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Cultura

Inspirado no livro de Yukiko Sugihara, Desobediência faz apresentações gratuitas no Centro Cultural da Diversidade

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Cultura Japones
Crédito: Joelma Do Couto

Um ato heroico e humanitário em plena Segunda Guerra Mundial é retratado pela peça Desobediência, texto inédito de Renata Mizrahi livremente inspirado no livro “Passaporte para a Vida”, de Yukiko Sugihara. O espetáculo, dirigido por Regina Galdino, segue em circulação por São Paulo. Desta vez, faz duas apresentações gratuitas no Centro Cultural da Diversidade nos dias 7 e 8 de dezembro, às 20h.

A peça foi idealizada por Rogério Nagai, que também está no elenco ao lado de Beatriz Diaféria, Carla Passos e Ricardo Oshiro.
A montagem faz parte do projeto do Coletivo Oriente-se, em coprodução com a Nagai Produções Artísticas e Culturais.

A trama narra de forma não-linear a jornada de Chiune Sugihara, um representante do consulado japonês na Lituânia que, em plena Segunda Guerra Mundial, forneceu de forma não autorizada mais de 2 mil vistos para judeus refugiados da Polônia ao longo de 20 dias, desobedecendo às ordens do Japão – que participava do Eixo, aliança com a Alemanha nazista e a Itália fascista

Esses documentos se transformaram em mais de 6 mil vidas judias salvas durante a guerra. A história é contada pelo ponto de vista de Yukiko, a esposa do representante, que narra a saída do casal do Japão, a chegada à Europa, o nascimento dos filhos, os privilégios que tiveram na guerra, o episódio da desobediência, a derrota, a fuga, a prisão, a volta à terra-natal e o reconhecimento de Chiune como um aliado da vida.

“Acho que o texto discute como, às vezes, seguimos na vida de forma automática, sem olhar para o lado, e acabamos naturalizando barbaridades, como o fato de alguém estar morrendo de fome na rua enquanto outra pessoa ostenta por aí uma vida milionária. Acredito que a voz da Yukiko é muito importante. Já naquela época, ela falava de empoderamento, de machismo, de sexismo e de xenofobia”, comenta a autora Renata Mizrahi.

Já a diretora Regina Galdino acredita que o Desobediência é importante para nos mostrar caminhos em que o humanismo venceu o autoritarismo, sobretudo quando vivemos um retorno da extrema direita em todo o mundo. “Temas como as intolerâncias religiosa e étnica, a perseguição ideológica, as guerras pelo poder e territórios, a desumanidade, os refugiados e as crises econômicas, a desobediência a regras desumanas e a liberdade feminina estão presentes nesta história de esperança e obstinação na luta pela vida, com um elenco de nipo-brasileiros”, complementa.

Ela ainda conta que a peça passeia pelo tempo e espaço de forma dinâmica, sem seguir a ordem cronológica, “em um jogo de aproximações e choques entre as culturas japonesa, judaica e europeia”.

“O casal Chiune e Yukiko Sugihara contracena com diversas personagens interpretadas por um ator e uma atriz e optamos por figurinos atemporais, que ampliam a atualidade da história. O cenário e os elementos de cena são sintéticos e não-realistas estabelecendo, de forma abstrata, com a ajuda da iluminação, todas as cidades pelas quais o casal passou, desde Helsink, na Finlândia, até o retorno ao Japão, passando por Kaunas, na Lituânia; Berlim, na Alemanha; Praga, na então Tchecoslováquia; Konigsberg, na antiga Prússia, e Bucareste, na Romênia”, revela Galdino sobre a encenação.

A encenadora conta inda que o grupo pesquisou como despertar a imaginação do público com imagens abstratas, não-realistas e inusitadas por meio de um cenário surrealista e de tecidos vermelhos utilizados no lugar de objetos.

