Em outubro, as vendas do varejo na Bahia seguiram em queda (-0,8%) frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Foi o quinto recuo consecutivo nessa comparação, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
O resultado do comércio varejista baiano entre setembro e outubro (-0,8%) ficou um pouco abaixo do verificado no Brasil como um todo (-0,1%). Nessa comparação, 10 das 27 unidades da Federação mostraram quedas nas vendas, sendo as mais intensas no Amapá (-2,8%), em Roraima (-2,3%) e no Rio de Janeiro (-2,2%). A Bahia ficou com o 7º pior desempenho dentre os estados.
No outro extremo, Acre (3,0%), Alagoas (2,4%) e Rondônia (2,4%) apresentaram os melhores resultados nas vendas do varejo.
Com o resultado negativo de setembro para outubro, o volume de vendas do varejo baiano continuou abaixo (-5,4%) do patamar do pré-pandemia, em fevereiro de 2020, aumentando a distância em relação ao verificado em setembro (-4,7%).
O desempenho do varejo baiano também foi negativo na comparação de outubro/21 com outubro/20, com queda de 14,1% nas vendas.
Foi o terceiro recuo consecutivo, com aceleração no ritmo de queda (caindo mais do que no mês anterior) e o pior resultado para um mês de outubro em toda a nova série histórica da PMC, iniciada em 2001 para esse indicador interanual.
Foi também a maior queda do volume de vendas dentre todos os estados e o dobro da verificada no Brasil como um todo (-7,1%). Apenas o Rio Grande do Sul teve variação positiva frente a outubro de 2020 (0,4%).
Apesar de mais esse desempenho negativo, as vendas do varejo baiano ainda acumulam alta de 2,9% no ano de 2021, no confronto com o mesmo período do ano anterior. O resultado na Bahia seguiu ligeiramente acima do nacional (2,6%) e foi o 12o entre os estados.
No acumulado nos 12 meses encerrados em outubro (frente aos 12 meses anteriores), as vendas do comércio varejista na Bahia também seguem positivas (1,4%). O resultado está abaixo do Brasil como um todo (2,6%) e é apenas o 16o entre as 27 unidades da Federação.
Em outubro, vendas caíram em 5 das 8 atividades do varejo baiano, puxadas de novo por móveis e eletrodomésticos (-40,0%) e supermercados (-9,0%)
Em outubro, na Bahia, 5 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui automóveis e material de construção) tiveram recuos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2020.
A queda mais intensa e a principal contribuição para o resultado negativo em geral veio, mais uma vez, dos móveis e eletrodomésticos (-40,0%). A atividade mostrou seu quarto recuo consecutivo, após ter fechado o ano de 2020 com o melhor desempenho do varejo no estado (14,5%).
Em seguida, em termos de influência no resultado do varejo, vieram novamente os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-9,0%). Apesar de terem registrado a queda menos intensa dentre as atividades, os supermercados têm o maior peso na estrutura do comércio no estado, por isso sua contribuição foi a segunda maior.
O resultado de outubro marcou 12 meses de retrações no volume de vendas dos supermercados, que cai seguidamente desde novembro de 2020. O segmento tem o segundo pior desempenho no acumulado neste ano de 2021 (-9,0%).
Apenas as atividades de tecidos, vestuário e calçados (3,8%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (6,8%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%) viram o volume de vendas crescer frente a outubro/20 e deram, nessa ordem, alguma contribuição no sentido de segurar a queda do varejo baiano no mês.
Vendas do varejo ampliado na Bahia ficam estáveis (0,0%) de setembro para outubro, mas caem frente a outubro/20 (-2,5%)
Em outubro, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano se manteve estável (0,0%) frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após ter registrado quatro quedas seguidas nessa comparação. O resultado da Bahia continuou melhor do que o verificado no país como um todo (-0,9%).
Já frente ao mesmo mês do ano anterior, as vendas do varejo ampliado na Bahia caíram em outubro (-2,5%), mostrando um primeiro resultado negativo, nesse confronto, depois de sete meses de altas consecutivas (as vendas cresciam desde março). No Brasil como um todo, também houve queda frente a outubro/20 (-7,1%).
Os resultados do varejo ampliado foram majoritariamente negativos entre os estados, em outubro. Frente a setembro, 9 dos 27 mostraram avanço, liderados por Tocantins (8,1%). No confronto com outubro de 2020, só 4 unidades da Federação tiveram aumentos, lideradas novamente por Pernambuco (9,4%).
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
No confronto com outubro de 2020, as vendas de veículos na Bahia apresentaram o nono crescimento consecutivo (34,0%). O estado teve, pelo sexto mês seguido, o segundo maior aumento das vendas de veículos entre as 12 unidades da Federação onde a atividade é pesquisada, abaixo só de Pernambuco (56,8%). Ele se deu, porém, em cima de uma queda de 18,8% em outubro 20/outubro 19.
Já as vendas de material de construção na Bahia tiveram variação negativa de 0,2% em outubro, mostrando o quinto recuo seguido, mas com uma forte diminuição no ritmo de queda.
De janeiro a outubro de 2021, o varejo ampliado da Bahia seguiu acumulando alta nas vendas (10,4%), acima do Brasil como um todo (6,3%). Nos 12 meses encerrados em outubro, o acumulado também segue positivo (7,2%) e acima do nacional (5,7%).