O pianista, compositor e arranjador Ricardo Bacelar lança em 1º de julho o single “O último pôr do sol” (Lenine/Lula Queiroga), que antecede a chegada de seu quinto álbum solo, que vai se chamar “Congênito”.
O single revela duas características marcantes do álbum: não há composições próprias em “Congênito” e Bacelar surge à frente nos vocais das 12 faixas. É um projeto de intérprete que reúne temas de grandes nomes da MPB, como Chico Buarque, Djavan, Caetano Veloso e Luiz Melodia. “Minha trajetória como cantor foi surgindo muito naturalmente. Já havia gravado dois singles – ‘Nada será como antes’, com Délia Fischer, e ‘Vício elegante’, parceria minha com Belchior -, além de uma faixa no álbum ‘Sebastiana’. Passei a cantar algumas músicas nos meus shows, a exercer o canto como nova linguagem. Neste álbum, eu me aproprio do discurso dos autores. Quis construir um mosaico de ritmos com músicas que tivessem uma unidade de sonoridade”, pontua Bacelar.
Ouça o single: ADA.lnk.to/oultimopordosol (01/07)
Assista ao videoclipe: https://www.youtube.com/watch?v=gE5WIKz-knQ (estreia dia 01)
“O último pôr do sol” foi a primeira música do projeto, gravada no estúdio de Ricardo Bacelar, o Jasmin Studio, em Fortaleza, que leva o mesmo nome do selo fonográfico do músico. “Sonhei com esse arranjo de voz e acordei com ele na cabeça. Misturei alguns instrumentos exóticos, como o dulcimer, de origem medieval, que lembra uma harpa, com piano, cordas e flautas. Tem uma influência árabe, nordestina, e também samba de roda. Comprei um berimbau e treinei alguns dias pra poder gravar”, lembra Bacelar, que produziu o videoclipe da canção nas dunas do Ceará e numa vila de pescadores. “Sempre gostei da imagem que esta música sugere. E fiz uma pesquisa sonora para encerrá-la com uma festa repleta de signos da cultura brasileira”.
A pandemia e a vontade de explorar todas as possibilidades de seu estúdio, fez Bacelar ir além: “O processo de gravar um disco sozinho, como fiz agora, é muito diferente, muito intenso. Foi uma imersão total. Levei algum tempo pesquisando sobre a sala de gravação, os equipamentos. Gravar todos os instrumentos exige muita perseverança, paciência e uma boa dose de ousadia, coragem, experiência e técnica. É como se fosse uma imagem que aos poucos vai tomando forma. Cada instrumento que você coloca é como um tempero em um caldeirão de sonoridades, texturas, climas, atmosferas. Esse trabalho de experimentação, de laboratório, eu adoro fazer. Gosto que a música seja imprevisível, que surpreenda o ouvinte”, finaliza.
O lançamento do álbum “Congênito” está previsto para o mês de agosto, pelo selo Jasmin Music.