“A expressão corporal e a interpretação dos atores e atrizes convidarão o público, de forma sintética, a imaginar trens, florestas, praias, navios, salões de baile, consulados, prisões, máquinas de escrever e fuzis, além dos vistos emitidos para os judeus. Misturando drama e humor, contamos essa história pouco conhecida pelo público usando figurinos atemporais cinzas, “manchados” por tecidos vermelhos, com diferentes funções; um painel de fundo preto e branco com imagem surrealista; projeções abstratas; e a música original, com um tema e variações para passear por diferentes países e culturas”, acrescenta

Sinopse
Desobediência é uma peça inédita de Renata Mizrahi livremente inspirada no livro “Passaporte Para a Vida”, de Yukiko Sugihara. A peça conta, de forma não-linear, a jornada de Chiune Sugihara, representante do consulado japonês na Lituânia que, em plena Segunda Guerra Mundial, forneceu de forma não autorizada mais de 2 mil vistos para judeus refugiados da Polônia, desobedecendo às ordens do Japão, aliado da Alemanha e Itália. Os 2 mil vistos se transformaram em mais de 6 mil vidas judias salvas na guerra. A história é contada pelo ponto de vista da esposa Yukiko: a saída do casal do Japão, a chegada à Europa, os filhos, os privilégios que tiveram na guerra, a desobediência ao consulado japonês, a derrota, a fuga, a prisão, a volta ao Japão e o reconhecimento de Chiune como um aliado da vida. O texto é um drama, com doses de humor.

Ficha Técnica
Texto: Renata Mizrahi
Direção: Regina Galdino
Elenco: Beatriz Diaféria, Carla Passos, Ricardo Oshiro e Rogério Nagai
Cenografia e Figurinos: Telumi Hellen
Vídeo mapping e operação de som: Alexandre Mercki
Música original: Daniel Grajew
Design e operação de luz: Paula da Selva
Produção executiva: Amanda Andrade
Direção de produção e coordenação geral: Rogério Nagai
Assistência de Direção: Edson Kameda
Fotografia: Joelma Do Couto, Rony Costa e Mari Jacinto
Mídias sociais: Lol Digital
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Comunicação visual: Pethra Ubarana
Realização: Coletivo Oriente-se, Nagai Produções e Secretaria Municipal de Cultural –
Lei de Fomento ao Teatro

Serviço
Desobediência, de Renata Mizrahi

Centro Cultural da Diversidade
7 e 8 de dezembro, às 20h
R. Lopes Neto, 206 – Itaim Bibi


Grátis
12 anos
75 minutos
@nagaiproducoes

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Cultura

Espetáculo ‘Dandara na Terra dos Palmares’ volta com sessões gratuitas no mês da Consciência Negra

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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

O espetáculo “Dandara na Terra dos Palmares” retorna aos palcos em novembro para novas apresentações em Salvador. As primeiras sessões serão realizadas nos dias 4 e 5 (terça e quarta), no Espaço Cultural Boca de Brasa Céu de Valéria, com exibições às 9h30 e às 14h30, e nos dias 7 e 8 (sexta e sábado), no Teatro Sesc-Senac Pelourinho, com apresentações às 14h30. Os ingressos são gratuitos e podem ser adquiridos no local, no dia da sessão, de acordo com a lotação do espaço.

 

A peça, que já emocionou milhares de espectadores, apresenta uma narrativa comovente sobre o racismo estrutural e a importância do resgate da ancestralidade negra no Brasil. A história acompanha Dandara, uma menina negra que enfrenta o racismo na escola e passa a rejeitar suas origens. Em um sonho revelador, ela encontra uma guerreira que a leva ao Quilombo dos Palmares, onde descobre a força e o orgulho de seus antepassados. Inspirada na trajetória da heroína Dandara dos Palmares, a obra conduz o público a uma jornada de autodescoberta, identidade e resistência.

 

Com texto de Antônio Marques e direção de Agamenon de Abreu, que também assina cenário, figurino e maquiagem, o espetáculo combina realidade e fantasia para despertar a consciência do público jovem no mês da Consciência Negra. A dramaturgia sensível propõe reflexões sobre pertencimento e o impacto do racismo estrutural na vida das crianças negras, destacando o papel da educação na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

 

A trilha sonora original, composta por Emille Lapa e Natalyne Santos, intensifica as emoções vividas pelos personagens e contribui para a ambientação do universo simbólico da peça. No elenco, destacam-se as jovens atrizes Maria Alice Xavier (ex-The Voice Kids) e Yandra Góes, além dos atores Denise Correia, Gilson Garcia, Leonardo Freitas, Pablo Pereira e Natalyne Santos, que dão vida a personagens marcantes e cheios de sensibilidade.

