Siga-nos nas Redes Sociais

Economia

Vale mais a pena investir ou dar entrada e financiar o restante para comprar um bem?

Publicado

em

Por

Foto: Freepik

Decisão exige planejamento, análise de juros e atenção ao momento do mercado

Na hora de comprar um bem de alto valor, como um imóvel ou um carro, muitas pessoas se veem diante de uma dúvida comum: usar o dinheiro disponível para dar entrada e financiar o restante ou aplicar o montante e aguardar o retorno dos investimentos até acumular o valor necessário? 

No entanto, a escolha entre investir ou financiar não tem uma resposta única, variando de acordo com diferentes fatores, como a taxa de juros praticada pelas instituições financeiras, o perfil de risco, a estabilidade da renda mensal e a realidade do mercado.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), não há uma fórmula definitiva que indique qual é a melhor decisão. Esta deve ser pautada por uma estratégia financeira compatível com os objetivos da pessoa. 

O que é preciso analisar?

Ainda de acordo com a Abefin, ao optar por financiar, o comprador integra o bem ao seu patrimônio de imediato, mas precisa lidar com parcelas mensais acrescidas de juros, cujo percentual varia conforme a política de cada banco. Ao longo dos anos, os juros podem encarecer a operação, fazendo com que o bem financiado saia por um valor mais alto do que sua aquisição à vista. 

Por outro lado, comprar à vista pode ser mais vantajoso em termos patrimoniais, já que o valor integral pago passa a compor o patrimônio do comprador sem acréscimos de juros. Ainda assim, nem sempre essa opção está ao alcance da maioria, o que faz do financiamento uma alternativa mais acessível para muitos, desde que o comprometimento da renda familiar com as parcelas não ultrapasse os 30%, conforme recomenda a Serasa.

A estratégia de aplicar o dinheiro disponível e adiar a compra é considerada vantajosa por especialistas. Um planejamento de investimentos bem estruturado pode transformar os aportes mensais em um valor expressivo ao longo do tempo, sobretudo se os rendimentos superarem os juros cobrados por financiamentos.

De acordo com as informações divulgadas pela Bolsa de Valores (B3), é possível que os investimentos ofereçam retorno maior do que o custo total do financiamento, especialmente quando o prazo é superior a 12 meses. 

Produtos como Tesouro Selic, CDBs com liquidez diária, LCIs, LCAs e fundos conservadores são indicados para quem busca segurança e liquidez, além de proteção contra oscilações da renda variável.

No caso da compra de um carro, a B3 mostra que aportes mensais regulares podem se equiparar ao valor das parcelas de um financiamento. Com a vantagem de que, ao final, o investidor poderá pagar à vista, possivelmente com desconto, além de evitar os juros de contratos longos oferecidos por um banco para financiar veículos.

Planejamento e reserva financeira são fundamentais

Antes de decidir entre investir ou financiar um bem, é preciso considerar a construção de uma reserva financeira estratégica. De acordo com a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), manter uma quantia reservada para imprevistos é indispensável para garantir estabilidade diante de emergências ou oscilações na renda

Investir também pode proteger o poder de compra diante da inflação e aumentar as chances de crescimento patrimonial. Essa organização oferece mais segurança para lidar com eventuais mudanças econômicas e aproveitar oportunidades que surgirem no mercado.

Outro ponto importante no processo de decisão é avaliar o momento do mercado. A Anbima lembra que o mercado de imóveis e construção civil é cíclico e sofre variações influenciadas pela oferta e demanda, além da disponibilidade de crédito. 

Quando há muitas ofertas e poucos compradores, o consumidor pode encontrar preços mais competitivos. Já em cenários de grande demanda, os imóveis tendem a ficar mais valorizados.

Para ajudar o consumidor a calcular e comparar as opções, o Banco Central disponibiliza a Calculadora do Cidadão. A ferramenta permite simular cenários com parcelas fixas de financiamento ou depósitos regulares em investimentos, ajudando a entender qual alternativa representa o melhor custo-benefício no longo prazo.

É melhor antecipar as parcelas do financiamento ou deixar o valor investido?

Outro dilema comum entre os consumidores é se vale ou não antecipar as parcelas do financiamento para reduzir o tempo da dívida e os juros. A prática, segundo a Abefin, pode não ser a mais vantajosa em momentos em que a taxa Selic está alta.

