Muitas pessoas preferem comprar um carro novo por causa da garantia para veículo zero km, que assegura ao consumidor a assistência em caso de defeitos de fábrica e outros problemas que venham a aparecer no veículo.
Ter uma garantia veicular é uma vantagem bastante significativa, sobretudo porque ela é maior nos veículos zero km do que nos carros usados, comprados de segunda mão em diante.
Segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC), os veículos novos e usados devem ter pelo menos 90 dias de garantia, que é o período de garantia legal. Mas no caso de carros zero km, essa garantia pode ser extendida para até 5 anos, quando se configura o período de garantia contratual.
Inclusive, praticamente todas as empresas oferecem a extensão contratual da garantia, a fim de convencer mais e mais pessoas a comprarem um carro novo em vez de um usado.
Para aprofundar melhor esse assunto, esse artigo explica detalhadamente como funciona a garantia para veículo zero km, indicando quando ela pode ser acionada e em que situações ela pode ser perdida. Continue lendo!
O que fazer se o carro zero km der problema?
Se você comprou um carro novo e ele começou a apresentar falhas, você pode acionar a garantia para veículo zero km, que com certeza está embutida na compra do automóvel.
Para tanto, basta ir à concessionária onde o carro foi comprado e pedir uma avaliação dos técnicos responsáveis por esse serviço.
Contudo, de antemão é necessário pontuar que não é qualquer serviço que a garantia cobre, principalmente se o carro foi comprado a menos de 3 meses (90 dias).
Por esse motivo, vale a pena ler o que o manual do veículo diz sobre os pormenores aplicados na garantia oferecida pela montadora em questão.
O que a garantia para veículo zero km cobre?
Em geral, a garantia para veículo zero km, principalmente o período legal de 90 dias, prevê apenas a cobertura de falhas provocadas por defeitos técnicos de fabricação do veículo, como já foi citado antes.
Na maioria das vezes, esses defeitos técnicos são relacionados a problemas de motor e câmbio, bem como a falhas elétricas que afetam diretamente o bom funcionamento do carro.
Já na garantia contratual, que é o período que vai além da garantia legal de 90 dias, as concessionárias podem incluir outros tipos de serviços de manutenção, além de aumentar muito o período de cobertura. Porém, isso fica a critério de cada empresa, que só têm a obrigação de cumprir o que diz o CDC.
As disposições legais contidas no Código de Defesa do Consumidor têm como objetivo a satisfação e bem-estar da pessoa que compra o carro zero km esperando justamente não ter dores de cabeça com as questões básicas do carro.
O que a garantia não cobre?
Em resumo, problemas com pneus, pastilhas de freio, amortecedores, correias, filtros e outros itens que geralmente se desgastam rapidamente não são cobertos pela garantia legal de veículos zero km.
Outra situação não coberta pela garantia é quando o defeito apontado foi provocado pelo próprio utilizador do carro, através de acidentes, mau uso, negligência, etc.
Entretanto, vale reforçar a informação de que muitas concessionárias incluem várias peças e serviços na cobertura de garantia contratual, que pode ter um período de até 5 anos, como também já citamos antes.
Assim, a depender do carro que você compre, pode ser que haja um período de manutenção gratuita em algumas peças que vão além do essencial no veículo.
Além disso, algumas peças costumam ter garantia própria contra falhas de fabricação, como é o caso dos pneus, amortecedores e baterias, por exemplo.
Nesses casos, o consumidor poderá acionar a garantia da peça que deu defeito especificamente, em vez de invocar a garantia do veículo.
É possível perder o direito à garantia para veículo zero km?
Para finalizar o nosso artigo, listamos algumas situações que podem provocar a perda da garantia para veículo zero km. Veja abaixo:
- Instalar peças ou adicionar fluidos não homologados no veículo;
- Deixar de fazer as revisões programáticas (geralmente a cada 1 mil km a partir do momento da compra);
- Permitir que motor e câmbio sejam examinados por mecânicos não autorizados;
- Não trocar óleo e filtro no tempo certo, e/ou utilizar produtos de baixa qualidade;
- Usar combustível adulterado deliberadamente;
- Danificar o carro por conta de mau uso, como trafegar com excesso de peso, por exemplo;
- Dentre outros.
Por fim, vale o alerta de que em caso de acidente, algumas montadoras orientam os clientes a entrarem em contato para saber quais são as medidas cabíveis.
Caso o proprietário não comunique o acidente em tempo hábil e tente consertar o carro por si próprio, poderá perder a garantia.