 

Desde sua estreia, em 2022, “Dandara na Terra dos Palmares” já foi assistido por mais de 40 mil pessoas, consolidando-se como um dos espetáculos mais importantes do teatro baiano contemporâneo. Indicado ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias Melhor Espetáculo Infantojuvenil e Melhor Direção, a montagem segue se destacando pela qualidade artística e relevância educativa, além de reafirmar a força da arte como instrumento de transformação e valorização da cultura afro-brasileira. O espetáculo participa de feiras e festivais literários, como a FLICA e a Flipelô, promovendo a cultura e o incentivo à leitura.

 

O projeto “Arte Sintonia em Movimento” foi contemplado pelo edital Chamadão das Artes Cênicas, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador.

 

Serviço

Espetáculo “Dandara na Terra dos Palmares”

 

Data: 4 e 5 de novembro (terça e quarta)

Horário: 9h30 e 14h30

Local: Espaço Cultural Boca de Brasa Céu de Valéria

 

Data: 7 e 8 de novembro (sexta e sábado)

Horário: 14h30

Local: Teatro Sesc-Senac Pelourinho

 

Ingressos: Gratuito

Classificação: Livre

Informações: (71) 99269-8274

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Cultura

Exposição que reúne HQ, arte contemporânea e viola estreia sábado (01/11)

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EBF Comunicação

O público de São Luís do Paraitinga e Região terá a oportunidade de visitar gratuitamente a Exposição “Nos Braços do Violeiro”, do artista visual e músico Yuri Garfunkel a partir deste sábado (01/11), na Biblioteca Municipal de São Luiz do Paraitinga (SP). A mostra integra a  23ª edição da Festa do Saci – A Peleja do Saci com o Fantasma da IA.

A Exposição ‘Nos Braços do Violeiro’ reúne as páginas originais da HQ “A Viola Encarnada: Moda de Viola em Quadrinhos”, um romance gráfico inspirado em mais de 80 canções do repertório caipira, com roteiro e artes visuais de Garfunkel. O público terá acesso às pastas de rascunho e dos originais do livro e quadros. A curadoria é do art advisor João Carlos Villela. A exposição concorre atualmente ao Prêmio HQ MIX 2025 na categoria Melhor Exposição.

A abertura de ‘Nos Braços do Violeiro’ será às 14h de sábado (01) com a apresentação musical de Yuri Garfunkel (viola e voz) e de Lula Fidalgo (violão e voz) interpretando canções retratadas no livro e composições autorais. A entrada é gratuita. A visitação acontece de segunda à sexta-feira, das 8 às 17h, até o dia 13 de novembro.  

Para Yuri Garfunkel, a cidade de São Luiz do Paraitinga é reconhecida como um polo da cultura paulista, especialmente por preservar e promover a cultura popular tradicional e caipira. “É um lugar muito importante com uma identidade própria e forte”, declara. Ele destaca a satisfação de voltar para a Festa do Saci onde já participou com o Projeto Lendas da Rua em uma exposição temporária, em parceria com a Sociedade dos Observadores de Saci (SOSaci-SLP). 

“Agora voltaremos de forma especial com a exposição que ficará em cartaz até dia 13/11 e uma apresentação musical, reafirmando nossa parceria e admiração por essa cidade, pela cultura local e por todos profissionais da arte da Região.  O mais interessante é estar dentro da biblioteca, especialmente porque a exposição é sobre os originais do livro. Então nada é mais adequado do que ocupar a Biblioteca nesse momento para celebrar a nossa cultura popular”, afirma Garfunkel. Ele lembra que entre agosto e setembro de 2024, ‘Nos Braços do Violeiro’ integrou a programação da 19ª Semana Elpídio dos Santos, realizada no Instituto

A bibliotecária Mayara Ferreira, que há um ano e meio assumiu a Biblioteca Municipal de São Luiz do Paraitinga, conta que em sua gestão o foco é trazer atividades para democratizar o espaço do local enquanto um equipamento público de direito à informação e cultura. “E a Festa do Saci é realizada com a união de parcerias há 23 anos e  visa, sobretudo, preservar a cultura brasileira, valorizar o folclore nacional e fazer um contraponto ao Halloween, influenciado pela cultura americana”, pontua. 

