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Prefeitura investiu mais de R$800 mi em um ano de combate à pandemia

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Em um ano de pandemia do coronavírus, Salvador segue sem medir esforços para dar assistência à população, sobretudo nas áreas da saúde e social. Desde que as primeiras medidas de combate à crise sanitária foram tomadas, em março de 2020, o município já investiu R$803 milhões. O prefeito Bruno Reis, ao lado da vice-prefeita Ana Paula Matos, apresentou nesta sexta-feira (19), em coletiva virtual no Palácio Thomé de Souza, um balanço das ações e projetos desenvolvidos na capital baiana nesse período, que tiveram o único objetivo: salvar vidas. 

O fortalecimento do sistema de saúde, portanto, foi uma das prioridades nesse cenário de guerra contra o Sars-CoV-2. “Mensalmente, apenas na área da saúde, a Prefeitura investe R$36 milhões no enfrentamento ao coronavírus, seja para abertura e manutenção de leitos de enfermaria e UTI, seja para outras estruturas, insumos, contratação de pessoal para vacinação”, destacou.

De fato, a cidade ampliou a quantidade de vagas para tratar pacientes com a doença, em comparação ao auge da primeira onda da pandemia. Em 2020 havia 499 leitos, sendo 228 de UTI e 271 clínicos nos hospitais de referência do Wet’n Wild, montado à época na Paralela, no Sagrada Família (Bonfim) e na Unidade Hospitalar Exclusiva para Covid-19, no Caminho das Árvores.

Agora em 2021 são 615 vagas, 266 delas de terapia intensiva e 349 clínicas. Elas estão dispostas em cinco unidades de campanha: Sagrada Família, Unidade Caminho das Árvores, Santa Clara (Itaigara), Salvador (Federação) e a instalada na Estação Cidadania de Itapuã.

Os investimentos também foram empregados na contratação de pessoal e compra de aparelhos que são essenciais para funcionamento das UPAs, gripários e hospitais. Salvador conta com 355 respiradores disponíveis, 3 mil novos profissionais de saúde e 92 agentes de vacinação que foram convocados só nesse período de crise, para atuarem no dia a dia.

Além disso, a testagem para detecção da doença foi uma das iniciativas tomadas na capital baiana logo quando os casos da doença começaram a crescer. Em um ano de pandemia, a Prefeitura adquiriu 305 mil testes.

A compra desses materiais possibilitou que mais de 213 mil pessoas fossem testadas em 30 bairros, durante blitze voltadas para testagem rápida. Atualmente, o cidadão conta com 67 unidades de saúde ofertando o procedimento gratuitamente. Conforme detalhado pelo prefeito, há dois laboratórios contratualizados para ampliar a testagem para Covid-19.

Unidades de suporte – A implantação de duas unidades de suporte ventilatório pulmonar está entre as novidades em 2021. Pioneiras na capital, essas estruturas montadas pela administração municipal nas UPAs de Valéria e Barris – cada uma com dez leitos de UTI. A UBS Marback também ganhou um leito na mesma modalidade.

Assim como em 2020, Salvador mantém funcionando seis gripários nas UPAs dos Barris, Paripe, Parque São Cristóvão, Pirajá/Santo Inácio, Pau Miúdo e, ainda, na Ilha de Bom Jesus dos Passos. A rede de urgência e emergência ganhou também três salas para estabilização de pacientes graves nas USF de Ilha de Maré, de Bom Jesus dos Passos e de Paramana.

Tecnologia e vacinação – A tecnologia tem sido grande aliada nas políticas de enfrentamento à pandemia, agilizando demandas e serviços municipais demandados pela população. O Disque Coronavírus 160, criado para quem quiser obter informações sobre a Covid-19 e fazer denúncias, recebeu mais de 280 mil ligações.

Já com o processo de vacinação em curso, a Prefeitura implantou duas plataformas on-line atualizadas em tempo real. Uma delas é o Vacinômetro, que possui dados referentes à imunização do público prioritário, e a outra é o Filômetro, para informar o fluxo de pessoas nos pontos de vacinação.

O prefeito reforçou que, nessa etapa inicial de vacinação contra a Covid-19, uma megaoperação foi pensada, chegando a ter 12 drive-thrus, 14 pontos fixos, 153 salas, quatro câmaras de conservação de vacinas, quatro refrigeradores e uma câmara fria fixa.

