Concessionária passa a destinar lodo da ETA Rio Dourado para fabricação de tijolos
Além das operações diárias e obras de saneamento realizadas nas cidades onde atua, a Rio+Saneamento está sempre desenvolvendo projetos que visam uma infraestrutura sustentável para os sistemas de água e esgoto, otimizando atividades importantes e alinhadas com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento da economia circular. Em Rio das Ostras, o lodo gerado na Estação de Tratamento de Água (ETA) Rio Dourado passou a ser usado como matéria-prima na fabricação de cerâmica, como tijolos e telhas.
O lodo é o resíduo final gerado no processo de tratamento de água ou de esgoto e, até então, era descartado em um aterro sanitário de uma cidade próxima, conforme previsto na legislação. De acordo com o coordenador de Operações da Rio+, Lucas Rachid, a iniciativa de incorporar esse lodo como matéria-prima na produção de cerâmica vem de uma proposta já trabalhada pelo Grupo Águas do Brasil, visando uma estrutura mais sustentável de saneamento e a economia circular.
A Rio+ iniciou as operações no município de Rio das Ostras em 2022 e, até agosto deste ano, o volume de lodo gerado da Estação de Tratamento de Água foi de aproximadamente 2,6 toneladas.
“Nós estamos otimizando a estrutura e logística de processos para viabilizar melhor o transporte e a disposição do lodo gerado da ETA Rio Dourado. Esse projeto é muito importante para nosso trabalho em Rio das Ostras, pois não ocupamos o aterro sanitário, e temos uma perspectiva ambiental mais promissora com essas práticas, trazendo mais sustentabilidade na infraestrutura do saneamento”, ressaltou Lucas, informando que, em breve, a concessionária também contará com um projeto de compostagem, que utiliza o lodo gerado da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE do Mariléa).
Na primeira quinzena de agosto, uma equipe do setor de operações da Rio+Saneamento em Rio das Ostras visitou uma cerâmica no município de Tanguá, no Estado do Rio de Janeiro, que vai seguir com o processo de fabricação dos tijolos. O proprietário da fábrica, Rodolfo Nunes, explica o processo de produção.
“Nós iniciamos o preparo com um blend, que é uma mistura das matérias-primas que usamos para a fabricação dos tijolos e outros produtos. Nesse blend, utilizamos três tipos de argila e conseguimos incorporar de 10% a 20% do lodo que recebemos da concessionária em cada mistura. Essa é uma das taxas de volume de lodo mais altas que atingimos aqui. Daí temos o material pronto para toda a produção, com menor impacto ao meio ambiente”, acrescentou.
O superintendente de Sustentabilidade da Rio+Saneamento, Nelson Carvalho, reforça que, na destinação dos resíduos, buscam soluções de valorização em um conceito de economia circular, um direcionador da Política de Sustentabilidade da Concessionária.
“Com essas práticas, oportunizamos a redução de consumo de recursos naturais em outras cadeias de valor, e contribuímos para o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS 12), que trata do consumo e produção responsáveis, priorizados em nossa estratégia”, acrescentou.
Para o superintendente regional de Operações da Rio+, Christian Portugal, essas iniciativas são fundamentais para o fortalecimento dos sistemas de água e esgoto, tanto na visibilidade econômica como na ambiental. “Em vários lugares do país, o lodo é descartado em rios e mananciais, causando sérios problemas como poluição e assoreamento. Na Rio+, além da implantação de tecnologias, adotamos alternativas para destinar resíduos gerados nos processos de tratamento de água e esgoto para outras finalidades assim como a cerâmica, e de forma sustentável, preservando os corpos hídricos e todo ambiente, impactando positivamente a qualidade de vida das pessoas”, concluiu Christian.