Governo foca reconstrução de políticas de saúde nos primeiros 100 dias

Governo foca reconstrução de políticas de saúde nos primeiros 100 dias

Agência Brasil
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Lula fala em reduzir filas da saúde e levar médicos às periferias

A queda das coberturas vacinais, o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde e o represamento nas filas de cirurgias eletivas foram alguns dos problemas diagnosticados pelo grupo de transição que mapeou as prioridades na saúde do país para o início do novo governo. Ao fazer um balanço dos 100 dias da posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República e de Nísia Trindade Lima assumir o Ministério da Saúde, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS) veem avanços e acertos nos primeiros passos, mas apontam um longo caminho para reverter perdas dos últimos anos. Em entrevista á Agência Brasil, representantes das duas entidades ressaltam que o governo tem concentrado esforços na reconstrução de políticas que estavam enfraquecidas.

Brasília (DF) - O presidente do Cartão Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto durante audiência no CNS.
Foto: CNS/Divulgaçāo

Presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto em audiência do conselho Foto – CNS/Divulgaçāo

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, destaca a reaproximação do Ministério da Saúde com o conselho, que é a principal instância de controle social das políticas públicas de saúde no país. Ele foi convidado a integrar o grupo de trabalho temático sobre saúde da transição de governo e o primeiro escalão do ministério voltou a participar de reuniões do colegiado, no qual tem assento ao lado de representantes da sociedade civil.

“A ministra, o secretário executivo e todas as secretárias e secretários estiveram na reunião ordinária do conselho, que acontece todo mês, coisa que não acontecia no governo anterior. A interlocução era muito difícil. E, muito pelo contrário, tudo aquilo que o conselho indicava não era levado em consideração. E o Ministério da Saúde fazia questão de tirar financiamento, fazer enfrentamentos ao conselho e tentar desgastar o Conselho Nacional de Saúde”, compara Pigatto, que representa a Confederação Nacional de Associações de Moradores no CNS. “As ações dos primeiros 100 dias são ações que, como o próprio presidente Lula falou, têm sido para reintroduzir programas e fortalecer políticas públicas que foram abandonadas e sofreram retrocesso no último período. Nossa avaliação é positiva”. 

Credibilidade

O vice-presidente da Abrasco, o médico sanitarista Rômulo Paes de Sousa, vê como muito importante a recuperação da credibilidade do Ministério da Saúde como autoridade sanitária nacional, posição que ele avalia que ficou muito prejudicada no governo passado.

“Isso não é pouca coisa. Em uma pandemia, o governo federal perdeu a credibilidade porque não era previsível, porque não sustentava sua narrativa no conhecimento científico, era errático e tinha uma ação desagregadora em relação aos outros entes responsáveis pela operacionalização do SUS. Essa recuperação da credibilidade do serviço público na área da saúde foi uma primeira contribuição dessa gestão para a área da saúde, mas também para o serviço público brasileiro como um todo”, afirma Paes de Sousa, que também é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e epidemiologista. “As várias iniciativas que o ministério tomou em relação, por exemplo, à crise com os yanomami, às questões referentes às filas para cirurgias eletivas, ao movimento de vacinação, e à reorganização do Mais Médicos, são conjuntos de iniciativas que são restituidoras no sentido de que a agenda de políticas públicas possa responder às necessidades da população”.

A Abrasco também considera que o governo federal voltou a atuar de forma a coordenar os estados e municípios, em vez de criar conflitos entre os diferentes níveis responsáveis por fazer o SUS funcionar. Rômulo Paes de Sousa critica que essa postura do governo anterior foi além da resposta à pandemia, na qual o ex-presidente atacou medidas de prevenção implementadas por governadores e prefeitos, e afetava questões como a saúde reprodutiva e a saúde de populações vulnerabilizadas. “O nível de conflito que foi operado a partir do nível federal atrapalhou muitas questões importantes”.  

No cenário internacional, Paes de Sousa avalia que o Brasil voltou a colaborar com os debates em que era historicamente engajado na área da saúde em fóruns multilaterais, como acesso a medicamentos. “O fomento de narrativas alternativas ao conhecimento científico levou o país a um isolamento. O Brasil passou a não cumprir acordos internacionais e repudiar protocolos internacionais. Não apenas na pandemia, mas em outros temas. O Brasil era um país que vinha de uma grande tradição na área da saúde, de implementar políticas de qualidade, e voltou a ocupar essa posição no novo governo”.

