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Vacinação COVID: gestantes e mulheres em tratamento de reprodução assistida devem ser avaliadas caso a caso antes de se imunizar

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Depois de mais de 10 meses de espera e de muita expectativa por parte de todo o mundo, começou oficialmente no Brasil a vacinação contra a COVID-19. Após a autorização da ANVISA para uso emergencial da CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, os primeiros brasileiros já foram imunizados. E com o início da vacinação – que prevê o controle do vírus que tem assolado o mundo – mulheres grávidas e em tratamento para engravidar já buscam orientações em relação ao imunizante.

“As mulheres que já estão grávidas e aquelas que estão no meio do tratamento de reprodução assistida, já começam a buscar informações e orientação sobre o assunto”, explica a Diretora Médica do IVI SalvadorDra. Genevieve Coelho. Como tudo é muito recente, tanto a pandemia quanto a vacina, ainda não existe um “protocolo padrão” que responda ao questionamento dessas mulheres. “Assim como no início da pandemia, em que tivemos dúvidas sobre a realização ou não de tratamentos de reprodução que já haviam sido iniciados; a mesma postura temos agora. Não existem ainda pesquisas sobre o efeito da vacina em fetos ou em casos de poucas semanas de desenvolvimento fetal”, explica a médica. Vai se utilizar o critério da individualidade para definir o melhor para cada caso.

Para aquelas mulheres que ainda não iniciaram o tratamento, a vacinação é recomendada, se possível. Nesses casos, o tempo de espera para avaliação entre a vacinação e o tratamento de reprodução, dependendo do país, será entre 2 semanas e 2 meses. Ressalta-se que ainda não há evidências de que este tipo de vacina afete os gametas.

Já no caso das vacinas obtidas com vírus atenuados (o caso da CoronaVac), devem ser seguidas as recomendações do fabricante ou das Agências de Medicamentos sobre o tempo de espera entre a vacinação e a transferência do embrião. No caso do Instituto Butantan, segundo o texto da bula do imunizante, em relação ao uso na gravidez e lactação, “estudos em animais não demonstraram riscos fetais, mas também não há estudos controlados em mulheres grávidas”. Ainda na bula, a referida vacina explica que “este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica”.

Durante a gravidez não há recomendação por falta de estudo, a paciente deve avaliar os riscos com seu médico (por desconhecer o uso da vacina em gestantes) e ponderar riscos e benefícios, se a mesma tem alguma comorbidade, como hipertensão ou obesidade. “A proteção contra o coronavírus é algo que toda a sociedade almeja, mas para cada mulher, valerá uma regra individual. Isso até que tenhamos estudos conclusivos sobre os efeitos que a vacina pode causar durante a gestação”, conclui a especialista.

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