Durante todo o ano de 2022, por três quadrimestres consecutivos, Camaçari ficou em primeiro lugar no Previne Brasil entre os 10 municípios mais populosos da Bahia. Instituído pelo Ministério da Saúde, o programa avalia os serviços da Atenção Básica em todo o Brasil. A previsão da Secretaria da Saúde (Sesau) para a próxima avaliação, que deve ser publicada até o final de maio, é de que o município avance ainda mais na sua nota.
A rede da Atenção Básica de Camaçari é composta por 65 equipes de Saúde da Família, 13 equipes de Atenção Primária, 41 equipes de Saúde Bucal, duas equipes multiprofissionais, uma equipe do Consultório na Rua, 38 Unidades de Saúde da Família (USFs), quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e duas Academias da Saúde.
Entretanto, em 2017, quando a atual gestão assumiu o controle da máquina pública municipal, esse quadro era bem diferente, com apenas 72,46% de cobertura de Atenção Básica, 57,96% de cobertura de Saúde da Família e 28% de cobertura de Saúde Bucal. Após muito trabalho e comprometimento com a Atenção Básica, os números em 2023 são bem diferentes, com 82,12% de cobertura da Atenção Básica, 73,57% de cobertura de Saúde da Família e 56,80% de cobertura de Saúde Bucal.
Tal ampliação da cobertura de serviços reflete diretamente no número de pessoas atendidas anualmente nas unidades de saúde da Atenção Básica. Em 2016, o número de consultas realizadas em toda a cidade foi de apenas 69.509. Entretanto, em 2022, esse número aumentou em quatro vezes, chegando a 281.323 consultas realizadas entre médicas, de enfermagem e de outros profissionais. Na Saúde Bucal, o aumento no número de consultas também foi alarmante, saindo de 9.927 em 2016, para 38.197 em 2022.
O secretário da Saúde, Elias Natan, ressalta que, “ainda na Atenção Básica colocamos o exame preventivo em todas as unidades de saúde. Nossa equipe realiza em todas as unidades de saúde programas de pré-natal, temos ainda ações com grupos hiperdia, campanhas como o Outubro Rosa, Novembro Azul, dentre tantas outras realizadas nas unidades de saúde. Ainda não chegamos ao nível de saúde que queremos chegar, mas não dá para negar todos os avanços”.
Natan ainda afirma, que “quem disser que não houve importantes e significativos avanços na Atenção Básica nos últimos sete anos, está desconstruindo a realidade. Sei que ainda há necessidade de avançar em alguns serviços, mas não dá para trabalhar com a prática de disseminar o quanto pior melhor, pois isso só prejudica a nossa população”.
Foto: Arquivo