Instalações ligadas ou não à rede de distribuição possuem diferentes qualidades, e cada uma se adequa a um tipo de consumidor
A geração de energia fotovoltaica tem se popularizado cada vez mais, tornando-se a segunda matriz energética mais utilizada no Brasil. O crescimento vertiginoso se deve às condições climáticas favoráveis do país, propícias para a instalação dos painéis solares, ao baixo custo de manutenção, à queda do preço dos equipamentos e das instalações e à consequente economia na conta de luz.
Além disso, fatores como a preocupação com o meio ambiente – uma vez que a energia solar é uma fonte limpa e renovável – e a valorização do imóvel em que os painéis são instalados estão entre os motivos geralmente apontados para sua adoção. Hoje, cerca de 26,7 GW de energia elétrica são gerados pelos sistemas instalados em casas e prédios comerciais, e por volta de 11,6 GW pelas grandes usinas, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar.
Qual o diferencial do gerador individual?
A energia produzida pelos pequenos geradores possui, entretanto, um diferencial interessante em relação às grandes usinas: ela pode ser enquadrada em dois diferentes sistemas, conhecidos como on-grid e off-grid. Tais sistemas dizem respeito se aquela instalação estará conectada ou não à rede da concessionária responsável pela rede elétrica pública.
A instalação ligada à rede
O sistema on-grid, ou “na rede”, é o sistema que conecta o imóvel à concessionária. Tal ligação permite que haja compensação no uso da energia elétrica. Na prática, toda produção não consumida vai para a rede e volta para o consumidor na forma de crédito. Esses créditos se tornam descontos na conta de luz. Outra vantagem é poder usar a energia da rede nos momentos em que a própria produção não for suficiente.
A instalação totalmente autônoma
Já o sistema off-grid, ou “fora da rede”, liga as placas fotovoltaicas em baterias, ao invés da rede pública. Elas armazenam a energia gerada para que seja utilizada em outros momentos, como quando a produção baixa. Esse sistema é completamente independente da rede de energia e ideal para locais isolados, onde a rede elétrica não chega.
Qual é mais vantajoso?
Cada modalidade tem vantagens e desvantagens, a depender da finalidade a que se destinam. Em termos de custo, a “off-grid” precisa de um aporte maior por conta das baterias, o que encarece sua instalação. Porém, sua total independência da rede faz com que as flutuações de energia não interfiram no uso. Já a “on-grid” é mais eficiente quase 30% e acumula créditos, mas está sujeita a eventuais faltas de energia na rede.
De maneira geral, uma instalação de kit solar é bastante benéfica, seja para o usuário ou para o imóvel. Deve-se apenas saber qual é o modelo que mais se adequa, se o on-grid ou o off-grid: geralmente, o primeiro é melhor para localidades urbanas, e o segundo, para localidades afastadas. Existem também sistemas híbridos, o que pode ser ainda melhor.
