Inteligentes e afetuosos, os minipigs têm necessidades específicas e podem viver até 30 anos
Carismáticos, fofos, e dóceis, os minipigs ou porquinhos de estimação, são cada vez mais populares, conquistando corações no mundo todo. Charmosos, os suínos fazem sucesso até no cinema, em filmes como “Babe, o Porquinho Atrapalhado”, que ganhou o Oscar de efeitos visuais. A versão em miniatura atrai tutores que desejam ter um bichinho diferente, que foge ao tradicional.
A vontade de ter um pet convencional ou não, deve ser refletida, não pode ser um mero capricho. Como toda adoção, a responsabilidade afetiva precisa ser o alicerce. Os porquinhos têm necessidades específicas e vivem até 30 anos. A criação envolve zelar pelo bem-estar do bichinho por algumas décadas.
Animais não são coisas ou objetos adquiridos por estarem na moda e que ficam obsoletos com o tempo. Antes de adotar, é primordial questionar: estou disponível para um relacionamento a longo prazo? Se a resposta for sim, é importante conhecer as características e os cuidados necessários para cada espécie.
Deseja criar um miniporco, mas não sabe como escolher e o que fazer? Confira as respostas para as principais dúvidas, que vão auxiliar a cuidar do seu excêntrico amigo, da melhor forma possível.
Características
No exterior, os porquinhos são chamados de “teacup pig”, porque quando filhotes são tão pequeninos que cabem em uma xícara de chá. Eles não são uma raça específica, a origem é por seleção artificial. Os porcos que nasceram com tamanho menor foram selecionados para reproduzir entre si, gerando uma descendência de dimensão ainda menor.
Qual o tamanho do miniporco?
Os minipigs são realmente menores quando filhotes, mas crescem e na fase adulta pesam até 80 kg e podem atingir até 60 cm de altura. Em termos comparativos, um porco comum pesa até 200 kg e atinge em média 120 cm de altura. As informações são da Associação Americana de Miniporcos, que define as diretrizes para padronização.
Antes de adquirir, é fundamental verificar a procedência e a confiabilidade do criador e, se possível, conhecer os genitores do bichinho. É uma forma de garantir que foram criados em condições salubres. A comprovação de que recebeu as devidas vacinas quando filhote também é essencial.
Alimentação
Os suínos são onívoros — no latim omni significa tudo —, a dieta inclui produtos de origem vegetal e animal. Em petshops e lojas de agropecuária é possível encontrar uma alimentação especializada. Eles não podem ser alimentados com restos de comida e com ração para outros animais. A água fresca e limpa deve ficar sempre à disposição.
A alimentação pode ser complementada com produtos in natura, como verduras, frutas, folhas e grãos. A fama de comilão não é à toa, é só lembrar do Marquês de Rabicó, do sítio do Picapau Amarelo. Os porquinhos necessitam de uma nutrição controlada para evitar obesidade. O ideal é alimentar três vezes ao dia, para que não fiquem estressados. Quando sentem fome podem gritar muito, semelhante a crianças quando choram.
Atividades
Os rechonchudos porquinhos precisam passear, principalmente se viverem em espaços pequenos, sem quintal, como apartamentos. É importante estimular brincadeiras e atividades físicas, com uso de acessórios como bola e plataformas, para garantir a forma física e o bem-estar psicológico. Nas caminhadas, por terem a pele extremamente sensível, é imprescindível o uso do protetor solar para pets.
Higiene
Existe o preconceito de que os suínos não gostam de banho. Os porcos em miniatura adoram banho, a rotina de higiene pode ser semanal ou quinzenal. Como têm tendência a ressecar a pele, o xampu precisa ser específico para animais com pH neutro, a hidratação também é importante para evitar descamações.
A água do banho deve ser em temperatura ambiente, se estiver em um lugar frio, pode ser levemente morna. Por terem a pele muito sensível, não é recomendado usar secador, para evitar queimadura. Os cuidados não param por aí, é necessário lixar as unhas dos fofinhos, pois não desgastam naturalmente no ambiente doméstico.
Vacinação
Os miniporcos também têm uma carteira de vacinação, para que tenham longevidade, qualidade de vida e não transmitam zoonoses. A sociedade norte-americana de miniporcos destaca que necessitam ser vacinados anualmente contra raiva, tétano, leptospirose, erisipela e tomar a vacina tetravalente. Além disso, precisam ser vermifugados a cada dois meses. A revisão no veterinário é recomendada semestralmente.
Adestramento
Os porcos têm excelente memória e são considerados a quarta espécie mais inteligente do planeta, só perdem para os humanos, chimpanzés e golfinhos. Afetuosos e carinhosos, podem ser voluntariosos e barulhentos, se não tiverem suas vontades satisfeitas.
O adestramento é indicado para uma convivência mais harmônica. Diferentes dos cachorros, que enxergam o humano como líder da matilha, os miniporquinhos desenvolvem uma relação mais filial. Com grande capacidade cognitiva, podem aprender símbolos e comandos de palavras. É importante ensinar a fazer as necessidades em um local específico e a não chorar desesperadamente por comida.
O miniporquinho desenvolve uma conexão profunda com o tutor, gosta de atenção e carinho. Antes de adotar é importante avaliar se a rotina da família comporta mais um integrante, que precisa de tempo e dedicação para viver alegre e saudável. Além de ter o auxílio de um médico veterinário, que por ter o conhecimento adquirido na faculdade de veterinária, vai avaliar o estado de saúde e cuidar da nutrição específica, vacinação e dos principais exames de rotina.