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O que tem nas escolas públicas americanas e falta nas brasileiras

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Seja no sistema de ensino ou na estrutura, as escolas brasileiras se diferem totalmente das americanas. Enquanto nas estadunidenses o modelo é mais flexível às escolhas dos alunos, por aqui a didática é mais controlada por meio das grades curriculares.

A liberdade dos estudantes, as aulas diversificadas e os bailes de formatura tornam o high school americano uma verdadeira cena de filme. Mas será que elas podem ser consideradas uma referência para a educação brasileira? Nesse artigo, mostramos um pouco sobre a estrutura das escolas públicas nos Estados Unidos.

A estrutura das escolas públicas americanas

Ao se deparar com uma escola pública americana já se nota a diferença: elas são gigantes e qualquer brasileiro as confundiria com um campus universitário.

Particularmente, cada professor/disciplina possui sua própria sala, tais como:

  • Laboratório de ciências;
  • Laboratório de tecnologia;
  • Oficina de artes;
  • Oficina de carpintaria;
  • Bibliotecas;
  • Sala de culinária;
  • Sala de música;
  • Quadras de exercícios;
  • Campos de futebol.

Cada sala possui diferentes instalações de acordo com o tipo de aula. Ou seja, no laboratório de química é possível encontrar tubos de ensaio e reagentes químicos. Já na oficina de artes, há aquarelas e cerâmicas, enquanto nas salas de músicas encontram-se diversos instrumentos.

O horário de aula em uma escola nos Estados Unidos funciona em tempo integral: das 7h30 às 14h30. E, para suprir as necessidades dessa carga horária, os corredores são equipados com armários para os estudantes guardarem seus livros e pertences.

Dentro do prédio, há diversos banheiros, com uma média de quatro cabines por gênero. Além do mais, é possível encontrar bebedouros industriais espalhados por todos os lados e até mesmo máquinas de sucos no refeitório.

A cantina americana mais parece uma praça de alimentação, porém as comidas são pagas. Nela, há diferentes itens nos cardápios, como pizza, hambúrguer, tacos e frango frito, bem diferente das merendas oferecidas nas escolas do Brasil.

Mesmo o almoço nas escolas saindo mais barato (em torno de 2 a 3 dólares), o governo fornece uma ajuda para estudantes de baixa renda. Assim eles podem almoçar tranquilamente e se focar ainda mais nos estudos.

Realidade das escolas públicas brasileiras

No Brasil, a realidade é diferente, a começar pelas instalações. Simples estruturas como uma oficina de artes ou uma biblioteca não estão presentes em todos ensinos públicos do País.

Um levantamento divulgado em 2015 pelo Jornal Nacional mostrou que, a cada 20 escolas públicas de ensino fundamental no Brasil, apenas uma tem estrutura considerada básica para a educação. Faltam laboratórios, bibliotecas e, em muitos casos, até tratamento de esgoto e saneamento básico.

O Norte e o Nordeste estão entre as regiões mais precárias em termos de infraestrutura. De acordo com o site da nova escola, a maior parte das escolas nessas regiões não apresenta uma sala de leitura para estimular o aprendizado dos alunos. Nas demais regiões, porém, o panorama não é distinto.

Mesmo com todas as dificuldades, há exemplos positivos no País, com escolas apresentando bons índices de desenvolvimento.

Melhor ensino público do Brasil

Segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a instituição EEF Maria do Carmo Cardoso, do Ceará, liderou o ranking alcançando a nota 9,2. Isso é um grande marco para a região Nordeste, que apresenta falta de investimentos na educação.

Quem visita essa escola encontra uma boa infraestrutura, com banheiros, cozinha, bebedouros industriais, biblioteca, computadores, retroprojetores e boa administração. Os alunos recebem grande incentivo por parte dos educadores, o que motiva os estudos.

Trata-se de um exemplo positivo no País da influência que uma boa estrutura pode ter nos resultados pedagógicos.

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