A palavra “impostos” já costuma causar um calafrio na espinha no Brasil. Agora, imagine lidar com isso em outro país, com regras e siglas totalmente novas. Se você é brasileiro e está se preparando para o seu primeiro Self Assessment Tax Return no Reino Unido, é normal sentir um misto de ansiedade e confusão.

O sistema fiscal do UK, gerenciado pelo HMRC (o equivalente à nossa Receita Federal), é diferente do que estamos acostumados. Embora o processo online seja estruturado, pequenos erros por desconhecimento podem custar caro – muito caro. Estamos falando de multas, juros e um estresse que você definitivamente não precisa na sua vida de imigrante.

Mas respire fundo. Este artigo é seu guia rápido para desviar das cinco armadilhas mais comuns que pegam brasileiros de surpresa. Evitá-las vai tornar seu Tax Return um processo muito mais tranquilo e seguro.

Erro #1: Acreditar que “Ainda Falta Muito Tempo” (A Procrastinação)

O Problema

O ano fiscal no UK termina em 5 de abril, e o prazo final para a declaração online é 31 de janeiro do ano seguinte. Muitos pensam: “Janeiro? Está longe!”. Essa é a receita para o desastre. Deixar para a última hora significa uma corrida desesperada para encontrar documentos, um risco enorme de descobrir erros sem tempo para corrigir e, claro, o estresse de lidar com o portal do HMRC sobrecarregado nos últimos dias.

A Solução Simples

Trate o Tax Return como um projeto contínuo, não como uma tarefa de um dia só.

• Conheça os Prazos: Anote na sua agenda: 31 de outubro é o prazo para declarações em papel e 31 de janeiro para as online.
• Organize-se Trimestralmente: A cada três meses, reserve uma ou duas horas para organizar suas faturas de vendas (invoices) e recibos de despesas. Isso transforma uma tarefa gigantesca em pequenas atividades gerenciáveis.

Erro #2: Ignorar as Despesas Dedutíveis (Deixar Dinheiro na Mesa)

O Problema

Muitos autônomos, especialmente no início, pagam mais imposto do que deveriam simplesmente por não saberem o que podem deduzir da sua renda. Cada despesa legítima e relacionada ao seu negócio que você deixa de declarar é dinheiro seu que vai direto para o cofre do governo, sem necessidade.

A Solução Simples

Pense em tudo o que você gasta para poder trabalhar. Você pode se surpreender com o que é considerado uma despesa dedutível (allowable expense). Alguns exemplos comuns para freelancers incluem:

• Custos de Home Office: Uma porção da sua conta de luz, aquecimento, internet e até do seu aluguel.
• Material de Escritório e Software: Desde a compra de um notebook até a assinatura do Adobe, Microsoft 365 ou qualquer ferramenta essencial para seu trabalho.
• Deslocamento para Clientes: Passagens de trem, metrô ou custos de combustível para reuniões de trabalho.
• Telefone: A parcela da sua conta de celular que é usada para fins profissionais.

Entender a fundo o que pode ou não ser deduzido é fundamental para uma declaração justa. Para uma visão geral de como sua renda e despesas se encaixam no cálculo, é essencial compreender o que é o Tax Return e como ele funciona de ponta a ponta.

Erro #3: Desorganização com Faturas e Recibos

O Problema

Este erro é o melhor amigo do Erro #2. Não adianta saber que você pode deduzir uma despesa se não tiver o comprovante para ela. Chegar em janeiro e ter que revirar e-mails, extratos bancários e bolsos de casacos para encontrar um ano inteiro de recibos é uma fonte de estresse imensa. A falta de um único recibo pode significar a perda de uma dedução valiosa.

A Solução Simples

Crie um sistema e seja consistente. Não precisa ser nada complexo.

