O município de Lauro de Freitas aplicou as primeiras doses pediátricas em 138 crianças de 5 a 11 anos, com e sem comorbidades, neste domingo (16). O público infantil sem comorbidades que recebeu a 1ª dose da vacina Comirnaty, da farmacêutica Pfizer, foi de crianças de apenas 11 anos, chamadas pelas letras iniciais dos nomes, por ordem alfabética.
A vacinação realizada nos pontos da faculdade Unime, Centro, e do Hospital Jorge Novis, Itinga, contou com a animação de palhaços que motivaram a garotada. Maria Eduarda Góes, de 6 anos, foi uma das primeiras crianças a receber o imunizante.
“Estávamos na expectativa, ansiosos. A gente orou muito para que chegasse logo. Acreditamos em Deus, no SUS e na vacina. Duda já queria tomar desde o início, ela que cobrava quando seria a vez dela”, relatou a mãe de Maria Eduarda, Lívia Góes. Enquanto aguardava o tempo de 20 minutos de observação após a vacina, a pequena Duda ainda incentivou sua amiga Beatriz Miyazaki, de 11 anos. “Não precisa ter medo, é só um beliscãozinho”, falou.
Quem aproveitou para vacinar o neto Bernardo Gramacho, de 11 anos, foi a prefeita Moema Gramacho. “Estou aqui como cidadã e vovó. Mas aconselho que todos os pais e responsáveis de crianças, de 5 a 11 anos, façam a vacinação. Recebemos poucas doses e por isso tivemos que fazer o escalonamento e o cadastro. Assim que for chegando mais doses, vamos marcando a data de vacinação e chamando a população”, informou a gestora.
Para Bernardo, a vacinação não doeu nada. “Venham vacinar porque é rapidinho. Você toma e vai embora”, disse o garoto ao incentivar outras crianças sobre o benefício da vacinação. Em Lauro de Freitas, a vacinação infantil foi aberta primeiro para crianças com comorbidades, e crianças de 11 anos sem comorbidade, de forma escalonada, através do chamamento de nomes iniciados pelas letras A, B, C, D, E e F.
Todas as crianças vacinadas neste domingo foram previamente cadastradas no site da Prefeitura Municipal. Entre elas, o garoto Bruno de Jesus, de 11 anos, que relatou não ter sentido nem a picada da agulha da vacina. “Eu estava ansioso, mas foi rapidinho”, contou. Sua mãe, Cristiane de Jesus, disse que buscou orientações antes de levar seu filho para vacinar. “Minha preocupação é porque ele é alérgico. Mas a médica nos informou que não tinha problema e que em caso de alguma reação ele poderia tomar o remédio já de costume”, disse.
Com a abertura da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, a imunização contra a Covid-19 ficou completa na família de Davi Fraga, de 11 anos. “Antes de trazer meu filho eu falei para ele o quão é importante tomar a vacina. Para ele se prevenir sua saúde e do próximo também. Agora minha família toda está imunizada, meus pais já tomaram até a 3ª dose. Só faltava Davi. Graças a Deus chegou a vez dele”, contou o pai do garoto, Márcio Ribeiro.
Quilombolas serão vacinados nesta segunda
A vacinação infantil em Lauro de Freitas segue nesta segunda-feira (17), especialmente, para crianças quilombolas de 5 a 11 anos. A aplicação de doses pediátricas vai ser realizada em dois turnos, pela manhã e à tarde, na Escola Rotary de Quingoma. No período da manhã, das 8h às 12h, serão vacinadas as crianças com idade de 9 a 11 anos. Já no turno da tarde, das 12h às 16h, as doses serão aplicadas em crianças com idade entre 5 e 7 anos.
Mães, pais e responsáveis devem estar atentos aos seguintes documentos: formulário de autorização para vacinação de crianças, identificação com foto, CPF ou cartão do SUS, comprovante de residência e identificação com foto do responsável.
Profissionais preparados
Os profissionais de saúde de Lauro de Freitas, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem, participaram da qualificação municipal que orientou quanto a forma correta da aplicação da vacina Comirnaty, da farmacêutica Pfizer, única liberada pela Anvisa para o público de 5 a 11 anos. Na capacitação, com orientações repassadas pelo Ministério da Saúde, foram abordados pontos como o volume adequado da injeção, de 0,2 ml, temperatura e período correto para armazenamento dos frascos, e quantidade do diluente.
Jornalista Laerte Santana
Foto Maína Diniz