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Parceria rural tem o risco de variações de preços e os perigos das fiscalizações da Receita Federal
																								
												
												
											A modalidade de acordo firmada entre proprietários de terras e produtores, tem gerado inúmeras dúvidas e, muitas vezes, tem sido equivocadamente enquadrada como arrendamento ao ignorar as alterações da Lei nº 11.443/2007. Com a Reforma Tributária em andamento, prevê-se um cenário de mudanças relevantes e maior incidência de tributos
O planejamento patrimonial no agronegócio é hoje uma ferramenta estratégica fundamental para assegurar a continuidade das atividades rurais, preservar o patrimônio familiar construído ao longo de gerações e mitigar conflitos. Em um setor caracterizado por ciclos de longo prazo, elevados investimentos e alta exposição a riscos de mercado, a antecipação de decisões patrimoniais fortalece a governança e a estabilidade do negócio. Nesse contexto, os contratos de parceria rural têm se consolidado, nos últimos anos, como alternativa relevante de planejamento.
Diferentemente do arrendamento, no qual há contraprestação fixa em dinheiro pelo uso da terra, a parceria rural prevê remuneração em percentual da produção ou em quantidades pré-estabelecidas de produtos. Assim, a remuneração pode sofrer influência direta das variações de produtividade ou de mercado, o que gera compartilhamento de riscos entre proprietário e parceiro-produtor, como os decorrentes de preços agrícolas, clima, câmbio e demanda internacional.
De acordo com o advogado tributarista e agrarista, Álvaro Santos, especialista em planejamento patrimonial no agro, muitas operações que antes eram formalizadas como arrendamento vêm sendo estruturadas como parceria rural. Entretanto, pela ausência de conhecimento técnico adequado, há risco de que contratos sejam descaracterizados pela Receita Federal do Brasil (RFB). “Os fiscais têm intensificado a inspeção sobre esses instrumentos, buscando reclassificá-los como arrendamento para fins tributários, em razão da menor carga fiscal incidente sobre a parceria. Esse movimento já tem resultado em autuações e discussões judiciais”, alerta.
O especialista, sócio do escritório Álvaro Santos Advocacia e Consultoria no Agro, sediado em Jataí (GO) e com atuação exclusiva no setor há mais de uma década, chama também a atenção para os impactos da Reforma Tributária sobre o tema. Hoje, no contrato de parceria, a tributação para proprietários pessoas físicas pode chegar a até 5,5%, enquanto no arrendamento pode alcançar 27,5%. Com a proposta de reforma, as alíquotas poderão subir para até 16,9% no modelo de parceria e 36% no arrendamento. “Embora ambos os modelos sofram elevação, a carga tributária do arrendamento continuará sendo substancialmente maior, o que reforça a tendência de maior rigor da RFB na fiscalização dos contratos de parceria rural”, acrescenta.
Prática antiga
A origem da parceria rural remonta a práticas antigas de cessão da terra mediante partilha da produção, que foram, inicialmente, assimiladas pelo Estatuto da Terra. Uma mudança extremamente importante ocorreu com a edição da Lei nº 11.443/2007, que alterou os artigos 95 e 96 do Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/1964). A norma introduziu maior flexibilidade à parceria, permitindo a partilha isolada ou cumulativa de riscos, além de disciplinar a responsabilidade em situações de caso fortuito ou força maior. As recentes enchentes no Rio Grande do Sul ilustram bem a relevância dessa previsão, com lavouras inteiras destruídas por fenômenos climáticos extremos.
Outro aspecto sensível é a variação de preços dos produtos. Muitos contratos denominados como arrendamento estipulam pagamento em quantidade fixa de sacas por hectare. Na prática, segundo Santos, trata-se de um contrato de parceria, pois expõe o proprietário ao risco de oscilação de preços: “Se em um ano a saca da soja vale R$ 200 e no seguinte cai para R$ 100, há, sim, risco assumido pelo proprietário, ainda que a RFB não reconheça esse enquadramento”.
