Por Gustavo Loch*
Aumentar a eficiência na prestação de serviços significa reduzir custos para quem contrata, além de manter (ou até mesmo aumentar) o lucro para quem é contratado. Porém, cabe observar o seguinte cenário: na gestão de empresas transportadoras de cargas existe forte pressão dos embarcadores por valores mais baixos de transporte por quilograma e, também, pressão dos caminhoneiros por remunerações melhores.
Nesse contexto, é importante observar a existência de oportunidades de melhorias na ocupação dos veículos em cada viagem e que o aumento da receita pode ampliar as margens tanto para a redução no preço do frete, como para a ampliação do lucro da transportadora e da remuneração dos caminhoneiros.
Por exemplo, se a empresa transportadora arrecada R$ 900,00 com uma viagem de 200 quilômetros – ocupando 6 m
Se ela conseguisse ocupar 8 mil kg da capacidade e cobrasse R$ 0,12/kg/km, seriam reduzidos 20% do valor cobrado, e a arrecadação aumentaria em R$ 60,00, mais do que dobrando a margem de contribuição e viabilizando o aumento da remuneração ao caminhoneiro e do lucro da transportadora – situação em que todos os envolvidos ganham.
Entretanto, a grande barreira é que a definição da composição de cargas para os veículos é um processo extremamente trabalhoso, e a enorme quantidade de combinações possíveis dificulta o planejamento de forma manual. Desta forma, é importante a utilização de ferramentas computacionais que auxiliem no planejamento de viagens, permitindo que, de forma fácil e intuitiva, os gestores consigam analisar diferentes formações e otimizar a composição de cargas nos veículos. O resultado se traduz em melhores margens, menores custos para quem contrata e maior remuneração de motoristas.
*Gustavo Loch é professor da Universidade Federal do Paraná e apoia a equipe de desenvolvimento de soluções logísticas da Nimbi, empresa de tecnologia especializada em supply chain management, com soluções que aumentam a produtividade e geram economia para as organizações.