Embora a antecipação reduza o valor total pago em juros, ela também retira a oportunidade de aplicar o dinheiro em produtos que podem render mais do que o desconto gerado pela quitação adiantada. Hoje, investimentos de renda fixa oferecem rentabilidades que podem variar entre 12% e 14% ao ano, superando, em muitos casos, os juros do financiamento imobiliário.

A Abefin orienta que a melhor estratégia é manter o financiamento em dia e aplicar os recursos extras em investimentos. Dessa forma, é possível construir um patrimônio paralelo, preservar o poder dos juros compostos e criar uma reserva para o futuro.

Receita exige CPF de cotistas em fundos de investimento a partir de 2026

Receita exige CPF de cotistas em fundos de investimento a partir de 2026

Leia Mais
Novo limite para saque-aniversário do FGTS entra em vigor

Novo limite para saque-aniversário do FGTS entra em vigor

Leia Mais
Bolsa tem 5º recorde seguido e se aproxima dos 150 mil pontos

Bolsa tem 5º recorde seguido e se aproxima dos 150 mil pontos

Leia Mais
Desemprego no Brasil Atinge Menor Taxa da Série Histórica

Desemprego no Brasil Atinge Menor Taxa da Série Histórica

Leia Mais
Preços de arrepiar: Halloween nos EUA fica mais caro em 2025, mas surge a Brazil Pays para dar um “up” nas compras

Preços de arrepiar: Halloween nos EUA fica mais caro em 2025, mas surge a Brazil Pays para dar um “up” nas compras

Leia Mais
Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Receita exige CPF de cotistas em fundos de investimento a partir de 2026

Publicado

em

Por

Mcam20022020 6
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Receita Federal tornará obrigatória, a partir de 1º de janeiro de 2026, a identificação por CPF de todos os cotistas finais de fundos de investimento — medida voltada ao combate à lavagem de dinheiro, pirâmides financeiras e ocultação de patrimônio.

Destaques:

  • O que muda com a nova regra da Receita Federal
  • Como funcionará o formulário digital de beneficiários finais
  • Quem está obrigado — e quem está isento
  • Impacto na fiscalização e lições da Operação Carbono Oculto

A partir de 1º de janeiro de 2026, o anonimato em fundos de investimento chega ao fim. A Receita Federal publicou nesta sexta-feira (31) uma instrução normativa que obriga administradores a informar o CPF dos cotistas finais — ou seja, das pessoas físicas que efetivamente detêm, controlam ou se beneficiam dos investimentos.

A medida, anunciada pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, visa aumentar a transparência do sistema financeiro e dificultar o uso de estruturas complexas para esconder origens ilícitas de recursos. “Agora, todos os fundos vão ser obrigados a dizer até o CPF. Se for um esquema de pirâmide, você vai ter que chegar no CPF da pessoa”, afirmou Haddad em entrevista coletiva em São Paulo.

Ferramenta digital centraliza dados

Para cumprir a nova exigência, será implantado o Formulário Digital de Beneficiários Finais (e-BEF) — uma plataforma eletrônica em que instituições financeiras e administradores de fundos deverão registrar os dados dos verdadeiros titulares dos ativos. O formulário poderá ser pré-preenchido com informações já existentes na base da Receita, facilitando a adesão.

As informações coletadas serão integradas ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e cruzadas com outras bases públicas, como as do Banco Central e do Coaf, ampliando o poder de fiscalização. A Receita também passará a receber mensalmente os relatórios 5.401 e 5.402, que detalham cotistas, patrimônio líquido e número de cotas — dados antes restritos ao BC.

Quem precisa cumprir — e quem não precisa

A obrigatoriedade atinge sociedades civis e comerciais, associações, cooperativas, fundações inscritas no CNPJ, além de fundos de investimento no Brasil e no exterior que operem no país. Entidades estrangeiras sem influência significativa em empresas nacionais também deverão declarar seus beneficiários.

Estão isentos:

  • Empresas públicas e sociedades de economia mista
  • Companhias abertas e suas controladas
  • Microempreendedores individuais (MEIs)
  • Sociedades unipessoais

O prazo para adequação é de 30 dias após a entrada em vigor da regra para cada grupo. Quem descumprir pode ter o CNPJ suspenso, contas bancárias bloqueadas e sofrer multas.

