Juliana Araujo, presidente da ALAMG, e Fernanda Mazzelli, tricampeã mundial, compartilham como o projeto social está mudando vidas através do jiu-jitsu e do wrestling, e o que a sociedade pode fazer para incentivar ainda mais a prática esportiva
Na interseção entre atividades físicas e transformação social, a ALAMG (Associação de Lutas e Artes Marciais de Guarapari) emerge como um poderoso exemplo de como projetos sociais podem impactar positivamente comunidades inteiras. Sob a liderança de Juliana Araujo, presidente da ALAMG e lutadora, a organização oferece a crianças e adolescentes da comunidade a oportunidade de se envolverem em atividades esportivas como o jiu-jitsu e o wrestling olímpico, proporcionando um caminho para a disciplina, o foco e, em alguns casos, o sonho de se tornarem atletas olímpicos.
Como um projeto social pode ajudar a alavancar uma comunidade?
Juliana Araujo acredita que a chave para o sucesso está nas oficinas esportivas gratuitas que a ALAMG oferece. “Oferecemos oficinas de jiu-jitsu e luta olímpica-wrestling gratuitamente para crianças e jovens que, ao ocuparem seu tempo com essas atividades, evitam ociosidade e se envolvem em algo produtivo”, afirma a presidente. Esse engajamento não só tira os adolescentes de situações de risco, como também os insere em um ambiente que promove o respeito, o autocontrole e o espírito de equipe.
O que pode agregar e como o sonho de se tornar um atleta olímpico pode ser alcançado?
Fernanda Mazzelli, incentivadora, tricampeã mundial e apoiadora do esporte, reforça a importância desse tipo de oportunidade. “Através do wrestling, modalidade olímpica que é parte do currículo da ALAMG, os alunos têm a chance de conhecer o esporte e, quem sabe, se tornarem atletas olímpicos”, explica Mazzelli. Juliana complementa que a exposição precoce à prática desportiva de alto rendimento abre portas que, de outra forma, estariam fechadas para muitos desses adolescentes.
Ainda temos falta de incentivo no esporte?
Embora o Brasil tenha avançado na promoção da prática esportiva, Mazzelli acredita que o caminho ainda é longo. “Estamos evoluindo, mas comparando com outros países, esse progresso é lento. Precisamos de mais incentivo de empresas privadas, como acontece nos Estados Unidos, onde os maiores investimentos desportivos vêm do setor privado”, destaca a tricampeã mundial. Juliana Araujo acrescenta que esse apoio é crucial para que mais adolescentes tenham acesso a oportunidades e possam desenvolver suas carreiras esportivas.
O que a sociedade pode fazer para melhorar o encontro do jovem com a prática esportiva?
Juliana acredita que o papel da sociedade é fundamental. “Vimos agora nas Olimpíadas que o maior incentivo hoje é acompanhar e seguir os atletas nas redes sociais para demonstrar apoio. Falar desses atletas para os adolescentes, como exemplos a serem seguidos, facilita o encontro deles com a prática esportiva”, aponta a presidente da ALAMG. Este reconhecimento e valorização pública dos desportistas são essenciais para inspirar a próxima geração.
A ALAMG, através do trabalho incansável de Juliana Araujo, Fernanda Mazzelli e toda a equipe, não só promove o esporte, mas também transforma vidas.
Ao fornecer oportunidades e apoiar o desenvolvimento de jovens atletas, a organização está pavimentando o caminho para futuros campeões e, ao mesmo tempo, alavancando a comunidade para um futuro mais promissor.