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Outubro Rosa: conscientização e prevenção no combate ao câncer de mama

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Outubro Rosa: conscientização e prevenção no combate ao câncer de mama
Arquivo - Instituto de Oncologia de Sorocaba
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O Outubro Rosa é uma campanha mundialmente conhecida por promover a conscientização sobre o câncer de mama, uma das doenças que mais acomete mulheres no Brasil e no mundo. No país, estima-se que em 2024 sejam registrados mais de 73 mil novos casos, segundo relatório do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

 

Para a médica Alice Francisco, mastologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), o movimento é uma oportunidade crucial para educar a população e fornecer informações de qualidade. “Este mês serve para lembrar a todos sobre a importância da detecção precoce e da prevenção do câncer de mama”, afirma. 

 

Prevenção e diagnóstico precoce

 

A partir dos 40 anos, as mulheres devem realizar mamografias anualmente. “Para aquelas com histórico familiar, o rastreamento deve começar antes dos 40 anos e pode incluir outros exames, dependendo da avaliação do mastologista”, explica Dra. Alice. Ela enfatiza a importância da avaliação individualizada para cada paciente, o que permite um rastreamento mais eficaz e direcionado.

 

Além dos exames preventivos, a mastologista destaca que um estilo de vida saudável pode impactar significativamente a saúde da mulher. “Manter um peso saudável, ter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios regularmente pode reduzir o risco de câncer de mama e de outros tipos de câncer em até 30%. Para quem já teve a doença, esses cuidados são cruciais para diminuir o risco de recidiva e melhorar as chances de cura”, afirma Dra. Alice.

 

Ela alerta também para a importância de procurar atendimento médico ao perceber qualquer alteração nas mamas, como nódulos, abaulamentos, retrações, espessamentos da pele ou secreção pelo mamilo. Linfonodos (ínguas) nas axilas também são um sinal que deve ser investigado.

 

A médica explica que os fatores de risco podem ser divididos em modificáveis e não modificáveis. Entre os fatores modificáveis estão o sobrepeso, a obesidade e o sedentarismo. Já os fatores não modificáveis incluem o histórico familiar e alterações genéticas. “Não podemos atribuir uma única causa ao câncer de mama, pois é uma doença multifatorial. No entanto, é possível reduzir o risco com mudanças no estilo de vida”, resume.

 

Uma experiência pessoal com o câncer

 

Em 2007, Dra. Alice recebeu o diagnóstico de câncer de tireoide, experiência que influenciou sua prática clínica. “Após o diagnóstico, minha médica me recomendou a prática regular de exercícios para reduzir o risco de recidiva e minimizar os efeitos colaterais do tratamento. Esse conselho se mostrou fundamental para minha recuperação e continua a ser uma parte essencial da minha vida”, relembra a médica.

 

Quando recebeu o diagnóstico, Dra. Alice estava fazendo sua residência em mastologia. Naquela época, segundo ela, não se falava tanto da importância do estilo de vida para o paciente oncológico como hoje. “Durante meu tratamento, percebi a importância de integrar o estilo de vida saudável na medicina oncológica. Hoje, além de continuar a trabalhar com meus pacientes sobre esses aspectos, estou à frente da Maple Tree Brasil, uma organização sem fins lucrativos que oferece programas de qualidade de vida para pessoas em tratamento oncológico”, finaliza a médica.

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