Por trás do crescimento da EPI-USE: o CEO que trocou a carreira tradicional para deixar um legado para a filha

Por trás do crescimento da EPI-USE: o CEO que trocou a carreira tradicional para deixar um legado para a filha

Redação RBN
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Divulgação

Desde sua chegada, multinacional aumentou em 6 vezes o faturamento no Brasil

Desde pequeno, Roberto Medeiros enxergava o mundo com uma curiosidade rara. Aos cinco anos, já questionava o que via, buscando explicações que escapavam às respostas fáceis. Primogênito de três irmãos, cresceu em uma família simples e sua mãe foi sua maior referência e apoio, criando os três filhos praticamente sozinha, suprindo a ausência de uma figura paterna com luta e dedicação ímpares. Foi nesse ambiente que aprendeu cedo que estabilidade não se herda, mas se constrói.

Na pré-adolescência, um incentivo do tio o apresentou à tecnologia e, aos 14 anos, assumiu seu primeiro trabalho, dando aulas de informática para complementar a renda da família. Ali consolidou o que viria a ser um traço permanente de sua trajetória: a vontade de ensinar e aprender continuamente. O lema que repete até hoje: “ser hoje um pouquinho melhor do que ontem”, nasceu dessa fase.

Roberto iniciou a graduação em Engenharia da Computação, mas precisou abandonar o curso no último ano para priorizar o trabalho e as contas de casa. A decisão, difícil à época, acabou transformadora. Ele se formou em Administração, concluiu um MBA em Gestão de Serviços pela FGV e acumulou especializações em gestão, finanças, inovação e governança, além de uma formação em Gestão de Mudanças pela Harvard University, a realização de um sonho de infância.

Construindo carreira em consultorias e em grandes empresas de tecnologia, liderou equipes e acumulou vivências que moldaram sua visão sobre o papel das organizações. Ao longo desse percurso, amadureceu a convicção que hoje o guia: resultados importam, mas impacto importa mais. É esse, afirma, o legado que deseja deixar para a filha.

Com essa perspectiva, deixou uma das maiores multinacionais de tecnologia para assumir a liderança da EPI-USE, empresa sul-africana presente em mais de 40 países e reconhecida por unir tecnologia, performance e impacto social. À frente da operação brasileira e depois da latino-americana, conduziu um ciclo de transformação que elevou o faturamento nacional em mais de seis vezes nos últimos sete anos, com lucratividade média superior a 15% no mesmo período. A companhia reúne hoje quase 400 colaboradores no Brasil e cerca de 950 na América Latina. Ele credita grande parte do avanço ao time: “Nada disso seria possível sem as pessoas que me cercam. Preciso de gente que discorde de mim, que traga visões complementares. Não tenho compromisso com o erro e aprendo todos os dias com a equipe”, afirma.

O modelo que sustenta a cultura da EPI-USE é singular. Desde sua fundação em 1983 na Universidade de Pretória, a empresa dirige 1% de toda a receita global (não do lucro) a projetos sociais e ambientais permanentes. O programa ERP (Elephants, Rhinos & People) viabiliza iniciativas de preservação de elefantes e rinocerontes ameaçados e apoia comunidades vulneráveis na África e em outras regiões onde o grupo atua. Os efeitos são tangíveis, com reservas ambientais mantidas, proteção ativa da fauna e ações sociais contínuas. Roberto resume a filosofia da empresa em uma frase que se tornou marca de sua gestão: “Nosso negócio é o meio e o social é o fim”.

Para ele, o futuro dos negócios depende da capacidade de equilibrar inovação e responsabilidade. Tecnologia, diz, é ferramenta e não propósito. Por isso, conduz sua liderança com foco em empatia, autonomia e resultados que ultrapassam planilhas: transformar lucro em legado.

Hoje, o menino curioso que buscava entender o mundo lidera uma organização que transforma realidades. Para a filha, seu trabalho tem uma explicação simples e poderosa. Quando perguntam o que o pai faz, ela responde: “Ele salva os elefantes”. É esse tipo de resposta, afirma o executivo, que define o sentido de tudo.

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