• Digitalize Tudo: Use um app gratuito de scanner no celular (como o Adobe Scan ou o do Google Drive) e fotografe cada recibo assim que o receber. Salve tudo em uma pasta na nuvem (ex: “Despesas 2023-24”).
• Crie um Filtro no E-mail: Crie uma pasta no seu e-mail chamada “Recibos Tax Return” e mova todas as faturas e comprovantes digitais para lá assim que chegarem.
• A Clássica “Caixa de Sapatos”: Se você prefere o papel, tenha uma caixa ou pasta física e crie o hábito de guardar todos os comprovantes nela ao final de cada dia. O importante é a consistência.

Erro #4: Esquecer de Declarar Outras Fontes de Renda

O Problema

Muitos brasileiros acreditam que o Tax Return serve apenas para declarar a renda da sua atividade principal como autônomo. Contudo, o HMRC espera que você declare toda a sua renda que não foi taxada na fonte. Esquecer de incluir aquele “bico” de fim de semana, os juros de uma conta de investimento no UK ou, um ponto crucial, a renda do aluguel de um imóvel que ficou no Brasil, pode gerar uma bandeira vermelha no sistema.

A Solução Simples

Sua declaração deve ser um retrato financeiro completo do ano fiscal. Lembre-se de incluir:

• Renda de trabalhos freelancer ou side hustles.
• Juros recebidos de contas bancárias ou investimentos.
• Renda de aluguel de imóveis (no UK ou no exterior).
• Qualquer outra renda sobre a qual o imposto não foi retido na fonte.

Lidar com múltiplas fontes de renda, especialmente renda do exterior, adiciona uma camada de complexidade. O primeiro passo é entender o escopo completo da declaração, e nosso guia definitivo sobre o Tax Return no Reino Unido explica exatamente quais tipos de rendimento precisam ser informados.

Erro #5: Não Pedir Ajuda Quando Necessário

O Problema

O instinto de “dar um jeitinho” é forte, mas com o fisco britânico, o risco não compensa. O medo de contratar um profissional, por achar que será caro ou desnecessário, muitas vezes leva a erros que geram multas e cobranças de juros muito maiores do que o custo de uma consultoria especializada. Tentar economizar aqui pode sair muito caro lá na frente.

A Solução Simples

Veja um contador não como um custo, mas como um investimento na sua tranquilidade e saúde financeira. Um bom profissional, especialmente um que entende a realidade da comunidade brasileira, pode identificar economias que você nem imaginava, garantir que sua declaração esteja 100% em conformidade e te livrar de uma enorme dor de cabeça. A paz de espírito de saber que tudo foi feito corretamente não tem preço.

Sua Jornada Financeira no UK Começa com o Pé Direito

O Self Assessment Tax Return não precisa ser um monstro de sete cabeças. Como vimos, com um pouco de organização e atenção aos detalhes, o processo se torna perfeitamente gerenciável. Evitar a procrastinação, registrar suas despesas, manter os recibos em ordem, declarar todas as suas rendas e saber a hora de pedir ajuda já te coloca quilômetros à frente da maioria.

Fazer o Tax Return corretamente é um passo crucial para sua estabilidade e sucesso financeiro no Reino Unido. Se você percebeu que sua situação é complexa ou simplesmente prefere a segurança de ter um especialista ao seu lado, a Vertice Services conta com uma equipe de contadores brasileiros em Londres pronta para te ajudar.

[Entre em contato e cuide de suas finanças com tranquilidade.] 

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Viajar para o exterior é uma experiência enriquecedora, mas exige planejamento cuidadoso para evitar problemas de saúde, segurança e documentação. A atenção a detalhes antes e durante a viagem, como as leis e costumes do país, garante tranquilidade e permite aproveitar melhor o destino. 

Entre os cuidados mais importantes estão a organização de documentos e a preparação financeira. Além disso, contratar e saber como usar seguro viagem internacional, além de manter contatos de emergência, são a chave para se livrar de imprevistos, obtendo suporte adequado e rapidez na resolução de situações inesperadas.

Organize documentos e vistos com antecedência

Organizar documentos com antecedência assegura uma viagem tranquila e sem imprevistos. Conferir passaportes, vistos, vacinas obrigatórias e carteiras de identidade internacional antes do embarque evita problemas legais ou impedimentos na entrada do país.

