A Academia Educar, o primeiro projeto da Fundação Educar, que está prestes a completar 35 anos, reuniu na última semana, em Campinas, os jovens participantes do projeto presencial, familiares, professores, coordenadores, diretores de escolas e amigos para apresentar o espetáculo “E Que Tragam a Lua”, construído coletivamente pelos próprios jovens. Mais de 500 pessoas lotaram e se emocionaram durante a apresentação, realizada no Teatro Oficina do Estudante, no Shopping Iguatemi Campinas.
O espetáculo é um projeto-desafio anual com os jovens protagonistas que participam da Academia Educar, e marca o encerramento do ciclo anual do projeto, que atua com estudantes de escolas públicas de diversos territórios do município. “E Que Tragam a Lua” foi criado de forma lúdica, mas traz reflexões importantes dos jovens, como o direito das mulheres de serem o que quiserem, relatos de superação de violências familiares, a importância do bem-estar coletivo e o papel da escola e da educação na construção de um mundo melhor. Os jovens finalizam essa jornada se apropriando do lema da Fundação Educar: “Os incomodados que mudem o mundo.”
Cristiane Stefanelli, gestora da Fundação Educar, destaca que o espetáculo representa muito mais do que uma apresentação de encerramento. “Uma das riquezas da metodologia da Academia Educar é ser ‘de jovem para jovem’. Neste percurso buscamos desenvolver habilidades como autonomia, trabalho em equipe, coragem, resiliência, senso crítico e outras competências. Durante os oito meses em que os jovens passam na Academia Educar, envolvemos toda a família. Criamos, este ano, a Academia de Pais e convidamos os irmãos para participar do espetáculo. Também buscamos envolver a comunidade escolar. Na Fundação Educar, focamos muito em como desenvolver a cidadania, como eu posso e devo participar da sociedade e me sentir parte do todo e o espetáculo acaba mostrando esses conhecimentos”, diz.
Maria Heloisa da Silva Lima, mãe da jovem Maria Eduarda, estava muito emocionada ao ver a filha no palco. “A participação dela na Academia Educar durante este ano trouxe grandes aprendizados para toda a família. Além de acompanhar a evolução, eu também adquiri novos conhecimentos. Pude perceber o quanto ela aprimorou habilidades que, tenho certeza, levará para outras áreas de sua vida. A Fundação Educar oferece ferramentas para que os jovens sejam protagonistas de suas histórias e se vejam como agentes capazes de construir um mundo melhor. Ter a oportunidade de assistir a este espetáculo, construído pelos jovens, nos permite perceber o quanto eles se transformaram neste ano”, diz Maria Heloisa da Silva Lima.
O olhar de alunos, monitores e voluntários
Bruno Figueiredo, que participou no ano passado e agora é monitor do projeto, destaca: “Participar da Academia Educar fez com que eu crescesse bastante, adquirisse mais maturidade e até mudasse minha postura na escola. As experiências podem ser bem desafiadoras, mas são muito legais, pois nos incentiva a ver que conseguimos realizar coisas que nem imaginávamos”, diz.
Murillo Faria de Almeida fez sua estreia no espetáculo e participou pela primeira vez da Academia Educar. “Consegui fazer muitas amizades e aprendi a superar muitos desafios que são propostos durante os encontros. Para mim, valeu muito a pena participar da Academia Educar, e montar este espetáculo trouxe grandes aprendizados”, diz.
Bruna Marques, voluntária do espetáculo, conta que participou da Academia Educar em 2016 e também foi monitora do projeto em 2017. “A Academia Educar mudou meu olhar sobre o mundo e me ajudou a desenvolver diversas habilidades socioemocionais. Aprendi tanto com essa experiência, e isso me motivou a ser voluntária de algo que sei que vai muito além de um espetáculo”, diz a jovem, que se prepara para cursar jornalismo.
Sobre a Fundação Educar
A Fundação Educar é uma organização sem fins lucrativos mantida pelo investimento social privado da Cia. DPaschoal. Acreditamos na educação para a cidadania como estratégia de transformação socioeconômica. Para que a cidadania plena seja exercida, é preciso garantir que as pessoas se reconheçam como protagonistas de suas vidas e de suas comunidades, desenvolvam a capacidade de interpretar o mundo por meio da leitura e sejam agentes de mudança para a construção de um futuro melhor.
