Atualmente, vários campos do mercado de trabalho têm expandido sua força de trabalho feminina
A atuação de mulheres no mercado de trabalho vem crescendo ano a ano, mesmo com as desigualdades de gênero persistindo. As profissionais têm buscado ocupar espaços antes negados, e, felizmente, elas vêm ganhando cada vez mais espaço. Assim, o futuro é promissor.
Presença feminina no mercado de trabalho
Os indicadores da presença das mulheres têm apresentado, em comparação com décadas passadas, bons resultados.
De acordo com um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), baseado em dados da PNAD 2021, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2014 e 2019, a taxa de presença feminina no mercado de trabalho avançou continuamente.
Em 2019, a presença era de 54,34%. Durante a pandemia de Covid-19, houve um recuo. Em 2021, aconteceu um leve avanço para 51,56%.
Já no último trimestre de 2022, a taxa era de 52,7% – ainda menor que no período pré-pandemia (54,34%).
Ocupação feminina em cargos tidos como “masculinos” no passado
Algumas áreas do mercado, antigamente, foram caracterizadas como masculinas. No entanto, isso vem mudando ano a ano com o empoderamento das mulheres e suas conquistas profissionais em várias áreas. Algumas delas incluem:
Tecnologia
Apesar de as mulheres terem tido papel fundamental nos avanços tecnológicos, a presença feminina em cargos de TI durante muito tempo foi desestimulada. Contudo, de 2015 a 2022, a participação feminina no setor cresceu 60%.
Empreendedorismo
Se já foi falado que empreender é “coisa de homem”, é hora de excluir esse conceito da sociedade. Hoje, no Brasil, há mais de 10,3 milhões de mulheres donas de seu próprio negócio, segundo uma pesquisa de 2022 do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Esse campo de negócio apresenta o dobro de desafios para as mulheres, em comparação com os homens, como, por exemplo, barreiras sociais, falta de apoio, dificuldade para obtenção de crédito e dupla jornada (tarefas domésticas e profissionais).
Entretanto, apesar das diversas dificuldades, encontramos mulheres liderando empreendimentos em todos os setores, como serviços, comercial, negócios digitais, construção, educação e mais.
Engenharia
Segundo um estudo recente do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea), aproximadamente 19,3% das pessoas engenheiras do Brasil são mulheres. Essa estatística revela a progressiva inserção feminina nesse campo.
As faculdades de engenharia mecatrônica, engenharia civil e engenharia de produção estão atraindo cada vez mais o público feminino, o que indica que o setor está aquecido e vai ganhar mais profissionais mulheres nos próximos anos.
Forças Armadas e segurança pública
A presença de mulheres nas Forças Armadas também tem crescido. Ainda assim, é um campo majoritariamente masculino, sobretudo devido à obrigatoriedade do alistamento militar ser exclusiva a homens.
Na segurança pública, também se ampliou a atuação feminina, mesmo que em ritmo lento. Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senasp/MJSP), entre 2000 e 2021, houve um aumento do público feminino de 5,88% nas Polícias Militares, 12,44% nos Corpos de Bombeiros Militares, 4,35% nas Polícias Civis e 9,79% nos órgãos oficiais de Perícia.