Lições do combate ao crime financeiro

A iniciativa nasce diretamente das investigações da Operação Carbono Oculto, deflagrada em 2025 na Avenida Faria Lima (SP), que apurou lavagem de dinheiro por meio de fundos exclusivos. “Pessoas que fazem as coisas licitamente acabam se misturando com pessoas que têm fachada bonita, mas por trás há crime organizado da pesada”, alertou Haddad.

O ministro reforçou que a medida faz parte de um esforço mais amplo contra a sonegação fiscal e o capital ilícito, que também inclui o combate a criptoativos não declarados e fundos offshore. “Estamos combatendo isso desde que chegamos, dando transparência, cobrando imposto e fazendo a pessoa colocar o CPF para sabermos quem é”, disse.

Com essa mudança, o Brasil alinha-se a padrões internacionais de conformidade tributária e combate ao financiamento do crime — e, diga-se, dá um passo decisivo para separar o trigo do joio no mundo dos investimentos. Afinal, transparência não é burocracia: é proteção ao cidadão honesto.

Receita exige CPF de cotistas em fundos de investimento a partir de 2026

Receita exige CPF de cotistas em fundos de investimento a partir de 2026

Leia Mais
Novo limite para saque-aniversário do FGTS entra em vigor

Novo limite para saque-aniversário do FGTS entra em vigor

Leia Mais
Bolsa tem 5º recorde seguido e se aproxima dos 150 mil pontos

Bolsa tem 5º recorde seguido e se aproxima dos 150 mil pontos

Leia Mais
Desemprego no Brasil Atinge Menor Taxa da Série Histórica

Desemprego no Brasil Atinge Menor Taxa da Série Histórica

Leia Mais
Preços de arrepiar: Halloween nos EUA fica mais caro em 2025, mas surge a Brazil Pays para dar um “up” nas compras

Preços de arrepiar: Halloween nos EUA fica mais caro em 2025, mas surge a Brazil Pays para dar um “up” nas compras

Leia Mais
Continue Lendo

Economia

Novo limite para saque-aniversário do FGTS entra em vigor

Publicado

em

Por

Trabalhadores terão limites de valor e prazo para antecipar parcelas; governo visa proteger poupança em caso de demissão e preservar fundo para habitação.

Destaque:

· Limites de valor e número de parcelas
· Objetivo: proteger trabalhador e recursos do FGTS
· Como fica a adesão e a antecipação

As regras mais restritivas para o saque-aniversário do FGTS entram em vigor a partir deste sábado (1º). A mudança, aprovada pelo Conselho Curador do FGTS e implementada pela Caixa, estabelece um teto para antecipações — com impacto direto para os 21,5 milhões de trabalhadores (51% das contas ativas) que já aderiram à modalidade.

A principal novidade são os limites contratuais. Agora, cada parcela antecipada deve ficar entre R$ 100 e R$ 500. No primeiro ano, é possível antecipar até cinco parcelas (R$ 2,5 mil no total). A partir de 2026, o máximo cairá para três parcelas anuais (R$ 1.500). Além disso, o trabalhador terá de esperar 90 dias após a adesão para solicitar o empréstimo e só poderá fazer uma operação por ano.

O governo justifica a medida como uma proteção ao trabalhador. A antiga flexibilidade, sem limites, levava muitos a comprometerem todo seu saldo futuro. Em caso de demissão, ficavam sem o amparo do FGTS — que continuava bloqueado como garantia para o banco. “O trabalhador, ao ser demitido, muitas vezes se vê sem recursos”, explicou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

A medida, diga-se, também busca blindar os cofres do FGTS. O fundo, que movimentou R$ 52,3 bilhões em financiamentos habitacionais no primeiro semestre, via sua capacidade de investimento ameaçada pelo volume de antecipações. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a classificar a prática anterior como “uma das maiores injustiças contra o trabalhador”.

Para o segurado, a recomendação é reavaliar a adesão. A opção pelo saque-aniversário — feita via aplicativo ou agências da Caixa — significa abrir mão do saque integral na demissão sem justa causa, mantendo apenas o direito à multa rescisória. Com as novas regras, a antecipação deixa de ser uma fonte ilimitada de crédito para se tornar uma opção pontual e controlada.

