Lutas
Judoca congolês que vive no Brasil estreia hoje nos Jogos Tóquio 2020
Membro da Equipe Olímpica de Refugiados, Popole Misenga inicia sua segunda participação em Jogos Olímpicos na noite de hoje, depois de ter cativado o público brasileiro na Rio 2016
Popole Misenga é uma referência do judô internacional pela sua dedicação ao esporte. Seu nome e sua história ficaram conhecidos mundialmente em 2016, ano em que ele participou pela primeira vez de uma edição dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro. É no Rio também que Popole buscou proteção internacional em face das adversidades enfrentadas na República Democrática do Congo, seu país natal.
Na próxima madrugada, Popole entrará no templo do judô, o estádio Budokan, para iniciar sua disputa pelos Jogos Tóquio 2020, integrando novamente a Equipe Olímpica de Refugiados, novamente revivendo um sonho que se realiza.
“No Brasil eu consigo construir minha carreira para chegar aonde almejo. Eu me casei no Rio de Janeiro, tornei-me pai e sou um exemplo a ser seguido. Estou lutando para que a vida dos meus filhos seja melhor do que a minha, para que outras pessoas refugiadas se inspirem para alcançar seus sonhos”, disse Popole em uma entrevista concedida ao Comitê Olímpico Internacional.
Aos 29 anos, Popole já construiu uma história longa com o esporte. Quando tinha apenas 9 anos de idade, foi forçado a deixar Kisangani – no República Democrática do Congo -, fugindo de conflitos violentos na região. Ele perdeu sua mãe e separado da família, foi resgatado oito dias depois de ter sido encontrado em uma floresta da região. De lá, foi levado para a capital, Kinshasa, onde descobriu o judô em um centro para crianças deslocadas.
Com muito treino e disciplina, Popole tornou-se atleta da modalidade, mas outro pesadelo começou ao competir internacionalmente. A cada competição que não vencia, Popole sofria duras consequências, chegando a ser privado de água e comida.

ACNUR/Benjamin Loyseau Atualmente, o judoca Popole Misenga treina em uma escola de judô no Rio de Janeiro, fundada pelo medalhista olímpico Flávio Canto
O cenário mudou em 2013 durante o Campeonato Mundial de Judô realizado no Rio de Janeiro, momento em que ele decidiu desertar da equipe nacional e solicitar proteção internacional no Brasil.
Depois de conseguir o status de refugiado, Popole começou a treinar no Instituto Reação, escola fundada pelo consagrado Flávio Canto, medalhista olímpico brasileiro. Na época, o atleta reforçou a importância do esporte em sua vida e como a modalidade lhe deu serenidade para continuar.
“No meu país, eu não tinha um lar, uma família ou amigos. A guerra causou muita morte e confusão, eu tive que aproveitar a chance que eu tive para estar em segurança em outro local”.
Esta outra localidade foi justamente o Rio de Janeiro, cidade que o acolheu com aplausos pela sua participação na Rio 2016. Mesmo que no Japão Popole não conte com torcedores o apoiando, os motivos que o fazem competir não serão esquecidos.
A Equipe Olímpica de Refugiados que disputam os Jogos Tóquio 2020 é uma iniciativa do Comitê Olímpico Internacional, com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Trajetória de Popole Misenga nas Olimpíadas
Em sua primeira disputa olímpica, nos Jogos Rio 2016, Pople conseguiu vencer o experiente indiano Avtar Singh e fez história ao se tornar o primeiro atleta refugiado a passar de fase nas Olimpíadas. Na competição seguinte, foi eliminado nos últimos 40 segundos da luta pelo campeão mundial, o sul-coreano Donghan Gwak.
Mesmo com a derrota, Popole tornou-se um símbolo para diversas comunidades e espectadores dos Jogos naquele ano, tornando-se reconhecido publicamente, em especial entre a juventude brasileira, que se inspirou em seu passado de superações.
Após a Rio 2016, o judoca seguiu comprometido com os treinos e ampliando sua experiência. Em 2017, garantiu uma vaga para Tóquio 2020 durante o Torneio de Abertura na Arena Deodoro, no Rio de Janeiro, com uma medalha de prata na competição.
Em Tóquio, Popole fará sua estreia no início da madrugada de quarta-feira (dia 29), competindo contra o judoca húngaro Krisztian Toth. “Meu sonho no judô é vencer, alcançar o topo, ser campeão e exemplo”, afirma o atleta.
Atleta judoca refugiada estreia contra brasileira em Tóquio
Na madrugada de amanhã (dia 29), pouco antes da luta de Popole, outra atleta da Equipe Olímpica de Refugiados estará em disputa nos Jogos Tóquio 2020. Trata-se da afegã Nigara Shaheen, que enfrentará a judoca brasileira Maria Portela.