Social – As ações realizadas pela Prefeitura em meio à pandemia têm ajudado a minimizar os impactos sociais e econômicos a cidadãos que sofreram prejuízos decorrentes de medidas de isolamento social. Com o programa Salvador para Todos, mais de R$66 milhões foram destinados a 37 mil pessoas cadastradas na iniciativa municipal, que oferece mensalmente auxílio de R$270.

Os beneficiários são trabalhadores informais cadastrados na Prefeitura (ambulantes, guardadores de carro, baianas de acarajé, feirantes, baleiros, barraqueiros, recicladores, camelôs; taxistas, mototaxistas e motoristas de aplicativos com mais de 60 anos); motoristas de transporte escolar; pessoas que recebem auxílio aluguel da Prefeitura e não são contempladas pelo programa Bolsa Família; e pessoas em situação de rua.

“Não há uma capital no Brasil que tenha investido tanto no social. Somos a única com auxilio próprio, inclusive, com valor acima do benefício que voltará a ser concedido pelo governo federal. Já pedimos prorrogação do Salvador por Todos por, pelo menos, até junho”, assegurou Bruno Reis.

Além do suporte financeiro, a Prefeitura mantém quatro Unidades de Acolhimento Emergencial (UAEs) para pessoas em situação de rua. Este público também foi alcançado com cinco consultórios públicos e em abordagens para abrigo temporário em hotéis sociais e unidades de acolhimento durante o toque de recolher.

Alimentação – Em um ano de pandemia, mais de 77 toneladas de alimentos e produtos de limpeza e higiene pessoal foram recebidos pela Prefeitura por meio de doações feitas pela população e distribuídas a entidades de assistência social cadastradas no município.

De acordo com o balanço divulgado pelo prefeito, já são 700 mil refeições fornecidas, entre ações de entrega de quentinhas nas ruas e nos restaurantes populares.

E mais: 1,6 milhão de cestas básicas foram distribuídas para alunos da rede municipal, da rede conveniada e do programa Pé na Escola em 12 meses de pandemia.  São 160 mil unidades entregues por mês ao custo de R$16 milhões.

Isso em falar nas outras 213.017 cestas entregues para pessoas carentes, mães de crianças com microcefalia e outras deficiências, crianças abrigadas, autônomos. Só para a área de assistência social (auxílio do Salvador por Todos, distribuição de refeições, cestas básicas para população carente), a Prefeitura investe mais R$8,5 milhões mensalmente.

Higienização – A desinfecção e higienização de espaços públicos integram as medidas sanitárias para conter o avanço do Sars-CoV-2. São mais de 31 mil ações do tipo feitas entre março de 2020 até agora.

Os locais alcançados vão desde estações de transbordo, pontos de ônibus, cemitérios, finais de linha de ônibus e locais de distribuição de quentinhas até unidades de saúde, entre outros locais de grande circulação. São mais de 100 agentes envolvidos na lavagem e desinfecção da cidade diariamente, utilizando detergentes e soluções de hipoclorito de sódio.

Medidas regionalizadas – Através das medidas regionalizadas de proteção à vida, a Prefeitura vem trabalho em locais onde os índices da Covid-19 estão alarmantes. São realizadas abordagens mais próximas aos moradores para conscientizá-los da necessidade de manter os cuidados pessoais e evitar aglomerações.

Até a próxima segunda (22), essas iniciativas ocorrem nos bairros de Brotas, Pituba, Itapuã, Fazenda Grande do Retiro, São Marcos e Penambués. O prefeito anunciou em primeira-mão que Paripe vai entrar na lista após registrar aumento de casos. Também está em avaliação a inserção dos bairros do Uruguai e São Caetano.

Em um ano, durante essas medidas regionalizadas, mais de 3,5 milhões máscaras faciais foram distribuídas, 213.285 testes rápidos foram realizados; 147 mil atendimentos foram feitos através do Cras Itinerante. Além disso, as equipes da Prefeitura realizaram 129.136 sensibilizações e abordagens a pessoas nessas localidades, 4.303 pessoas em situação de rua acolhidas e 9.373 ações de higienização e desinfeção executadas. Com a Operação “Tá no Grau”, iniciada em 2021, 182 mutirões de limpeza aconteceram em bairros carentes.

Fiscalização – A força-tarefa coordenada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) para monitorar o cumprimento dos protocolos geral e setoriais do comércio já fez 367.736 fiscalizações. O número de interdições chegou a marca de 8.430, e o de cassações de alvará, 99. Com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e Polícia Militar, as operações dispersaram 685 aglomerações.