O especialista reforça que os debates legislativos que culminaram na Lei nº 11.443/2007 evidenciam o intuito de modernizar o contrato de parceria, conferindo-lhe maior aderência às práticas atuais do setor agropecuário. “Contratos com contraprestação em produto são legítimos contratos de parceria rural. A RFB não pode simplesmente reclassificá-los como arrendamento para majorar a cobrança do Imposto de Renda. O produtor deve se resguardar com assessoria jurídica especializada para evitar riscos”, ressaltou.
Pauta em debate
O tema também esteve em debate no VII Congresso Nacional de Direito Agrário, realizado em Uberlândia (MG), o maior do segmento no país. Sob o título “Agronegócio e Segurança Jurídica: O Direito, o Judiciário e a estabilidade do produtor rural e da atividade agrária”, o evento reuniu autoridades, juristas e representantes do setor para discutir questões fundamentais ao desenvolvimento do agro brasileiro.
Foram apresentados diversos painéis simultâneos, abordando tópicos jurídicos, econômicos e técnicos de relevância nacional. Entre eles, destacou-se justamente o debate sobre contratos de parceria rural e os riscos decorrentes da oscilação de preços agrícolas, do qual o advogado Álvaro Santos foi um dos palestrantes. “O tema é muito relevante. Nos últimos anos os proprietários passaram a utilizar mais esse tipo de contrato, seja por conta da intensificação das fiscalizações e autuações da Receita Federal, seja pelas discussões judiciais sobre simulação contratual. E, por fim, pelos impactos que serão trazidos pela Reforma Tributária”, finalizou.
Sobre – O escritório de advocacia e consultoria no agro Álvaro Santos, sediado em Jataí (GO), atua há quase 15 anos exclusivamente para produtores rurais. Sua equipe é composta por profissionais altamente qualificados e multidisciplinares, capacitados para atender a todas as demandas do setor rural, seja de pequenos, médios ou grandes produtores. Com ampla experiência, entendem as peculiaridades do agronegócio e acompanham o produtor em todas as fases, “antes, dentro e depois da porteira”, oferecendo suporte jurídico completo nas áreas de Meio Ambiente, Tributação Rural, Trabalhista e Previdenciário. Saiba mais em https://alvarosantosadvocacia.com.
Economia
GAC-PE traz uma ampla variedade de produtos no Quiosque Solidário do RioMar Recife em novembro
														O Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer de Pernambuco (GAC-PE) ocupa o Quiosque Solidário do RioMar Recife em novembro. Durante todo o mês, o espaço oferta oportunidades de compras que terão o valor arrecadado revertido para a instituição, com produtos a partir de R$ 5. O Quiosque Solidário, em parceria com o Instituto JCPM de Compromisso Social, fica localizado no Piso L1, em frente da loja O Boticário.
No local é possível comprar produtos artesanais e outros produzidos pelos voluntários do GAC-PE, além de itens de decoração, artigos do lar, necessaires, macramês, bonecas, copos térmicos, chaveiros, laços, entre outros produtos.
O GAC-PE é um grupo focado na prestação de assistência social humanizada às crianças, adolescentes e jovens com câncer em tratamento no Centro de OncoHematologia Pediátrica (CEONHPE) do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC).
Sobre o Quiosque Solidário
O Quiosque Solidário é uma iniciativa de estímulo à geração de renda através da venda de artigos personalizados e artesanatos produzidos por voluntários e pessoas atendidas por instituições filantrópicas reconhecidas pela atuação em causas como acolhimento de crianças, tratamento de câncer, pessoas em situação de rua, mães de crianças com doenças raras, entre outras. Com curadoria do Instituto JCPM de Compromisso Social, a cada mês uma entidade diferente ocupa o espaço colaborativo.
Notícias
Priscila Sampaio: comunicar com verdade em tempos de excesso de informação
														Jornalista e pós-graduanda em Marketing e Mídias, Priscila aposta na autenticidade como ponte entre marcas e pessoas.
Em um cenário em que a comunicação disputa espaço entre tantas vozes e formatos, a jornalista Priscila Sampaio tem se destacado pela forma como escolheu conduzir sua carreira: com autenticidade. Para ela, não basta apenas transmitir mensagens; é preciso estabelecer conexões reais.