Esse planejamento prévio permite checar a validade dos documentos considerando datas de entrada e saída, dando tempo hábil para renovar ou regularizar qualquer pendência antes da viagem. Além disso, garante mais segurança e tranquilidade durante todo o trajeto, evitando contratempos inesperados, como atrasos no embarque ou problemas com conexões internacionais.

Contrate seguro de viagem adequado

Selecionar um seguro de viagem que contemple saúde, acidentes, extravio de bagagem e cancelamentos oferece proteção contra imprevistos e evita gastos inesperados durante a viagem. Essa cobertura permite que o viajante aproveite a experiência com mais segurança e confiança.

É importante conferir se o seguro atende às particularidades do destino e às atividades planejadas, como esportes de aventura, passeios de barco ou trilhas em locais remotos, além de confirmar sobre como utilizá-lo, garantindo uma proteção completa e adequada às necessidades do viajante. Dessa forma, eventuais problemas podem ser resolvidos de forma ágil, sem comprometer o andamento da viagem.

Planeje finanças e meios de pagamento

Pensar no orçamento é um passo importante para aproveitar os dias no destino com segurança. Certificar-se das opções mais adequadas, como cartões internacionais e dinheiro em espécie, e conhecer taxas, limites e formas de saque auxilia na preparação, evitando surpresas financeiras.

Além disso, manter uma reserva em moeda local permite lidar com situações em que cartões não são aceitos, como em passeios para áreas remotas ou compras em estabelecimentos pequenos. Com isso, é possível garantir maior autonomia e flexibilidade durante a viagem, sem extrapolar os gastos planejados e mantendo o controle.

Cuide da saúde e vacinas necessárias

Outro cuidado para se proteger em viagens internacionais é cuidar da saúde e verificar as vacinas necessárias antes de embarcar. Realizar exames médicos, certificar-se das necessidades e montar um kit de medicamentos essenciais ajuda a lidar com imprevistos e manter o bem-estar durante a viagem.

Incluir analgésicos, antitérmicos, remédios para problemas digestivos e qualquer medicação de uso contínuo na bagagem é essencial para prevenir e lidar com imprevistos sem depender exclusivamente de farmácias locais. Isso também assegura que possíveis problemas de saúde sejam tratados de forma rápida e eficaz, permitindo que o viajante aproveite a viagem com mais segurança e conforto.

Esteja atento à segurança pessoal e hábitos locais

Estar atento à segurança pessoal e aos hábitos locais contribui para uma viagem mais segura e tranquila. Pesquisar sobre áreas de risco, costumes e normas de conduta, assim como evitar exibir objetos de valor e registrar contatos de emergência, reduz a exposição a incidentes.

Respeitar e adaptar-se aos hábitos locais facilita a integração com a cultura do destino e ajuda a evitar situações constrangedoras. Pesquisar e ler a respeito permite antecipar possíveis diferenças, tornando a experiência mais segura e agradável.

Mantenha comunicação e contatos de emergência acessíveis

Por fim, manter canais de comunicação ativos e contatos de emergência acessíveis é uma medida preventiva importante em viagens internacionais. Ter à disposição números de consulados, embaixadas e familiares assegura respostas rápidas em situações imprevistas, oferecendo suporte imediato quando necessário.

Contar com aplicativos de mensagens e um plano de dados internacional pode facilitar contato constante com pessoas próximas e o acesso a serviços de emergência, mesmo em locais desconhecidos. Essa preparação proporciona mais agilidade na comunicação e contribui para que o viajante lide melhor com situações inesperadas.

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Destinos favoritos variam de Disney a Paris, mas os dois mais pesquisados são de lugares na América Latina

O número de brasileiros que visitaram o exterior aumentou no último ano. Dados da edição de turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) revelaram que o percentual relacionado à viagem internacional subiu para 3,3% em 2024. Em comparação, no ano de 2020, o percentual registrado foi de 2%. 

