A 51ª edição da Semana Internacional de Vela de Ilhabela Daycoval, que ocorre de 20 a 27 de julho, poderá contar com a presença de visitantes muito especiais em suas águas: as majestosas baleias jubartes.
Durante o período de disputas, é fundamental garantir que essa espécie possa migrar, sem interferências em seu trajeto natural. Esse processo é registrado desde 2016 pela organização e Ilhabela (SP) já adicionou o bailado dos animais como ponto turístico.
As baleias jubartes estão em movimento migratório rumo a Abrolhos (BA) passando pelo litoral norte, mais precisamente no Canal de São Sebastião. E é provável que sejam avistadas em grande número nas raias das regatas oceânicas.
Julio Cardoso, do projeto Baleia à Vista, reforça a importância de os velejadores estarem atentos. “Para todos os velejadores, o fundamental é a atenção, prestar muita atenção aos borrifos, a uma batida de cauda, enfim, a tentar localizá-las, se elas estiverem nas raias, e tomar o cuidado, se estiver em rota de colisão, fazer o famoso jibe da baleia, desviar, ou simplesmente acompanhar e apreciar as acrobacias que elas costumam fazer”.
Nos últimos dois anos, o comportamento delas tem sido de vir pelo sul, entrar pelo canal de São Sebastião, passar umas horas descansando e depois retornam pelo sul. Ao saírem vão para os lados da Ponta do Boi e seguem no rumo nordeste para a Bahia.
”Nós, do projeto Baleia à Vista, vamos estar com olheiros, vamos ter parceiros com embarcações, e se tivermos notado alguma nas raias, especialmente da regata de Alcatrazes e Toque-Toque, nós vamos dar o alerta para a Comissão Técnica” .
”Vocês (velejadores) serão avisados pelo canal 74. Independente disso, é fundamental nessas regatas manter esse trabalho de muita atenção porque elas estão por aí. Que vocês possam apreciar as baleias, de preferência, fora de uma rota de colisão”, completou o ambientalista e diretor do Yacht Club de Ilhabela, Julio Cardoso.
A presença das baleias jubartes adiciona um toque especial à celebrada Semana Internacional de Vela Daycoval, evidenciando a necessidade de coexistência entre a prática esportiva e a preservação da vida marinha. Além de proporcionar uma experiência única aos participantes.