Uso da geomembrana nesses casos tem crescido no Brasil, principalmente com as mudanças climáticas, porém especialista alerta sobre cuidados essenciais a fim de evitar a ruptura dessas estruturas
O uso de tanques para o armazenamento de água para irrigação na produção agrícola e industrial aumentou consideravelmente na última década, principalmente como uma forma de minimizar os riscos oriundos das mudanças climáticas. Isso porque eles possibilitam reservar a água captada no período das cheias e utilizá-la durante a estiagem, quando as vazões nos cursos hídricos diminuem consideravelmente.
De acordo com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM, 2023), reservatórios Off Stream, comumente chamados de piscinões, estas são estruturas construídas parte em solo escavado e parte em solo aterrado. Conforme Sergio Costa, Engenheiro Civil e Ambiental, mestre em Geotecnia e Geossintéticos na Nortène, o projeto de um piscinão deve contemplar uma equipe multidisciplinar, e sua construção deve ser fundamentada nas melhores práticas da engenharia geotécnica.
“Dentre um dos pontos de atenção, destaco a escolha correta da geomembrana PEAD para a construção. As geomembranas atuam como elemento de barreira à passagem da água para o interior, para tanto é de extrema importância a escolha correta do fabricante. A Nortène, por exemplo, empresa especialista na fabricação de produtos de polietileno há mais de 40 anos, tem a geomembrana como um de seus principais produtos”, explica o engenheiro.
É preciso cuidado também na correta instalação dos tanques, pois a ruptura dessas estruturas pode resultar em danos ao meio ambiente e à propriedade, provocando diversos impactos, diretos e indiretos, e que podem perdurar por longo período. “Esse rompimento causa o carreamento de sedimentos para cursos hídricos, com aumento do nível de turbidez, além da erosão nos solos e a intervenção e destruição de Áreas de Preservação Permanente (APP)”, diz Costa.
Atrelados a esses impactos, ocorrem sanções através de multas aplicadas pelo poder público às fazendas responsáveis pelo piscinão, além das perdas na produção, inviabilizando o cultivo na área atingida pelos próximos dois anos. “Pontuamos ainda danos aos maquinários (tratores, pulverizadores, colheitadeiras) e pivôs para irrigação, gerado pela onda d’água formada pela gravidade e às diferenças de cargas altimétricas”, cita o especialista. Somando-se a todos esses danos diretos, ainda existem os impactos na infraestrutura local, como estradas, pontes, instalações agrícolas e outras áreas, que podem ser extensos e bem onerosos para reparar.
A orientação é que todo reservatório de água seja projetado por um engenheiro especialista em obras de terra, em concordância com as melhores práticas da engenharia geotécnica. “Somente empresas capacitadas e profissionais altamente treinados, com base nos estudos geotécnicos e hidrológicos, e com a utilização de geomembranas de qualidade, é possível ter maior segurança desses reservatórios”, completa o especialista.
Grupo Nortène – Fundada em 1981 e sediada em Barueri/SP, a Nortène é pioneira no fornecimento de: reservatórios de geomembrana, filmes agrícolas, mulching, telas plásticas tecidas, telas plásticas termo-soldadas, silo-bolsa, lonas para silagem. A Nortène contribui também com sua tecnologia exclusiva em plásticos na fabricação e na comercialização dos produtos das empresas: Engepol Geossintéticos, Santeno Irrigação, Tecnofil Soluções em telas e Silox armazenagem.