Ela reforça que o trabalho na Biblioteca é captar parcerias para divulgar a cultura nacional. “A vinda e aceitação do Yuri Garfunkel em trazer para a Biblioteca a exposição Nos Braços do Violeiro vai ao encontro da proposta da Festa do Saci, como também da militância de nossa gestão e, principalmente, pela temática de sua obra que se alia a importância dos instrumentos, como a viola”, afirma. 

Da HQ para Circulação

Publicada originalmente em 2019 pela extinta editora Red Clown, com apoio do ProAC, a HQ A Viola Encarnada é inspirada nas narrativas de mais de 80 clássicos da música caipira, a partir do enredo de Chico Mineiro, tentando desvendar o mistério do assassinato desse vaqueiro e violeiro a partir das letras de outras canções do repertório de viola. A introdução foi escrita pelo violeiro, professor e pesquisador Ivan Vilela e a obra foi indicada ao prêmio HQ MIX na categoria Melhor Adaptação em 2020.

Em 2024, o livro foi aprimorado e reeditado para entrar no catálogo da Z Edições, ao lado de mestres dos quadrinhos nacionais como Laerte, Adão, Sieber, Fí e Ricardo Coimbra. Nesta edição, o leitor também terá acesso aos QR Codes para ouvir as músicas abordadas no livro. A venda é feita pelo site: https://zstores.shop/collections/yuri-garfunkel

Entre fevereiro e setembro de 2024, a exposição dos originais do livro “A Viola Encarnada” circulou pelo Programa de Ação Cultural (ProAC Circulação) por 6 cidades do Estado de São Paulo: Casa Lebre (Bragança Paulista); Museu do Folclore (São José dos Campos), Centro Cultural Casarão – Festival Viola da Terra (Campinas), Museu Magma (Botucatu) e Centro Max Feffer – Museu Tião Carreiro (Pardinho) e Instituto Elpídio dos Santos (São Luiz do Paraitinga). Entre 07/02/2025 até 22/03, a mostra esteve no Espaço Cultural Rudolf Steiner, em São Paulo; depois seguiu para o Festival Cantos do Jaguari Festival, em Bragança Paulista, entre agosto e outubro e agora em novembro integrará a Mostra Diálogos na Faculdade Rudolf Steiner, em São Paulo. A exposição concorre atualmente ao Prêmio HQ MIX 2025 na categoria Melhor Exposição.

Recursos de acessibilidade  

Para propiciar uma imersão na ‘HQ A Viola Encarnada’ como um todo, a exposição disponibiliza áudios das mais de 80 músicas do repertório caipira. O material possui recursos de acessibilidade como audiodescrição, textos em braile. “Essa é uma exposição que mescla Arte Contemporânea, História em Quadrinhos e Música Caipira, por isso a intenção em cada uma das cidades por onde passamos é dialogar, trocar e aprender com os agentes locais de cada um desses campos”, explica João Carlos Villela.

Os idealizadores 

Yuri Garfunkel: Artista visual, músico e educador, autor dos romances gráficos A Viola Encarnada: modas de viola em quadrinhos, indicado ao prêmio HQMIX 2020 na categoria Melhor Adaptação, e A Outra Anita, sobre a trajetória da pintora Anita Malfatti, lançada em 2022 para o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.  Criador do Sopa Art Br, estúdio de artes visuais, ilustração e design, com mais de 10 anos de experiência em comunicação visual ligada à cultura. Desenvolve seu trabalho a partir de pesquisas na união de linguagens artísticas, relacionando HQs com arte urbana, música e educação. Com quatro exposições criadas nesse conceito, circulou por galerias como Coletivo, Matilha Cultural e A7MA, parques e estações do Metrô de São Paulo, e expôs na Argentina, Itália e Espanha. Como músico, Yuri integra desde 2008 o grupo instrumental Kaoll, com o qual gravou 3 álbuns, realizou mais de 300 apresentações pelo Brasil e uma turnê europeia em 2014. Em 2015 Yuri passou a integrar o grupo Pequeno Sertão de música caipira autoral, com quem lançou dois álbuns, em 2016 e 2021. Como educador, Yuri cria e ministra cursos e oficinas de desenho e criação artística com propostas adequadas para diferentes públicos, de crianças e terceira idade à profissionalização, com circulação no Estado de São Paulo pela rede do Sistema S e centros culturais. 