Brasília (DF) 06/04/2023A ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante reunião de grupo interministerial para discutir a segurança nas escolas. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Ministra Nísia Trindade. Foto de arquivo: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Recuperar a confiança na coordenação do Ministério da Saúde foi um dos pontos destacados por Nísia Trindade Lima quando participou da entrega do relatório final do GT de saúde do gabinete de transição, em 30 de dezembro do ano passado, ainda antes de sua posse no Ministério da Saúde. “Isso só é possível com o aprofundamento nas análises dos dados, e também com esse processo de gestão participativa, de diálogo com a sociedade”, destacou na época.

Três meses depois, ao participar da aula inaugural da Fiocruz no ano letivo de 2023, em 31 de março, a ministra da saúde ainda listou a recuperação dessa capacidade de coordenação como um objetivo a ser alcançado e acrescentou outros desafios que estão entre suas prioridades à frente da pasta, como a necessidade de investimentos contínuos em ciência, tecnologia e inovação; a descentralização da produção de bens de saúde como vacinas e medicamentos; o aprofundamento da relações entre ciência e democracia por meio da comunicação; e o de fortalecimento dos sistemas de saúde e proteção social.

A ministra também destaca desde antes de sua posse a necessidade de fortalecer a produção de insumos de saúde no Brasil, reduzindo sua dependência em relação a importações, que somam 20 bilhões de dólares. Na semana passada, foi criado o Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (GECEIS), com 20 órgãos públicos sob a coordenação dos ministérios da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O governo descreve que no caso do de insumos farmacêuticos ativos, por exemplo, mais de 90% da matéria-prima usada no Brasil para produção de vacinas e medicamentos é importada. Na área de equipamentos médicos, a produção nacional atende 50%, e, entre os medicamentos prontos, o percentual é de cerca de 60%. Com o fortalecimento do complexo, a meta é atingir média de 70% de produção local no setor em 10 anos.

Movimento pela vacinação

A queda das coberturas vacinais registradas pelo Programa Nacional de Imunizações desde 2015 e a baixa adesão às doses de reforço  e a vacinação de crianças contra a covid-19 levaram o Ministério da Saúde a lançar o Movimento Nacional pela Vacinação, uma das políticas tratadas como prioritárias pelo governo. Para o vice-presidente da Abrasco, o cenário a ser enfrentado é mais complexo do que aquele em que o país se tornou referência global de vacinação, com o enfrentamento dos grupos antivacinistas que se fortaleceram ao longo da pandemia de covid-19.

“O governo anterior não enfrentou esse problema e contribuiu para a disseminação de informações falsas a respeito da vacinação”, critica. “As atitudes recentes desse governo, a campanha pela vacinação e a própria presença do presidente [Lula] sendo vacinado faz parte dessas políticas restitutivas. O Brasil voltou a fazer aquilo que tradicionalmente fazia. Esse primeiro grande esforço precisa ser um esforço muito grande de recuperação. E ele está sendo feito”. 

Brasília (DF) 27/02/2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançam o Movimento Nacional pela Vacinação. Na ocasião o presidente foi vacinado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin

Presidente Lula é vacinado pelo vice Geraldo Alckmin no lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

No lançamento do movimento nacional, o vice-presidente Geraldo Alckmin vacinou o presidente Lula com a dose de reforço bivalente contra a covid-19, demonstrando publicamente o apoio à vacinação e a confiança na segurança da vacinas. 

Um dos obstáculos ao sucesso do movimento é justamente a ação de grupos antivacinistas que espalham mentiras com o objetivo de causar hesitação na população que precisa se vacinar. Para a ministra da saúde, essa ação é criminosa. 

“Temos enfrentado uma forte campanha, desde 27 de fevereiro, de fake news envolvendo a vacina bivalente. Isso é extremamente sério e eu tenho destacado que não se trata de desinformação, se trata de ação criminosa”, declarou a ministra.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde vê o fortalecimento desses grupos negacionistas diretamente ligado às ações e declarações anticiência do governo anterior, mas ressalta que a ameaça de retorno de doenças como a poliomielite é um problema mais antigo, devido às sucessivas quedas da cobertura vacinal desde 2015. Ele avalia que o movimento nacional pela vacinação é uma prioridade que está sendo bem encaminhada pelo governo.

