O músico norueguês Sturle Dagsland é específico e excêntrico em sua ainda breve jornada pela arte. Existe um universo próprio onde ambienta as 11 canções do disco de estreia homônimo, já nas plataformas digitais, com um forte acento psicodélico, entre percussões e sonoridades étnicas (do mundo todo), vocalizações que remetem à Björk, sons eletrônicos, riffs de guitarra e tantos outros elementos.
Ouça o álbum no streaming: https://rebrand.ly/
Sturle Dagsland compõe e produz ao lado do irmão, Sjur, e juntos usam uma ampla variedade de arranjos em instrumentos de todas as partes do mundo. O resultado, apesar de subjetivo, são paisagens sonoras ora modernas, ora ancestrais – impossível desassociar a musicalidade do disco de estreia de algo visual.
Cinco músicas do álbum foram lançadas como singles: a inquietante viagem onírica de “Kusanagi” (que ganhou vídeo super psicodélico, desenhado pelo premiado artista plástico Eirik Heggen), “Harajuku” (inspirada no descolado bairro de Tokyo), “Waif” (que contém vocalizações únicas), “Dreaming” (que vai da leveza à ferocidade) e “Blót”.
A frequência de Sturle Dagsland é ímpar e ouvir estas 11 canções requer, no bom sentido, permitir-se que o estranhamento permeie a audição. São texturas dramáticas, emotivas e libertadoras que se constroem e se dissolvem, às vezes tudo em uma mesma música.
O artista tem uma turnê imensa para promover o álbum, marcada para maio/junho deste ano, dividindo a estrada com os artistas Oranssi Pazuzu e Deafkids, do Brasil. Ainda não é certo que a turnê realmente aconteça, por conta dos bloqueios territoriais em diversos países europeus devido ao avanço da segunda onda da covid-19.