Com curadoria coletiva, mostra apresenta a história da ocupação e repensa a produção artística como força política e afetiva.
O Memorial da Resistência de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, apresenta no dia 6 de setembro, a partir das 11h, a nova exposição temporária Ouvidor 63: habitar a arte.
Com curadoria coletiva e horizontal, a mostra foi idealizada pelos artistas moradores da ocupação Ouvidor 63 — a maior ocupação cultural da América Latina — e é resultado de um projeto de pesquisa desenvolvido conjuntamente com pesquisadores e estudantes do Departamento de História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A exposição traz reflexões sobre a história do Ouvidor 63, que completou 10 anos de existência em 2024, e convida o público a conhecer essa experiência imersiva onde arte e vida se integram, e fomentam resistência e reinvenção, gerando novas formas de interação social e cultural.
“O espaço se ressignifica: andares plurais onde se cria, se vive, se celebra e se encontra. A cidade é ocupada de outra forma, e a ocupação encena uma cidade própria, com fluxos e lógicas alternativas.”, ressaltam os artistas ocupantes.
Com a abertura no mesmo dia em que será inaugurada a 36ª Bienal de São Paulo, a mostra reimagina outros espaços urbanos e caminhos possíveis para a produção artística, contrapondo a lógica mercadológica e valorizando os modos insurgentes de criar.
Sobre a ocupação Ouvidor 63
Desde 2014, o edifício de número 63 da Rua do Ouvidor, no centro da cidade de São Paulo, abriga um movimento sociocultural singular na cidade: uma ocupação autogerida, que une a luta por moradia à prática artística.
Em cada um dos treze andares do edifício, multiartistas brasileiros e latino-americanos elaboram modos de vida que resistem à lógica de opressão e exclusão urbanas.
Dormitórios, cozinhas e banheiros coexistem com ateliês, estúdios, biblioteca e teatro, configuram um lugar de invenção, intercâmbio de saberes e organização colaborativa.
A exposição reimagina esses espaços com obras, registros, depoimentos e ações concebidas pelos artistas ocupantes. Obras essas construídas, em grande medida, a partir do reaproveitamento de rejeitos e excedentes urbanos, problematizando a lógica do descarte e da mercantilização, que não é alheia à própria luta por moradia.
Sobre o Memorial da Resistência
Memorial da Resistência de São Paulo é um museu de história dedicado à memória política das resistências e da luta pela democracia no Brasil, que tem como missão a valorização da cidadania, da pesquisa e da educação a partir de uma perspectiva plural e diversa sobre o passado, o presente e o futuro.
Aberto ao público em 2009, o museu é um lugar de memória dedicado a preservar a história do prédio onde operou entre 1939 e 1983 o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops/SP), uma das polícias políticas mais truculentas da história do país.
Por meio de exposições temáticas de grande impacto social, ações educativas, atividades para pessoas com deficiência e programações culturais gratuitas, o museu se consolidou como referência em Educação em Direitos Humanos, promovendo o pensamento crítico e desenvolvendo atividades sobre Direitos Humanos, Repressão, Resistência e Patrimônio.
Serviço
Para mais informações, por favor, entre em contato:
Juliana Victorino – Agência Jacarandá
Tel.: (11) 91134-7209 E-mail: juliana@jacarandaagencia.com.br
Juliana Victorino – Agência Jacarandá
Tel.: (11) 91134-7209 E-mail: juliana@jacarandaagencia.com.br
Memorial da Resistência de São Paulo
Entrada: Gratuita
Visitação: Quarta a segunda-feira das 10h às 18h.
Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia
São Paulo–SP
Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia
São Paulo–SP