Receita exige CPF de cotistas em fundos de investimento a partir de 2026

Receita exige CPF de cotistas em fundos de investimento a partir de 2026

Leia Mais
Novo limite para saque-aniversário do FGTS entra em vigor

Novo limite para saque-aniversário do FGTS entra em vigor

Leia Mais
Bolsa tem 5º recorde seguido e se aproxima dos 150 mil pontos

Bolsa tem 5º recorde seguido e se aproxima dos 150 mil pontos

Leia Mais
Desemprego no Brasil Atinge Menor Taxa da Série Histórica

Desemprego no Brasil Atinge Menor Taxa da Série Histórica

Leia Mais
Preços de arrepiar: Halloween nos EUA fica mais caro em 2025, mas surge a Brazil Pays para dar um “up” nas compras

Preços de arrepiar: Halloween nos EUA fica mais caro em 2025, mas surge a Brazil Pays para dar um “up” nas compras

Leia Mais
Continue Lendo

Economia

Bolsa tem 5º recorde seguido e se aproxima dos 150 mil pontos

Publicado

em

Por

© Arte/Agência Brasil

O Ibovespa registrou seu quinto recorde histórico consecutivo nesta sexta-feira (31), fechando a 0,51% acima do pregão anterior, aos 149.540 pontos. O otimismo no mercado de ações, que já dura oito pregões, foi impulsionado por uma conjuntura positiva: a entrada robusta de capitais estrangeiros e dados recentes do mercado de trabalho.

Do outro lado, o dólar comercial encerrou o dia praticamente estável, cotado a R$ 5,38. A moeda, no entanto, teve um mês de outubro positivo, acumulando alta de 1,08%. No ano, a divisa mantém uma trajetória de forte queda: 12,94% de desvalorização em 2025, o melhor desempenho entre as moedas latino-americanas.

Cenário externo e interno impulsionam bolsa

Dois fatores centrais explicam o bom humor dos investidores. No plano internacional, o alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China — com um acordo sobre terras raras — aumentou o apetite por ativos de países emergentes, como o Brasil.

Internamente, a publicação da PNAD Contínua pelo IBGE mostrou que a taxa de desocupação se manteve em seu menor patamar histórico, de 5,6%. Esse cenário, diga-se, reduz a probabilidade de o Banco Central (BC) adiar o início do ciclo de cortes da Taxa Selic, o que beneficia investimentos de maior risco, como as ações.

A dinâmica do câmbio e os próximos passos

O mercado de câmbio viveu um dia de volatilidade, com o dólar oscilando entre R$ 5,40 e R$ 5,37 antes de encerrar estável. A pressão veio do último dia útil do mês, utilizado para o fechamento da Taxa Ptax, que corrige dívidas públicas atreladas ao câmbio. No entanto, a entrada de recursos externos durante a tarde ajudou a equilibrar a balança.

Com a série de recordes, a bolsa acumula ganhos de 2,26% em outubro e avança expressivos 24,32% no ano. A pergunta que fica no ar é se o Ibovespa terá fôlego para romper a barreira psicológica dos 150 mil pontos na próxima semana, um patamar que reflete não apenas o capital estrangeiro, mas uma cautelosa esperança na economia doméstica.

Receita exige CPF de cotistas em fundos de investimento a partir de 2026

Receita exige CPF de cotistas em fundos de investimento a partir de 2026

Leia Mais
Novo limite para saque-aniversário do FGTS entra em vigor

Novo limite para saque-aniversário do FGTS entra em vigor

Leia Mais
Bolsa tem 5º recorde seguido e se aproxima dos 150 mil pontos

Bolsa tem 5º recorde seguido e se aproxima dos 150 mil pontos

Leia Mais
Desemprego no Brasil Atinge Menor Taxa da Série Histórica

Desemprego no Brasil Atinge Menor Taxa da Série Histórica

Leia Mais
Preços de arrepiar: Halloween nos EUA fica mais caro em 2025, mas surge a Brazil Pays para dar um “up” nas compras

Preços de arrepiar: Halloween nos EUA fica mais caro em 2025, mas surge a Brazil Pays para dar um “up” nas compras

Leia Mais
Continue Lendo

Em Alta

Copyright © 2018 - 2021 Rede Brasileira de Notícias.