“Esse movimento é fundamental. A gente acredita que está em um bom caminho e a gente tem que ampliar ainda mais. A própria Conferência Nacional de Saúde está tratando disso, e a gente acredita que vai ser possível a gente reverter o quadro atual, em que os índices de vacinação são muito baixos”. 

Representante de uma categoria diretamente envolvida na vacinação, o membro do Conselho Federal de Enfermagem Daniel Menezes vê como positivo que a recuperação das coberturas vacinais seja considerada uma prioridade. “É um movimento que tem nosso apoio e conta com nosso trabalho, especialmente na saúde pública e na atenção básica”.

Piso da enfermagem

Menezes ressalta que a prioridade para a categoria neste momento é a garantia do piso salarial, previsto em lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada no governo anterior, porém suspenso em liminar do Supremo Tribunal Federal após uma ação das empresas privadas do setor. A decisão do ministro Luís Roberto Barroso atendeu ao pedido devido à falta de uma fonte pagadora para o cumprimento do piso, o que aguarda solução. 

O conselheiro avalia que o diálogo com o governo federal tem sido positivo para que parta do Executivo a solução do problema, com uma medida provisória que atenda a esse requisito e possibilite o pagamento de acordo com o piso. A expectativa, porém, era de que essa solução fosse mais célere, afirma ele.

“Avaliamos que está muito demorada a concretização disso tudo que está sendo ventilado publicamente pelo próprio presidente e inclusive pela ministra da saúde e pelo ministro-chefe da casa civil. A enfermagem, de forma geral, está preocupada com a demora para que essa medida seja encaminhada. Nossa avaliação é positiva, mas com esse porém”.

A lei aprovada no ano passado prevê o pagamento de, no mínimo, um salário de R$ 4.750 para enfermeiros, de R$ 3.325 para técnicos de enfermagem, e de R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde concorda que a garantia do piso nacional da enfermagem é uma medida prioritária o suficiente para ter sido concretizada nos primeiros 100 dias de governo. Pigatto defende que a questão seja resolvida nos próximos dias. 

“O piso nacional de enfermagem estava para nós colocado para o horizonte de ação dos primeiros 100 dias. Esperamos que aconteça a assinatura da medida provisória até a próxima semana, porque, para nós, isso é fundamental. O posicionamento do Conselho Nacional de Saúde é de que essa é uma prioridade que precisa se materializar na vida real”.

Represamento de cirurgias 

Fernando Pigatto também avalia como positiva a inclusão do programa de redução de filas de cirurgias eletivas entre as prioridades encaminhadas nos primeiros 100 dias de governo, porque o problema atinge um grande número de pessoas e provoca o agravamento de condições de saúde. O conselho vê, porém, que é necessário priorizar as unidades públicas de saúde com os recursos do programa que serão encaminhados às unidades federativas.

“A gente sabe que o sistema é complexo. A gente sabe que, em alguns lugares, o sistema da iniciativa privada e filantrópica tem uma força muito grande, mas a gente acredita que tem que, aos poucos, ir ajustando para que cada vez mais os recursos públicos sejam direcionados para as instituições públicas, que tenham o acompanhamento e a regulação pública. Para que esses recursos sejam bem aplicados”, opina. “Consideramos positiva a iniciativa. Achamos importantes já destinar recursos para o enfrentamento das filas. Sabemos que os problemas não vão ser resolvidos neste ano. E, por isso, os programas precisam cada vez mais ser aperfeiçoados e ter o olhar do controle social, não só na fiscalização, mas em como esses recursos vão ser investidos”. 

Um montante de R$ 600 milhões em recursos foi garantido para a iniciativa pela PEC da Transição, e a primeira remessa, cerca de R$ 200 milhões, será destinada apenas às cirurgias eletivas. Além dos procedimentos cirúrgicos, o programa vai atender em um segundo momento à demanda represada por exames e consultas especializadas. 