Aliás, a GCM está entre os órgãos municipais mais demandados para o apoio de ações contra a Covid-19 na capital baiana.  Além de atuar na fiscalização, os agentes rotineiramente dão apoio na distribuição de cestas básicas e quentinhas; no controle do acesso de usuários em espaços públicos; na organização das filas de vacinação e do auxílio emergencial nas agências da Caixa, entre outras atividades.

Transporte público – Enquanto o toque de recolher decretado pelo governo estadual segue em vigor, no horário das 20h às 5h, a Prefeitura montou mobilização especial no transporte público. Diante disso, os ônibus na cidade fazem sua última viagem às 21h30 para passageiros que chegam pelo metrô e às 20h30 nos principais corredores de tráfego.

Para dar maior segurança a rodoviários e passageiros, também foram intensificadas medidas preventivas como higienização e desinfecção geral dos ônibus. Alguns veículos também receberam barreiras físicas nos assentos do cobrador e do motorista. Estes profissionais também passam por checagem da temperatura corporal e recebem máscaras faciais.

Somados esses investimentos mais a intervenção municipal para operação do Consórcio Salvador Norte (CSN), os gastos mensais da Prefeitura no transporte público são de R$14 milhões.

Fotos: Betto Jr/Secom

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Bahia

Vice-governador Geraldo Júnior destaca importância do II Fórum Internacional de Ciências Policiais

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Foto: Carlos Alberto
Foto: Carlos Alberto

O vice-governador Geraldo Júnior comemorou o sucesso do II Fórum Internacional de Ciências Policiais (FICP Bahia 2025), encerrado na sexta-feira (31), em Salvador. Representando o governador Jerônimo Rodrigues, o vice participou da abertura do evento, que reuniu autoridades, pesquisadores, gestores, policiais e especialistas nacionais e internacionais no SENAI CIMATEC, consolidando a Bahia como referência nacional em inovação e inteligência aplicada à segurança pública.

O vice-governador destacou o protagonismo da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e o legado deixado pelo encontro. “A atenção e o protagonismo da SSP-BA e a dedicação pessoal do secretário Marcelo Werner na realização do FICP Bahia 2025 demonstram a maturidade institucional e a visão estratégica de uma gestão que compreende que enfrentar o crime exige método, integração e conhecimento. A Bahia se tornou sede de um movimento que ultrapassa fronteiras, reunindo polícias, universidades, empresas e governos em torno de uma ideia central: sem ciência, não há segurança sustentável”, afirmou Geraldo Júnior.

Promovido pelo Instituto Arrecife, em parceria com a Superintendência de Inteligência (SI/SSP), o Fórum teve como tema “Inteligência Policial e Novas Tecnologias no Combate ao Crime”, reunindo centenas de participantes do Brasil e do exterior em dois dias de intensos debates, painéis e oficinas. A programação abordou temas como policiamento orientado por inteligência, crimes digitais, estatística criminal, gestão de imagens, reconhecimento facial e cibersegurança.

O vice-governador também enfatizou a importância do Fórum para o fortalecimento das políticas públicas de segurança e para a valorização dos profissionais da área: “Os debates, painéis e palestrantes de peso contribuíram para o avanço das discussões sobre as ciências policiais e para o fortalecimento da integração, da inteligência e dos investimentos nos nossos policiais. A SSP está de parabéns por promover um evento que projeta a Bahia no cenário internacional e reafirma nosso compromisso com uma segurança pública moderna, humana e baseada no conhecimento científico.”

O FICP Bahia 2025 contou com a presença de Jason Potts, diretor de Segurança Pública de Las Vegas (EUA) e presidente da American Society of Evidence-Based Policing (ASEBP), além de especialistas e representantes de diversos estados brasileiros, instituições de ensino e centros de pesquisa. A iniciativa dá continuidade ao sucesso da primeira edição, realizada no Rio de Janeiro em 2024, e consolida o Fórum como um dos mais importantes espaços de integração entre ciência, tecnologia e prática policial no país.

Geraldo Júnior reforçou o compromisso do Governo da Bahia com a valorização da ciência e da inovação na segurança pública: “Seguimos firmes, investindo em tecnologia, inteligência e capacitação, e fortalecendo nossos quadros com base no conhecimento. A Bahia segue no caminho certo, com uma política de segurança pública cada vez mais integrada, técnica e humana”.

