Após registrar crescimento anual de 180% nos últimos anos, a MedB+, de Maringá, no Paraná, transformou-se em fintech, oferecendo além de soluções em contabilidade para médicos e clínicas, a automatização da gestão financeira via app e produtos financeiros customizados para área da saúde. Trata-se de uma das primeiras no Brasil voltadas, exclusivamente, a área médica. A startup recebeu acompanhamento do Sebrae/PR.
A trajetória do negócio teve início há seis anos, quando o empreendedor Tiago Martines idealizou o modelo de negócios com o propósito de reduzir a burocracia contábil e administrativa para médicos e clínicas. Ele contou com a parceria de William Colombari no projeto MedB+. Hoje são mais de 1.100 clientes em 20 estados e mais de 30 colaboradores.
“Trabalhamos um período off-line e em 2019 cogitamos até franquear o negócio, mas vimos que era possível crescer nos tornando mais tecnológicos, otimizando e automatizando nossos processos. Foi o que decidimos fazer e estamos nessa transição. Parece até que antevimos a pandemia e o impacto da transformação digital”, explica o fundador da empresa.
O serviço contábil para médicos ganhou funcionalidades financeiras conforme demanda do nicho. E a solução, como toda fintech, foi unir tecnologia a serviços do sistema financeiro, gerando custos operacionais menores comparados aos praticados por empresas tradicionais.
“Percebemos muito essa demanda por parte dos clientes, de uma plataforma que permitisse transações e gestão financeira em um só lugar de forma prática. Então aproveitamos a oportunidade e viabilizamos esta junção”, conta Martines.
A empresa sediada em Maringá conta com o apoio do Sebrae/PR para a fase de expansão, com serviços via Sebraetec e consultorias.
“Buscamos com o Sebrae apoio na área de marketing e no projeto de startups para expandir e nos posicionar no mercado, agora como uma fintech. O objetivo é ampliar nossa atuação nesse segmento”, diz o empreendedor.
Para o consultor do Sebrae/PR, Nickolas Kretzamann, o crescimento exponencial, atenção à demanda dos clientes, além do contato com atores locais de desenvolvimento permitiram à empresa enxergar potencial em novas soluções e mercados.
“Isso mostra para o segmento das startups o que é olhar para oportunidades. É preciso abrir para possibilidades de forma rápida, agir rápido e buscar apoio necessário no ecossistema de invocação para decolar soluções de forma mais rápida”, frisa.