João Carlos Villela: Art advisor, ex-aluno Waldorf, cursou História na USP (Universidade de São Paulo), e aprofundou-se em História da Arte com o crítico e curador Rodrigo Naves. Paulistano, residente em Hamburgo, Alemanha, atua há 14 anos no mercado de arte contemporânea, junto a galerias, artistas, colecionadores privados e instituições como o Sesc-SP, o Centro Universitário Maria Antônia e o Instituto Tomie Ohtake. Entre as mais de 30 exposições que produziu estão as de artistas visuais como, Ana Prata, Claudio Mubarac, Elisa Bracher, Fabio Miguez, Oswaldo Goeldi, Paulo Monteiro e Sergio Lucena. Trabalhou como diretor de vendas na Galeria Mezanino, no projeto de reposicionamento de mercado e reestruturação do time de artistas, atraindo novos colecionadores, através de ações que desenvolveu, como por exemplo a Mostra de Performance Movimenta#1. Fundou em 2016 seu escritório Ponte Advisory com atuação no Brasil, EUA e Alemanha. Em 2018 concebeu e curou a exposição coletiva Campo para o Exercício da Liberdade na FUNARTE-SP. Curou também exposições no Sesc-Rio Preto, Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca, Matilha Cultural e A7MA Galeria, entre outros espaços. Através da consultoria preparou clientes para serem aprovados em seleções, prêmios, editais e residências, como o palco do Instrumental Sesc Brasil, ProAC, Lei Aldir Blanc, Dumbo Improvement District NY, Brooklyn Bridge Park, Art Gaysel Provincetown, e Black Mountain School Residency.

Serviço:
– Abertura da Exposição Nos Braços do Violeiro com apresentação musical de Yuri Garfunkel e Lula Fidalgo
Data: Sábado (01/11), às 14h
Local: Biblioteca Municipal de São Luíz do Paraitinga
Endereço: Rua Cônego Costa Bueno, 04
Visitação: De segunda à sexta-feira, das 8 às 17h, até 13/11
Informações:  @yurisopa @bibliotecamunicipal_slp @sosaci_slp/
Entrada gratuita

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Cultura

Raízes Daqui encerra outubro com oficinas de Frevo e prepara grande final com Bumba-meu-boi

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Mestre Beto Lemos na escola Municipal Nilo Peçanha - Foto: Howard Cappelletti / Divulgação Raízes Daqui
Mestre Beto Lemos na escola Municipal Nilo Peçanha - Foto: Howard Cappelletti / Divulgação Raízes Daqui

Projeto de educação patrimonial atinge cerca de 1.500 alunos em escolas públicas do Rio e ganha destaque na imprensa com iniciativa que vai além do forró

O projeto Raízes Daqui concluiu mais um mês de atividades com resultados expressivos. Em outubro, as oficinas de Frevo movimentaram escolas públicas do entorno da Feira de São Cristóvão, consolidando a proposta de ampliar a percepção da cultura nordestina no Rio de Janeiro. A iniciativa, que funciona de terça a quinta-feira, atende estudantes das escolas municipais Nilo Peçanha, Gonçalves Dias, Alice do Amaral Peixoto, Floriano Peixoto e do Colégio Pedro II.

Com mestres vindos de Pernambuco e Alagoas, além de integrantes do Grupo Frevo da Feira , as oficinas levaram para dentro das escolas a energia contagiante do ritmo pernambucano, reconhecido como Patrimônio Imaterial da Humanidade. O pernambucano Lucas dos Prazeres, mestre de cultura popular e guardião dos saberes do Quilombo dos Prazeres, foi um dos educadores que ensinou os passos tradicionais aos estudantes cariocas. Ao seu lado, trabalharam Beto Lemos, Negadeza, Romeu Silva, Josué Júnior, João Soares e Kira dos Prazeres .

Imprensa reconhece importância da iniciativa

A repercussão do projeto ultrapassou os muros das escolas. O jornalista Márcio Anastácio, da coluna Oxente, Rio! , do Jornal Extra, destacou o trabalho de Lucas dos Prazeres : “Mais do que ensinar uma dança, o trabalho de Lucas dos Prazeres representa a continuidade de uma pedagogia ancestral que valoriza os saberes populares. Ao difundir o Frevo no Rio de Janeiro, ele ajuda a fortalecer a presença cultural nordestina na cidade, que vai muito além do forró.”