Assim como Popole, Nigara começou a praticar judô ainda criança, quando tinha 11 anos, vivendo como refugiada em Peshawar, no Paquistão. Nigara tem grande determinação pelo esporte pelo fato das artes marciais serem uma tradição da família, algo que a inspira ainda mais a disputar suas lutas.
Além de se dedicar aos treinos e competições internacionais, Nigara, agora com 28 anos, estuda comércio exterior e sonha em conquistar seu mestrado. Essa conquista também revela seu mantra de “sempre se levantar quando estiver caída”.
Lutas
Benefícios do muay thai para a saúde física e mental
Uma prática que fortalece corpo e mente e garante saúde e bem-estar integral
O muay thai é uma arte marcial que utiliza punhos, cotovelos, joelhos e canelas. É um esporte de alta intensidade, pois é uma prática de treino completa que ajuda na resistência, força e equilíbrio.
A luta abrange desde o condicionamento físico até o fortalecimento mental, e é uma atividade dinâmica de autodefesa e saúde.
Como surgiu o muay thai?
O muay thai também foi conhecido como “a arte das oito armas”. Suas raízes remontam da Tailândia de séculos atrás, em que se originou como uma forma de combate de guerreiros tailandeses em batalhas importantes.
Inicialmente, era chamado “Muay Boran”, uma prática de luta que incorporava técnicas de socos, chutes, joelhadas e cotoveladas.
Com o tempo, essa arte marcial se tornou um esporte organizado, e, a partir do século 20, foram estabelecidas regras e categorias de peso para promover competições oficiais.
Hoje, ele é amplamente reconhecido em todo o mundo como uma disciplina que combina autodefesa, condicionamento físico e aspectos culturais tailandeses.
Quais os benefícios do muay thai para a saúde física e mental?
Por ser um treino completo e exigente, o muay thai tem destaque como uma atividade de variados benefícios para a saúde física e mental, como:
- Melhora do condicionamento cardiovascular
- Fortalecimento de músculos e articulações
- Desenvolvimento de resistência física
- Redução do estresse e melhora do bem-estar mental
- Aprimoração de coordenação motora e equilíbrio
O muay thai é uma atividade de alta intensidade que aumenta a frequência cardíaca, e isso auxilia na saúde do coração. Ao praticar essa arte marcial, a pessoa trabalha todos os músculos, resultando em fortalecimento e tonificação, que muitas pessoas consideram esteticamente bonito.
Além disso, a prática regular melhora a resistência, que é fundamental para sustentar o ritmo dos treinos. Este esporte também auxilia no alívio do estresse, pois libera endorfina e eleva a sensação de bem-estar. Com movimentos rápidos e precisos, o muay thai também estimula a coordenação e o equilíbrio.
Itens essenciais
Para uma prática segura e eficaz, há ferramentas fundamentais, sendo as principais:
- Luvas
- Bandagens
- Protetor bucal
- Chuteiras ou tênis
- Shorts esportivos
- Protetores de canela
- Garrafa de água
Esses itens melhoram a experiência de treino e também contribuem para a segurança de qualquer esporte. Luvas para muay thai são essenciais para proteger as mãos e punhos durante os treinos e sparrings, pois ajudam a evitar lesões e garantem que os golpes não machuquem o parceiro.
Além das luvas, as bandagens suportam os pulsos e absorvem o impacto, para não machucar o pulso e as demais articulações. Protetor bucal e de canela protegem seus locais em treinos intensos e evitam lesões.
Como os treinos acontecem em superfícies duras, um bom par de tênis adequado proporciona maior aderência e conforto, evitando escorregões. Os shorts também precisam ser específicos, para mais liberdade de movimento e chutes mais precisos.
Manter a hidratação é crucial durante a prática intensa, por isso carregar uma garrafa de água não pode ser negligenciado.
Lutas
Spaten Fight Night: saiba como garantir ingresso exclusivo para luta de despedida de Anderson Silva no Brasil, contra Chael Sonnen
O grande duelo entre Anderson Silva e Chael Sonnen no Spaten Fight Night já tem data marcada: 15 de junho, no Komplexo Tempo, em São Paulo. E, agora, chegou a hora de garantir um ingresso exclusivo para acompanhar a despedida do Spider no Brasil, na reedição de uma das lutas mais aguardadas pelos fãs. Vale lembrar que o evento será fechado para 750 convidados. Mas, por meio do Zé Compensa, programa de recompensas do aplicativo Zé Delivery, é possível trocar sua pontuação para participar do sorteio de um par de ingressos e mais benefícios para se preparar para o dia do evento.