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Republica: Mais do que um conceito, uma prática necessária Significado nos sistemas constitucionais dos EUA e do Brasil

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Autoria Zizi Martins

A sobrevivência do Estado de Direito, fundamento da ordem e da estabilidade política, depende da compreensão e da prática efetiva da república. O Estado de Direito é aquele em que as leis se sobrepõem ao arbítrio, garantindo segurança jurídica, respeito à propriedade e às instituições legítimas. Quando esse equilíbrio se perde, o poder se torna instável e abusivo, abrindo caminho para o colapso do espírito republicano. Por isso, entender a república como regime político e como ética pública é essencial para preservar a liberdade e a autoridade legítima.

A ideia de república tem raízes antigas. Na Grécia, a politeia representava o governo voltado ao bem comum e à participação do cidadão na vida pública. Em Roma, a res publica – literalmente, a “coisa do povo”- simbolizava o domínio do interesse público sobre a vontade pessoal dos governantes. Séculos depois, a Magna Carta inglesa impôs limites ao poder real e consagrou o princípio da legalidade, pedra angular do republicanismo moderno, baseado na limitação do poder e no respeito às regras.

Nos Estados Unidos, a Constituição de 1787 criou um governo republicano fundado na soberania popular e na divisão equilibrada dos poderes. A alternância de mandatos, as eleições regulares e a independência dos poderes asseguram o controle mútuo e a estabilidade do regime. A Suprema Corte americana atua como guardiã desse modelo, garantindo que o governo continue submetido à Constituição e aos limites do Estado de Direito. Assim, protege-se a liberdade, o mérito e a previsibilidade institucional, valores que sustentam o progresso nacional.

Desde o século XIX, a Suprema Corte dos Estados Unidos reafirma que a “forma republicana” de governo significa um poder representativo, equilibrado e sempre sujeito à Constituição. Essa postura evita o personalismo e o autoritarismo, preservando a legitimidade do poder e a harmonia entre as instituições.

O Brasil, inspirado nesse modelo, adotou oficialmente o regime republicano com a Constituição de 1891. A Carta de 1988 reafirmou os pilares da república: soberania popular, federação e presidencialismo, mas os velhos vícios políticos e culturais ainda persistem, impedindo que o “valor republicano” seja efetivado.

Raymundo Faoro apontou o patrimonialismo como o maior obstáculo à verdadeira república brasileira: a confusão entre o público e o privado, que transforma o Estado em instrumento de grupos privilegiados. Gilberto Freyre destacou o peso da cultura personalista, que enfraquece a impessoalidade e o mérito. Roberto DaMatta observou que, em meio a essas distorções, a formalidade republicana muitas vezes é subvertida pela informalidade das relações pessoais e clientelistas.

Essas práticas corroem as bases da república. O uso político da máquina pública, o apadrinhamento, os desvios de recursos e a manipulação de contratos são expressões modernas do patrimonialismo. Mas há também uma forma mais recente e perigosa de desvio republicano: o ativismo judicial. Quando o Poder Judiciário ultrapassa suas competências constitucionais e passa a governar e legislar, reinterpretando a Constituição conforme interesses ideológicos ou interferindo nas decisões legítimas dos demais poderes, rompe-se o equilíbrio institucional que sustenta a república.

Esse fenômeno antirrepublicano mina o princípio da separação de poderes, substituindo o império da lei pela vontade subjetiva de magistrados ou tribunais, muitas vezes movidos por patrimonialismo ou clientelismo, que representam . O resultado é a concentração indevida de poder, a insegurança jurídica e a fragilização da soberania popular. Em uma república autêntica, juízes aplicam a lei, não a criam. A estabilidade democrática depende justamente de que cada poder atue dentro de seus limites, sem usurpar funções alheias.

O exemplo americano mostra que a estabilidade institucional nasce do respeito aos limites constitucionais e da independência do Judiciário, e não da sua supremacia sobre os demais poderes. Nenhuma função estatal pode ser absoluta. A verdadeira república requer disciplina, ética pública e compromisso com o mérito. O Estado deve proteger as liberdades e garantir a responsabilidade dos governantes, de modo que nunca substitua a sociedade ou sirva a interesses particularizados.

A república, portanto, não é apenas um conceito jurídico, mas um modo de vida política. É o regime da ordem, da autoridade legítima e da liberdade responsável. Sua prática exige vigilância permanente, respeito às regras constitucionais e rejeição de qualquer forma de privilégio, seja político, econômico ou judicial. O futuro do Brasil depende dessa postura: restaurar a moralidade pública, fortalecer as instituições e garantir que a lei prevaleça sobre o poder. Só assim o país será, de fato, uma república, e não apenas de nome.