Diante deste cenário, a plataforma especializada em cotações de seguro-viagem Comparar Seguro de Viagem estudou o mercado para analisar quais são os países mais pesquisados pelos brasileiros quando pretendem viajar. Com base no volume de buscas feitas neste ano no Google, os dois destinos mais buscados foram Argentina e Chile. 

Ranking dos países mais pesquisados

Para entender a frequência de cliques, a empresa utilizou o termo “viagem para” como método, e o resultado foi impressionante: 7,9 mil de volume para a Argentina e 7,3 mil para o Chile. Os dois países se distanciam da terceira posição, ocupada pela Disney, com 3,3 mil buscas no mês de setembro.

Na sequência da lista, aparecem outros lugares turísticos: Itália (1,9 mil); Cancún (1,8 mil); Buenos Aires e Bariloche (1,7 mil); Paris (1,5 mil); e San Andrés (1,1 mil). Com exceção dos roteiros da América do Sul, sendo a capital e a patagônia argentina e a ilha colombiana, os demais exigem passaporte e visto dos visitantes. 

Inclusive, a facilidade de viajar para o exterior sem a exigência de autorização prévia do governo pode estar relacionada com a alta presença de países do Mercosul nesta pesquisa. De todo modo, uma viagem internacional demanda uma dedicação estratégica no planejamento, mesmo as que podem ser menos burocráticas. 

Primeira viagem para fora do Brasil

Conhecer costumes, hábitos, história e arquitetura de outro país proporciona uma experiência transformadora e inesquecível. Embarcar nessa aventura pela primeira vez fica mais fácil quando se tem acesso a informações essenciais, desde como fazer o câmbio de moeda para o país de destino até reunir todos os documentos obrigatórios.

A carteira de vacinação, por exemplo, pode ser um item obrigatório para a entrada em outro território. O comprovante de vacina contra febre amarela é um pré-requisito para visitar mais de 130 países, conforme indica lista publicada pela Anvisa em seu portal oficial. Aruba, Bolívia, Egito, Maldivas e Tailândia aparecem nessa listagem. 

• Estados Unidos

Mudanças na emissão do visto americano o deixaram mais burocrático e caro. Para conhecer a Disney, em Orlando, na Flórida, o turista precisa se planejar com antecedência. O processamento dura, em média, um mês ou mais, a depender do caso. No entanto, com a obrigatoriedade da entrevista presencial desde setembro, o trâmite pode ficar lento. 

• Europa

Entrar em território europeu pode ser mais simples. No espaço Schengen, formado a partir da convenção de alguns países da Europa, brasileiros podem viajar sem a necessidade de visto pelo período de até 90 dias. Mas o passaporte ainda é exigido. Itália, França, Alemanha, Portugal, Espanha e Grécia integram o acordo de Schengen. 

• América Latina 

Alguns países da América do Sul permitem que brasileiros os visitem portando a Carteira de Identidade Nacional (RG). São eles: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Porém o documento precisa ter sido emitido há menos de 10 anos. Carteira de Habilitação (CNH) e outras associadas a instituições não são aceitas. 

Nos demais roteiros latinos, há a formalidade de passaporte e visto, como no caso de Cancún. Desde 2022, o governo mexicano estabeleceu que brasileiros precisam de um visto obrigatório para entrada, seja de turismo ou negócios. Essa liberação também é exigida para conexões/trânsito dentro das fronteiras do México. 

A obrigatoriedade do seguro-viagem também marca alguns destinos, como Cuba. No aeroporto de Havana, a empresa estatal comercializa apólices aos turistas que chegam sem cumprir a exigência. Para economizar, é indicado adquirir o serviço antes da viagem, comparando valores de um site de seguro-viagem e da concorrência. 

Seguro-viagem internacional

Mesmo nos locais em que o seguro não é um documento obrigatório para a entrada, esse recurso funciona como uma garantia, sobretudo para auxiliar durante imprevistos associados à saúde. Com um recorte de amostra da América do Sul, a Comparar Seguro de Viagem identificou, pela média mensal de buscas, os países mais procurados pelos viajantes brasileiros.

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