma tímida, apenas sendo vendido, erroneamente, como uma rede mais veloz que o 4G usado atualmente no Brasil. Como venho falando em meus canais de comunicação e redes sociais: a tecnologia vai muito além disso. Estamos falando de uma revolução nos negócios nunca vista, pois não é apenas de velocidade que se trata o 5G, mas também de (hiper)conexão.
Cidades inteligentes, as smart cities, são um projeto sonhado há décadas por muitos visionários – entretanto, a tecnologia não permitia a plenitude do que era imaginado, e com o 5G isso agora será possível. As casas conectadas já são realidade fora do Brasil, e o 5G dará mais força a esta transformação também por aqui. Hoje, os assistentes de voz conectam som e iluminação; em breve, a internet das coisas tornará realidade a vivência cotidiana de experiências como definir a temperatura desejada para sua bebida na geladeira, ou acompanhar remotamente todos os aspectos da vida de seu bichinho de estimação. O que quero dizer com isso? Que muito em breve a comunicação entre geladeira, TV e máquina de lavar, por exemplo, sairá dos filmes de ficção para a realidade das casas.
Como mencionado, tecnologias associadas aos conceitos de smart cities, internet das coisas e aos wearables (dispositivos vestíveis conectados à internet), por exemplo, quando analisados de forma separada, não trazem grandes benefícios ou transformações significativas nos hábitos dos usuários. Mas a conexão entre eles, sim, pode trazer uma enorme revolução. Quando pensamos em ambientes integrados, otimização de tempo e sustentabilidade, suportadas pelas velocidades de conexão exponencialmente maiores do 5G, aí sim temos uma mudança estrutural. 5G não é velocidade: é conexão. Sabe como poderá ser um dia comum na sua vida, muito em breve?
O assistente de voz começa às 7h30 a tocar a sua playlist do Spotify. É o recado para você acordar. O próprio assistente de voz já dá o comando para o chuveiro ser ligado na temperatura de 36 graus, que é como você gosta de tomar banho. Ao colocar o pijama no cesto, ele vai automaticamente para a lavanderia e cairá na máquina de lavar roupa. Quando você fechar o chuveiro, a torradeira e a cafeteira ligam. No armário, o espelho mostra a previsão do tempo e uma sugestão de “look do dia” que puxou do Instagram do consultor de moda que você gosta. Roupas similares àquela são oferecidas a você, com o armário colocando à frente a roupa. Quando você está pronto, senta-se à mesa, e o café está pronto. Na parede ao lado, uma tela mostra canais de notícia que você mais acessa; você clica na Rádio de sua preferência e acompanha no YouTube o que está sendo falado na rádio aquele momento.
Às 8h30, o Uber está na porta da sua casa, pedido pelo assistente de voz, pois naquele dia é seu rodízio. Você entra no carro sem motorista, que calcula a rota mais rápida para chegar ao seu trabalho. Ao chegar, seu computador já baixou os e-mails, acessou seus sites preferidos e enviou no seu smartphone o que é mais urgente, criando uma agenda para o dia.
Ainda que várias outras pessoas já tenham descrito cenários análogos muito melhor do que eu fiz aqui brevemente, muita gente ainda tem dificuldade de entender que não só essa transformação está em curso, mas irá efetivamente ocorrer, com algumas variações aqui ou acolá.
Toda essa tecnologia vai transformar as cidades de forma única. Quando os carros surgiram, o mundo mudou, novas estradas foram criadas, distâncias foram encurtadas. O que se fazia em 3h a cavalo, começou a se fazer em 1h de carro. Hoje provavelmente em 10 minutos. É o que a tecnologia promove: avanços na civilização como um todo.
O exemplo acima deixa claro de que forma as empresas farão negócios. Como uma empresa poderá, por exemplo, usar toda essa tecnologia para vender? Como uma marca de moda poderá oferecer no seu espelho um desconto para uma compra imediata? Como os assistentes de voz estarão conectados a tudo, para pedir uma pizza, fazer uma compra no supermercado ou pedir um Uber? Como as empresas poderão fazer mídia programática nesses novos canais – uma para o João, outra para a Maria e outra para o José, ao mesmo tempo, no mesmo canal, com mensagens diferentes?
O desafio está aí, ele é enorme e tem um potencial gigante. Se não conseguimos explorar até hoje tudo o que a internet nos oferece, com a chegada do 5G será ainda mais complexo e desafiador fazer isso. Mas, como disse no começo, é se preparando para o futuro, hoje, que os CEOs e CMOs terão grandes resultados no longo prazo. Eu estou me preparando. E você?
*Fernando Moulin é Partner da Sponsorb, consultoria boutique de business performance, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente. E-mail: fernando.moulin@
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