Para o vice-presidente da Abrasco, já há resultado positivo nesse tema devido ao trabalho de coordenação do governo federal em relação às outras instâncias do SUS. “Por causa da escala em que as políticas da saúde ocorrem, elas rapidamente são percebidas pela população. Elas são vivenciadas. Por que não se conseguiu melhorias significativas antes? Porque, para conseguir, é preciso que seja uma prioridade, se mobilize a competência técnica disponível e é preciso que o SUS funcione em seus vários níveis. E por que não se fez antes? Porque havia uma agenda confusa, que não priorizava os temas essenciais da saúde e estava dispersa em disputas ideológicas e políticas, e, por ser desagregadora, não conseguia se articular com os estados e municípios”.

Mais Médicos

O relançamento do programa Mais Médicos também é uma medida destacada pelo vice-presidente da Abrasco, que aponta que o programa foi adequado para o cenário atual, em que já há um número maior de médicos no país do que quando foi lançado pela primeira vez, em 2013. Mesmo assim, o desafio de manter médicos em regiões do interior e nas periferias de grandes cidades é grande, avalia. 

“A proposta ainda vai sofrer adequações necessárias para que possa apresentar resultados. Mas nós tivemos uma experiência bem sucedida da primeira vez, então, a nossa expectativa é de que essa versão atualizada também consiga aumentar e muito a oferta de atenção à saúde para as populações que hoje carecem da presença, não apenas, dos médicos nessas localidades, embora acabe sendo muito marcante a ausência desse profissional especificamente”.

No último dia 20, o governo federal anunciou a retomada do programa. Até o final de 2023, serão 28 mil profissionais em todo o país, com prioridade nas áreas de extrema pobreza. A estimativa do governo é que mais de 96 milhões de brasileiros poderão ser atendidos por esses médicos na atenção primária.

Para o Conselho Nacional de Saúde, o relançamento do programa foi muito importante para substituir o Médicos pelo Brasil, implementado no governo anterior. Pigatto afirma que o programa não atingiu os objetivos, e o país, pelo contrário, perdeu médicos em regiões cujas populações tinham menos acesso à saúde, como os povos indígenas. 

Procurado pela Agência Brasil, o Conselho Federal de Medicina afirmou que está elaborando propostas que serão encaminhadas ao Congresso Nacional visando o aperfeiçoamento da medida provisória que prevê incentivos para capacitação de participantes do Mais Médicos. Ao formular a medida, o governo federal justificou que 41% dos participantes do Mais Médicos desistem de trabalhar nos locais mais remotos e saem em busca de oportunidades de capacitação e qualificação. Diante disso, a proposta prevê incentivo a esses profissionais, como indenização por fixação em locais de difícil acesso e formação lato sensu e mestrado profissional para os participantes.

O CFM defende que o governo considere apenas a participação de médicos com CRM, ou seja, com diplomas revalidados. O conselho argumenta que aprovação nesse exame é uma medida que traz segurança aos pacientes, garantindo que apenas pessoas que comprovem conhecimento, habilidades e atitudes especificas da medicina possam fazer o diagnóstico de doenças e a prescrição de tratamentos. Na Medida Provisória 1165, de 21 de março de 2023, o governo prevê dispensa do médico intercambista da obrigação de revalidar seu diploma enquanto exercer a medicina exclusivamente nas atividades de ensino, pesquisa e extensão do Mais Médicos.

Além disso, o CFM reivindica que qualquer iniciativa do tipo deve prever a garantia de oferta aos profissionais de condições de trabalho adequadas, como acesso a leitos, equipamentos, exames, equipe multiprofissional e rede de referência e contrarreferência, além de oferta de remuneração compatível com a dedicação e responsabilidade exigidos.

Orçamento do SUS

O presidente do CNS destaca que um tema em debate no conselho é a nova regra fiscal apresentada pelo governo federal, que será discutida em um seminário nacional nos dias 18 e 19 de abril. Pigatto vê como essencial a substituição do teto de gastos, que provocou muitas perdas no SUS.

“A emenda constitucional 95 retirou do SUS mais de R$ 60 bilhões. Isso significa morte. Isso significa adoecimento, isso significa tristeza e dor das famílias. Isso significa as pessoas esperarem por um exame, não terem um remédio, não terem uma cirurgia”. 

Para a Abrasco, o arcabouço fiscal avança ao retirar o SUS do sufocamento provocado pelo teto de gastos que vigorou nos últimos anos. Além de reduzir o orçamento da saúde, aponta Paes de Sousa, o teto de gastos impactou a renda e o acesso aos programas sociais, aumentando a demanda da população sobre a saúde pública e gratuita. 

