O início do ano é o período com mais contas que impactam o bolso dos brasileiros
O ano começa e com ele, as contas a pagar. Este ano – além do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), da compra de material escolar e uniformes, matrículas das escolas, dentre outras – há rescaldos do ano de 2020 que foi marcado pelo alto reajuste de preços de produtos que estão sempre na mesa do consumidor brasileiro.
Com tantas contas chegando, uma pergunta é frequente: pagar à vista ou parcelar? Pollyanna Rodrigues Gondin, economista e professora da Escola de Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter, explica que a resposta para essa pergunta é um pouco relativa, pois depende das condições financeiras enfrentadas pelo indivíduo ou família. “Temos que nos questionar se temos recurso disponível para pagar à vista, se conseguimos negociar e ganhar algum desconto. Se a resposta for sim para as duas perguntas, vale a pena pagar contas à vista visando ganhar desconto na negociação”, afirma.
Pollyanna lembra que ao longo do ano é importante gastar com sabedoria e poupar uma parte do salário para fazer frente às adversidades e necessidades que podem surgir. “O momento que vivemos nos mostra claramente isso, aumento dos preços com consequente aumento da inflação, desvalorização da nossa moeda, alta no desemprego, para além de toda a instabilidade econômica e incertezas futuras. Desse modo, poupar, pelo menos um percentual da renda recebido se torna crucial, para que seja possível gerar uma reserva emergencial”, comenta.
Assim como as contas serem pagas à vista ou parceladas, poupar também não tem um caminho único. Para nortear as pessoas que querem iniciar o controle financeiro e guardar dinheiro para o futuro a economista elencou algumas dicas.
- É importante monitorar os ganhos e gastos mensais, assim é possível diagnosticar o que de fato entra e o que precisa sair para o pagamento de despesas. “Existem pessoas que utilizam tabelas para esse controle, aplicativos ou até mesmo o velho e comum caderno. A forma de se fazer esse controle, não importa. O principal é monitorar”, afirma.
- Após monitorar os ganhos e gastos mensais, veja o quanto sobra e estabeleça uma quantia para guardar mensalmente. A especialista ressalta que é importante traçar metas realista para que a pessoa não desanime no meio do caminho;
- Invista buscando gerar mais recursos. É importante buscar não deixar o dinheiro parado, rendendo menos que inflação. Para Gondin vale a pena buscar meios de investimento com parte do que se está poupando. “Antes de investir, pesquise, procure ajuda e não invista todo o dinheiro guardado em apenas uma fonte. Além disso, é importante verificar bem as formas de retorno, se é possível ter o dinheiro de volta quando necessitar”, comenta;
- Reflita sobre as reais necessidades e gaste menos do que se ganha. A professora lembra que muitas pessoas se vêm atraídas por promoções e acabam se endividando. Se perguntar se o produto a ser comprado é necessário e se cabe no orçamento mensal são o primeiro passo;
- Esteja sempre atento aos juros, seja do cartão de crédito ou de compras parceladas. Comprar no cartão de crédito pode gerar benefícios como pontos que podem ser trocados por viagens. Entretanto, é sempre importante estar atento e fazer uma parcela possível de ser paga dentro do seu orçamento;
6. Em compras à vista, procure negociar a fim de ganhar descontos. Essa prática é muito comum em alguns países e aqui no Brasil, também temos essa cultura.