“Trago muito do jornalismo comigo. Aprendi que comunicar é, antes de tudo, ouvir, entender e traduzir com clareza. É assim que consigo conectar marcas e empresas ao público de maneira verdadeira e relevante”, explica.
Atualmente, Priscila é jornalista contratada do Jornal O Estado e pós-graduanda em Marketing e Mídias na UniAteneu. Ao longo da trajetória, acumulou experiências em veículos como O Povo, Rede A Notícia do Ceará e TV Jangadeiro, além de rádios, jornais impressos e agências de publicidade. Essa pluralidade ajudou a moldar seu olhar estratégico, mas sem abrir mão da essência jornalística.

“Cada experiência me mostrou um lado da comunicação. Hoje, consigo unir criatividade e estratégia sem perder minha identidade. Acredito que a particularidade de cada profissional é o que dá força ao trabalho”, reforça.
Priscila vê a comunicação como algo além de técnicas ou métricas. Para ela, é também um exercício de sensibilidade. “Vivemos tempos de excesso de informação, mas o que realmente toca as pessoas é quando a mensagem tem verdade. É nisso que eu acredito e é assim que quero continuar trabalhando.”
Mais do que uma trajetória profissional, sua fala revela propósito. E talvez seja justamente essa busca por unir estratégia, criatividade e essência que torne Priscila Sampaio uma comunicadora de destaque em um mercado tão competitivo.
Negócios
Mercado de reestruturação: EXM Partners leva soluções inovadoras ao Congresso TMA Brasil 2025
														A EXM Partners, consultoria especializada em processos de reestruturação e recuperação de empresas, participará do XVII Congresso de Reestruturação e Recuperação de Empresas (TMA Brasil), principal encontro nacional do setor. O evento será realizado nos dias 3 e 4 de novembro, no Hotel Grand Hyatt São Paulo, na capital paulista.
No dia 3 de novembro, às 13h, Lucas Tosato Rocha, sócio da Alumni Investimentos – empresa que integra o mesmo grupo da EXM Partners – será o moderador do painel “Soluções e oportunidades financeiras no mercado de reestruturação”, que abordará alternativas de financiamento e instrumentos inovadores voltados à recuperação de companhias em crise. Participam como debatedores Fernanda Piva, gerente de negócios em Distressed & Special Situations da JiveMauá; Paola Cristina Rios Pereira Fernandes, advogada da Caixa Econômica Federal; e Janser Saloman, sócio-fundador da Chimera Capital.
“Os assuntos discutidos no nosso painel vão girar em torno de um ponto central: o que as empresas em crise realmente precisam para resolver seus problemas. Cada caso é único e exige diagnóstico específico, não existe solução de prateleira. Nosso objetivo é mostrar como o mercado financeiro, o Judiciário e consultorias especializadas, como a EXM Partners, podem atuar para criar oportunidades reais de recuperação”, afirma Rocha.
Organizado pela Turnaround Management Association (TMA), o Congresso é reconhecido como o mais relevante fórum de debates sobre reestruturação e recuperação empresarial no país. O encontro reúne investidores, gestores, advogados, economistas e administradores judiciais para discutir as melhores práticas e a evolução da legislação voltada à recuperação de empresas, com foco em tornar os processos mais céleres, eficazes e benéficos para todos os envolvidos.
“Estar presente no TMA Brasil é reforçar nossa marca e nosso compromisso com a excelência técnica. Atuamos hoje em 18 estados brasileiros e fazemos questão de estar entre os principais players do setor, contribuindo com o debate e a evolução das práticas de turnaround. Essa troca é essencial para que possamos continuar entregando soluções eficazes às empresas que enfrentam desafios financeiros”, completa.
Serviço
XVII Congresso de Reestruturação e Recuperação de Empresas (TMA Brasil 2025)
Data: 3 e 4 de novembro de 2025
Local: Hotel Grand Hyatt São Paulo – Av. das Nações Unidas, 13.301 – Itaim Bibi, São Paulo-SP
Inscrições: www.tmabrasil.org/congresso2025
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