*Zizi Martins é ativista pela liberdade. Vice-presidente da ANED, membro fundadora e diretora da Lexum, Presidente do Instituto Solidez e membro do IBDR. Advogada com mestrado em direito público e especialização em Direito Religioso, Doutora em Educação, Pós-Doutora em Política, Comportamento e Mídia. Articulista e comentarista política

 

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Autoria: Zizi Martins

O homeschooling tem ganhado grande espaço no Brasil, consolidando-se como uma opção educacional viável e apoiada por diversas estruturas que oferecem segurança jurídica, pedagogia e recursos especializados. A Associação Nacional de Educação Domiciliar (ANED)* destaca-se como o principal suporte jurídico e institucional, oferecendo assessoria legal, acompanhamento de processos e capacitação para famílias e advogados, garantindo que o ensino domiciliar seja exercido com respaldo legal.

O maior evento do setor, a Expo Homeschooling* – cuja próxima edição ocorrerá de 20 a 22/11 em João Pessoa/PB-, promove anualmente a conexão entre famílias, educadores e fornecedores, possibilitando o acesso a palestras, workshops e recursos pedagógicos que atendem às necessidades específicas da educação em casa. Ali, inovadoras metodologias pedagógicas, tecnologias educacionais e orientações legais são apresentadas, facilitando a prática do ensino domiciliar com qualidade.

Entre os recursos disponíveis para o ensino domiciliar, destacam-se materiais didáticos diversificados, que vão desde apostilas, livros e videoaulas até jogos educativos e atividades práticas. Esses materiais são desenvolvidos para atender desde os primeiros anos escolares até o Ensino Médio, permitindo personalização conforme a idade e o ritmo do aluno, com foco em incentivar tanto o desenvolvimento cognitivo quanto socioemocional.

Além disso, uma rede de profissionais como pedagogos, tutores e consultores pedagógicos fornece orientações e acompanhamento para as famílias. Esses especialistas auxiliam na elaboração de planos de estudo, adaptação curricular e monitoramento do desempenho, impondo maior estrutura e qualidade ao aprendizado em casa.

Metodologias ativas têm ganhado espaço entre os homeschoolers, com práticas que incluem aprendizagem baseada em projetos, avaliações formativas, estudos interdisciplinares e uso de recursos digitais interativos para promover o protagonismo do estudante. A flexibilidade dessas metodologias permite que cada criança aprenda conforme seu ritmo e interesse, garantindo maior engajamento e efetividade.

As plataformas digitais complementam esse cenário, oferecendo ambientes virtuais completos para gestão do ensino, avaliação constante, comunicação entre educadores e famílias, e acesso a conteúdos multimídia. Essa tecnologia garante eficiência e organização, além de aproximar o homeschooling das inovações educacionais contemporâneas.

A capacitação contínua é outro ponto forte. Cursos, workshops e grupos de estudo estão organizados para preparar os pais e educadores, ajudando-os a superar desafios e a aplicar as melhores práticas pedagógicas e legais. Essa formação cria uma base sólida para o ensino domiciliar e a atuação segura frente aos desafios de ambientes questionadores dessa modalidade educacional.

Com todos esses recursos e apoio, o homeschooling no Brasil não é mais um caminho solitário ou incerto, como o que eu fiz no início dos anos 2000 com meus filhos. Ao contrário, tornou-se um movimento estruturado, que oferece segurança, qualidade e respaldo para famílias que buscam uma educação diferenciada para seus filhos. Portanto, se você pensa em optar pelo ensino em casa, saiba que há um ecossistema robusto pronto para apoiar sua jornada.

 

*Zizi Martins é ativista pela liberdade. Vice-presidente do Conselho de Administração da ANED, Membro fundadora e Diretora Secretária da LEXUM, Presidente do Instituto Solidez, membro do IBDR e da Federalist Society. Procuradora do Estado da Bahia, Advogada, Comentarista Política, Articulista e Consultora. Com pós-doutorado em Política, Comportamento e Mídia, Doutorado em Educação, Mestrado em Direito, Especialização em Direito Administrativo e Direito Religioso, Master em Liderança e Gestão Pública, MBA em Educação Corporativa e Gestão do Conhecimento.

 

*Para mais informações sobre a ANED e EXPO HOMESCHOOLING, confira: @aned.digital e @expohomeschooling

 

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