Compras de produtos AMBEV e Pepsico no app do Zé Delivery geram pontos que podem ser trocados por recompensas no Zé Compensa. Depois, é só acessar o app do Zé Delivery na aba do Zé Compensa e fazer a troca: os resgates podem ser feitos a partir de sexta-feira, dia 31 de maio. Serão necessários 800 pontos para participar do sorteio.
Além da despedida de Anderson Silva no Brasil, neste duelo de boxe contra Chael Sonnen, o Spaten Fight Night está repleto de outras atrações, unindo as artes marciais com muito entretenimento.
Abrindo a noite épica, DJ Patty Luz chega preparando o público para as emoções dos combates que vêm pela frente. No fim, fechando a sequência de lutas, entra no palco Seu Jorge com um show imperdível, que contará com a participação especial de Anderson Silva, tornando a despedida do lutador ainda mais emocionante. O after party ficará por conta do duo Deekapz, garantindo que a animação do público siga em alta até o final da noite.
O Spaten Fight Night terá transmissão na TV Globo, do Sportv e do Canal Combate.
Lutas
Com apoio de projeto social, Angelo, 9 anos, enfrenta problema renal e vence no tatame
Apesar da pouca idade, Ângelo Cristiano Ferreira Felizardo, de 9 anos, já coleciona conquistas que vão além do tatame. Morador de Mário Campos, município localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o jovem atleta descobriu ainda na maternidade um problema genético nos rins que o colocaria em inúmeras sessões de hemodiálise e em uma fila de transplante.
“Ele ficou internado durante cinco meses, com quatro meses de vida ele já começou a hemodiálise. Com um ano e pouco, ele já estava na fila de transplante”, lembra Regina, mãe de Ângelo.
Eram entre três a quatro sessões por semana, sem contar as tentativas de conseguir antecipar o transplante em São Paulo. “O transplante chegou quando Ângelo tinha três anos e oito meses. Depois do transplante, ele saiu da máquina e conseguiu ter uma vida mais tranquila”.
A partir desse momento e após conhecer o Projeto da De Peito Aberto durante uma apresentação na Escola, Ângelo decidiu seguir os passos da irmã mais velha, que já praticava diferentes esportes, entre eles o Judô.
Emocionada, Regina lembra quando o filho chegou com o papel para se inscrever no Projeto da De Peito Aberto. “Sabendo das restrições, ele falou: ‘mamãe vai ter judô na escola, mas não quero não’. Tentei engolir meu choro e falei: filho você vai fazer, a mãe vai deixar você fazer”.
Regina recorda que não pensou duas vezes: “Primeiro inscrevi ele no projeto e depois comuniquei o médico”. Depois de conversar com os professores e coordenadores do Projeto, e pedir o aval dos médicos, Regina conseguiu inserir o filho nas aulas de Judô.
“Hoje, a gente continua com os cuidados, fazer esporte ainda é um risco. A De Peito Aberto tem todo esse carinho especial, o Projeto abraçou ele, verdadeiramente de peito aberto”. Segundo Regina, durante os treinos, tanto as quedas como os golpes são calculados com o objetivo de evitar o contato na região dos rins.
Em Mário Campos, o projeto Esportes Olímpicos para Todos atende mais de 200 crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos. A iniciativa, que conta com o patrocínio da NTS, promove aulas gratuitas de skate e judô na Escola Municipal Antônio Gonçalves Penido.
Para o diretor e co-fundador da De Peito Aberto, Wenceslau Madeira, Ângelo é um exemplo de como as ações sociais podem transformar a vida das pessoas. “Como resultado, temos o desenvolvimento físico, cognitivo e social. O trabalho de inclusão é fundamental para que a criança permaneça no esporte”, explica.
Os resultados são confirmados pela mãe, que além do jovem atleta, tem mais cinco filhos. “ Ficamos sempre juntos nas idas e vindas do hospital, ele conviveu muito comigo. Hoje, de uma certa forma, ele ganhou liberdade, é uma pessoa independente”.
Regina comenta que Ângelo faz questão de compartilhar as habilidades conquistadas durante as aulas. “Ele ama, não gosta de faltar. Adaptamos no judô uma forma para que ele pratique esporte e ele está amando”.
Desenvolvido por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte com patrocínio de grandes empresas e apoio de prefeituras locais, os projetos da De Peito Aberto realizam atividades em escolas públicas e espaços esportivos para a iniciação de crianças em modalidades como basquete, judô, vôlei, skate e futebol, entre outras.
Em 2023, a De Peito Aberto completou 17 anos de atuação. A organização social que tem como objetivo contribuir com a educação e incentivo ao esporte, já beneficiou mais de 60 mil crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e econômica no País.
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