“A PEC 95 estava fadada ao fracasso, porque o grau de restrição que ela impôs ao orçamento público não era sustentável. Os prazos e a rigidez desse modelo seriam pouco prováveis que sobrevivessem, e ainda bem que não vão sobreviver. Na saúde, o efeito foi brutal”, afirma. “Se abstrairmos o investimento que foi feito direcionado para a pandemia, tivemos restrição orçamentária na área da saúde”.

O sanitarista destaca que demandas crescentes cobram investimentos na área da saúde, cuja inflação específica é sempre mais intensa que a inflação geral. “A recomposição do orçamento da saúde é sempre mais crítica. E na proposta do ministro Haddad, é muito importante a preservação da área da saúde. O teto de gasto é o tipo de definição que vai precisar ser revista logo adiante. Alguma coisa haveria de surgir para substituir aquele modelo, que não seria sustentável. O grau de asfixiamento do orçamento público seria de tal ordem que seria inviável”.  

Ag. Brasil

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Retrospectiva 2025: INVOZ atuante na Cultura Aeroespacial e para o desenvolvimento do país O INVOZ – Integrando Vozes para o Futuro é uma associação que está sempre à frente do seu tempo, sem deixar de plantar sementes no presente. Assim como seu fundador Ozires Silva, fundador da Embraer, valoriza a oportunidade para aperfeiçoar o futuro da nação. Dentro dos pilares do INVOZ: educação, cultura aeroespacial e empreendedorismo, 2025 termina com balanço positivo. “Foi um ano de muito trabalho, muitas interlocuções, parcerias e projetos concretizados na prática com apoio dos associados que realizaram muitos trabalhos voluntários junto à comunidade”, declarou Neide Pereira Pinto, presidente do INVOZ. Cultura Aeroespacial 2025 começou com uma boa novidade para os interessados na história da Embraer e da indústria aeronáutica brasileira com o lançamento da venda on-line de livros pela associação, pelo site: http://invoz.org/como-comprar/. Entre os títulos: A Decolagem de Um Sonho – A História da Criação da Embraer, de Ozires Silva (R$155,90), Lemos Editorial. Take OFF! Think Big, de Ozires Silva (R$175,90), Somos Editora, e Saga – Do 14-Bis à Criação da Embraer, de Rui Gonçalves Barbosa (R$115,90), INVOZ. Lançado neste ano, este último narra o idealismo de Casimiro Montenegro Filho, Ozires Silva e Paulo Victor da Silva e a capacidade de realização de grandes projetos, sem deixar de revelar as correntes históricas que, até os dias atuais, dificultam o desenvolvimento industrial. A narrativa cruza a saga dessas três personalidades com os momentos políticos e econômicos do Brasil. Os associados, entre os quais muitos trabalharam ao lado de Ozires Silva na Embraer, são pessoas que viram e presenciaram a história aeroespacial brasileira. Por conta desse conhecimento e experiências, foram fontes de informação e pontes para entrevistados para o documentário especial da TV Vanguarda (Rede Globo) sobre Casimiro Montenegro. A TV Vanguarda entregou o troféu ao presidente de honra do INVOZ, Manoel de Oliveira, que representou Ozires Silva no evento Gente de Vanguarda, um reconhecimento das realizações do fundador da Embraer. Uma lenda viva, com 101 anos de idade, Fernando de Mendonça, fundador do INPE e um dos principais nomes da pesquisa espacial no Brasil e nos EUA, recebeu este ano, com o apoio do INVOZ, o troféu Brazils Best Life Achievement Award, do BrazilsBest Institute, entidade alemã que reconhece personalidades que contribuíram ativamente para o desenvolvimento do Brasil. O INVOZ completou, em 2025, 8 anos de fundação, que foram comemorados levando os associados para uma vista até a Embraer. Outra iniciativa para a preservação da cultura aeroespacial é a parceria concretizada entre o INVOZ e a Casa Encantada, réplica da Casa de Santos Dumont, que fica no ponto turístico Parque Santos Dumont, em São José dos Campos. Os integrantes do INVOZ ajudaram tanto na réplica fidedigna, tendo acesso a plantas e tipos de móveis, quanto no projeto de realizar oficinas para crianças durante o período de férias (julho de 2025 e janeiro de 2026). Voluntários associados do INVOZ realizam oficinas de dobradura