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“Raízes Daqui” com oficinas gratuitas de cultura nordestina é lançado na Feira de São Cristóvão

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Crédito: Howard Cappelletti Valentim | da esquerda para direita: Ramiro Fidalgo, subsecretário de Estado de Turismo; Josélia Xavier, feirante da Barraca Conexão Mandacaru; Gilberto Teixeira, diretor e curador do projeto "Raízes Daqui" e do Instituto Cultural da Feira de São Cristóvão; Nilo Sérgio Félix, subsecretário de Estado de Turismo e Pedro Porto, gestor da Prefeitura do Centro Luiz Gonzaga de Tradições NE
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Iniciativa oferecerá vivências de Maracatu, Bumba-meu-boi, Frevo e Coco-de-roda para estudantes de escolas públicas e turistas no Rio de Janeiro

O Instituto Cultural da Feira de São Cristóvão (ICFSC) promoveu nesta quinta-feira (24), no Espaço Conexão Mandacaru, o lançamento oficial do projeto “Raízes Daqui”, uma iniciativa de educação patrimonial que levará oficinas culturais gratuitas de manifestações nordestinas para escolas públicas e turistas no Rio de Janeiro. Com duração de quatro meses (de agosto a novembro), o projeto visa preservar e difundir o patrimônio cultural imaterial nordestino através da experiência direta com tradições como Maracatu, Bumba Meu Boi, Frevo e Coco de Roda.

O evento de lançamento contou com a animação do trio de forró comandado pelo sanfoneiro Cassiano Beija-Flor, que também estará presente em apresentações no Restaurante Mandacaru durante o período do projeto. Estiveram presentes ainda representantes do trade de turismo, como Luiz Antonio Strauss, CEO da Promotional Travel, e Marcelo Siciliano, presidente da ABAV (Associação Brasileira de Agências de Viagens), reforçando a integração entre cultura e turismo proposta pelo projeto.

As atividades serão desenvolvidas de forma estratégica: de terça a quinta-feira, as oficinas atenderão 1.450 alunos de cinco escolas públicas do entorno da feira – Nilo Peçanha, Floriano Peixoto, Uruguai, Gonçalves Dias, Alice do Amaral Peixoto (rede municipal) e Pedro II São Cristóvão (rede federal). Às sextas-feiras, às 10h da manhã, as portas se abrem exclusivamente para visitantes e turistas, transformando a Feira de São Cristóvão em um polo de turismo patrimonial baseado na experiência viva da cultura popular.

“Eu traduzo isso em militância. Eu tenho duas militâncias na minha vida: a militância cultural na parte de representações nordestinas e na militância ecológica. Eu faço isso há 40 anos”, afirma Gilberto Teixeira, diretor e curador do projeto “Raízes Daqui” e do Instituto Cultural da Feira de São Cristóvão. “Eu pensei exatamente em uma atenção especial que a Feira precisa dar a essas representações – Maracatu, Bumba-meu-boi, Frevo, Coco de roda, que são elementos riquíssimos da cultura nordestina.”, complementa.

O projeto surge em um momento simbólico dos 80 anos da Feira de São Cristóvão e representa uma abordagem interdisciplinar que conecta cultura, turismo e educação. Conforme explica Pedro Porto, gestor da Prefeitura do Centro Luiz Gonzaga de Tradições NE, “o Raízes Daqui é uma sementinha para a gente resgatar o passado reencontrando o presente. A tradição nordestina nunca foi perdida em nenhum momento, mas ela precisa ser sempre ressignificada, reconectada com o que está nos moldes atuais.”

Cada oficina terá duração de 1h30 e será ministrada por mestres da cultura popular, nas escolas para os alunos e na barraca Conexão Mandacaru, dentro da Feira, para os turistas. As atividades incluem apresentações culturais ao final, com grupos convidados, e a distribuição de certificados aos participantes. Para garantir a inclusão, o projeto oferece recursos de acessibilidade, como intérpretes de Libras e materiais em Braile.

“A gente trabalha na perspectiva da educação patrimonial e do turismo patrimonial”, destaca Whytna Cavalcante, assessora técnica e coordenadora geral do projeto “Raízes Daqui”. “Isso vai ser muito importante nas culminâncias: essas crianças acessarem esses espaços, se sentirem pertencentes a esse espaço e que esse espaço pertence ao território que elas habitam.”

O “Raízes Daqui” também representa um modelo inovador de turismo baseado na experiência, onde o visitante não é apenas espectador, mas protagonista de uma imersão cultural participativa. Sempre na última sexta-feira do mês haverá uma culminância especial, com apresentações dos alunos das oficinas e grupos de dança relacionados ao tema mensal.

Nilo Sérgio Félix, subsecretário estadual de Turismo, ressalta a importância da iniciativa: “Vai ter aqui todas as sextas-feiras oficinas para o turista nacional e internacional de mostrar a cultura, as raízes nordestinas, a musicalidade, que é o maracatu, que é o frevo, que é o bumba-meu-boi. Depois de uma hora e meia, vão receber um diploma aqui da feira, junto com a Secretaria de Estado do Turismo.”

Para Josélia Xavier, mais conhecida como Dona Jô, do restaurante Conexão Mandacaru, o projeto representa um presente para a comunidade: “É muito bom receber o Raízes aqui no Mandacaru porque a nossa continuidade… o Raízes, está fazendo um trabalho muito bom, mostrando a nossa cultura, estão levando pras escolas pra que todos conheçam a nossa cultura e não deixem morrer a cultura nordestina aqui no Rio de Janeiro.”

O projeto é financiado pelo governo federal via emendas parlamentares de Jandira Feghali e Chico Alencar, totalizando R$ 650 mil, com parceria do Ministério da Cultura e apoio das secretarias municipais de Educação, Cultura, RioTur e Secretaria de Estado de Cultura.

O Instituto Cultural da Feira de São Cristóvão atua há 17 anos na preservação, promoção e difusão da cultura nordestina no Rio de Janeiro, fortalecendo as tradições que fazem da Feira um Patrimônio Cultural Imaterial reconhecido pelo IPHAN e um dos principais pontos turísticos da cidade.

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