Jorge Rodrigues, do portal Sopa Cultural, entrevistou Gilberto Teixeira, diretor e curador do Raízes Daqui , que explicou a proposta do projeto: “O Raízes Daqui nasceu da necessidade da gente realçar outras representações nordestinas no Rio. As pessoas só falam forró, forró pé de serra, forró de plástico… Mas a riqueza do Nordeste é um leque muito maior, é abrangente demais.” Teixeira comparou a diversidade cultural à variedade de sotaques da região, ressaltando que “é que nem achar que todo sotaque nordestino é igual. A diferença é assim, entre o Rio Grande do Norte, a Bahia, o Maranhão, o Ceará…”

Culminância de outubro reuniu 300 crianças em festa

No dia 24 de outubro, o Restaurante Asa Branca, dentro da Feira de São Cristóvão, recebeu a culminância do mês. Cerca de 300 crianças de todas as escolas participantes celebraram o aprendizado com apresentações, trio pé de serra e performance do grupo folclórico da feira.

O ator e influenciador Efraim Esmério, um dos convidados para o evento, definiu a experiência: “Poder vivenciar a cultura nordestina e ver crianças de todas as escolas do Rio de Janeiro e regiões recebendo informações sobre o Nordeste e misturando a cultura afro numa dança típica de mistura entre Frevo e capoeira foi algo surreal e inimaginável. Pois mostrar para crianças que todos são iguais e todas as culturas devem ser respeitadas é algo muito lindo de se viver.”

Para Efraim, a iniciativa deveria se expandir: “É algo extraordinário e deveria virar lei para todas as escolas do Rio de Janeiro participarem desse projeto.”

Mestre Beto Lemos celebra o trabalho coletivo

O mestre Beto Lemos, que conduziu várias oficinas ao longo do projeto, destacou a parceria com João Soares nas atividades de Frevo: “Nessa vivência do Frevo, eu tive o auxílio luxuoso do João, que tem como sua base multiartista e a dança, e aí, nossa, foi riquíssimo, porque ele tem uma vivência com o corpo que foi muito contagiante para as crianças ver um passista, de fato, um profissional dessa área ali na frente deles, fazendo, ensinando.”

Segundo Beto, o ritmo acelerado e festivo do Frevo favoreceu o engajamento dos estudantes: “O Frevo por si só já é uma festa. O ritmo é envolvente, é um pouquinho mais rápido do que as outras coisas que a gente vinha trabalhando, e mexe muito com o corpo naturalmente, então ferve, como a palavra já induz, e é muito festivo, é muito da brincadeira.”

O mestre também refletiu sobre a motivação de participar do Raízes Daqui : “O que mais me motiva nesse momento para fazer projetos como esse é justamente proporcionar um primeiro contato com uma das culturas do nosso Brasil, no caso nordestina, mas proporcionar esse primeiro contato para crianças. Eu acho fundamental, eu acho que era uma coisa que tinha que ter de forma regular na escola.”

Novembro fecha projeto com Bumba-meu-boi

Para o último mês do projeto piloto, novembro trará oficinas de Bumba-meu-boi, outra manifestação tradicional nordestina. As atividades já começaram no dia 27 de outubro e seguem até o dia 19, onde terá a última oficina, na escola Floriano Peixoto, mantendo a dinâmica de turmas da manhã e tarde com lanches integrados à programação. A culminância de novembro será no dia 28, no Restaurante Conexão Mandacaru, na Feira de São Cristóvão.

Gilberto Teixeira revelou que as perspectivas futuras são animadoras: “A própria prefeitura está observando e parece que no futuro a própria prefeitura pode absorver o projeto, porque a gente está levando isso para as escolas públicas. As perspectivas são as melhores.” O diretor do projeto também afirmou que, embora esta seja uma edição piloto, “a gente já sabe absolutamente que deu muito certo.”

O Raízes Daqui é uma realização do Instituto Cultural da Feira e Ministério da Cultura/Governo Federal, com apoio da Prefeitura do Rio/RioTur, viabilizado através de emendas parlamentares do deputado Chico Alencar e da deputada Jandira Feghali. A iniciativa comprova que a cultura nordestina no Rio de Janeiro é plural, rica e merece ser conhecida em toda sua diversidade pelas novas gerações.

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