de aviões, contação de história sobre Santos Dumont e palestras sobre aeronáutica. Foi um ano de formalizar também a parceria com o MOU e com o DCTA, e ano da conquista da certificação CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) para desenvolvimento de projetos sociais. Empreendedorismo 2025 foi marcado também por uma parceria inédita entre o INVOZ e a ASSECRE, Associação dos Empresários do Vale do Paraíba, por meio da qual o INVOZ é responsável pela curadoria das palestras do Café Empresarial, realizado uma vez por mês, com conteúdo importante para o empreendedorismo e indústria aeroespacial. O INVOZ também marcou presença em eventos para o desenvolvimento do empreendedorismo nos eventos regionais: Tech Valley Summit, realizado pela ASSECRE em São José dos Campos, e a ISA Vale, em Pindamonhangaba, com um estande que contou com um simulador de voo. Ambas as feiras são voltadas para tecnologia, inovação e educação. E também na Labace, maior evento da aviação de negócios da América Latina, no Aeroporto Campo de Marte (SP), que contou com o associado e líder do Comitê de Aviação Regional do INVOZ, José Eduardo Costas, como interlocutor do painel sobre os caminhos do desenvolvimento da Aviação Regional no Brasil. O INVOZ foi apoiador de um dos eventos mais importantes no interior paulista sobre os Desafios da Formação Aeronáutica no Brasil. O objetivo do evento foi chamar a atenção para o grave problema do desmanche dos aeroclubes brasileiros, berço de todos os aviadores comerciais. O evento foi realizado na APVE (Associação dos Pioneiros e Veteranos da Embraer), em São José dos Campos. Contou com a presença de mais de 100 pessoas entre autoridades civis e militares, representantes da indústria e de aeroclubes, convidados e profissionais da área aeronáutica. Os associados foram voluntários na organização, comunicação e apresentações no palco. Educação Neste ano, o INVOZ anunciou as datas para o VI Congresso de Educação, que será realizado nos dias 21, 22, 23 e 24 de maio de 2026, no Centro de Formação do Educador – CEFE, São José dos Campos. O tema será: “Excelência na Gestão da Educação Pública”, em formato híbrido, sendo presencial e com transmissão ao vivo. Para a nova edição foi criado o “EGEP – Prêmio Excelência na Gestão da Educação Pública”, premiação para os entes federativos com melhores resultados confirmados até 2025. E as premiações continuam: “Desafio INVOZ 2026” para estudantes, com entrega de medalhas e troféus para os melhores vídeos sobre personalidades brasileiras, e “Prêmio Ozires Silva” para educadores, com premiação para as melhores iniciativas pedagógicas realizadas em 2025. A programação contará ainda com palestras, com profissionais de destaque na área da educação, e com a Feira Inspirações e Circuito STEAM: exposições nos segmentos da Inovação/Empreendedorismo, Cultura Aeroespacial e Educação. Além da discussão sobre o Congresso de Educação, outra atividade realizada ao longo de 2025 é a Campanha Meu 1° Computador, para alunos carentes da escola CASD, que prepara jovens para o vestibular, entre eles, o do ITA, com arrecadação de computadores junto às empresas parceiras e pela aquisição de lote em leilão, numa ação solidária realizada pelos próprios associados. O INVOZ, como idealizador, incentivador e responsável pela grade curricular do Curso de Usinagem Aeroespacial do Senai, participou este ano, pelo terceiro ano consecutivo, das formaturas das unidades do Senai de Campinas, Botucatu e São José dos Campos. “Já temos bons projetos a serem desenvolvidos em 2026 dentro dos nossos pilares: educação, empreendedorismo e cultura aeroespacial. Agradeço o envolvimento dos associados e dos parceiros. Nossa expectativa é que empresários do setor privado entendam a grandiosidade que é preservar a aeronáutica brasileira, que contribui para o desenvolvimento da região do Vale do Paraíba e para o país, para o PIB, geração de empregos e capacitação. Desejo a todos boas festas”, conclui Neide Pereira Pinto, presidente do INVOZ. Assessoria de Imprensa do INVOZ: Renata Vanzeli – (12)99768-0799 (@solucaotextual).

31/12/2025
Não, obrigado. Prefiro ficar desinformado.