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Ferroviários seguem trabalhando sem segurança. Governo e empresas ignoram a situação

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Ferroviários seguem trabalhando sem segurança. Governo e empresas ignoram a situação
SOROCABANA
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*Por José Claudinei Messias, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários da Zona Sorocabana Este é um ano de comemoração para o Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários da Zona Sorocabana. São 50 anos em busca de respeito para nossa categoria, o que nem sempre foi fácil. A cada novo dia, um novo desafio para ser vencido. Nós não desistimos – e seguimos em busca de melhores condições de trabalho e de vida para essa categoria profissional tão importante para o Brasil. Quando nossa história começou oficialmente, em 1974, o transporte ferroviário era muito diferente do que conhecemos atualmente. A maioria das viagens de passageiros era feita juntamente com cargas, em trens que para época eram grandes, levando vidas de uma ponta a outra do Estado de São Paulo. Muitas vezes, até para outros estados. Hoje o fluxo de trens de longa distância se monopolizou no transporte de carga. O Transporte de passageiros ficou restrito a pequenos nichos e a grandes centros urbanos, com vistas a mobilidade no transporte público. Respeito é fundamental, aliás, essa postura é o que aplicamos sempre, incessantemente, em nossas batalhas diárias na representação dos Trabalhadores Ferroviários. Apesar de parecer óbvio, as empresas insistem em não fazer o mínimo, como cumprir cargas horárias ou folgas dos funcionários ou condições de trabalho, por exemplo. Atitudes simples que muitas vezes só são cumpridas mediante a atuação do Sindicato junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Parte desse processo de desrespeito das empresas pode ser visto, em um primeiro momento foi a privatização, desestatização, do modal ferroviário no que se refere ao transporte de cargas e por consequência a extinção do transporte de passageiros de longo percurso, como os trens que ligavam São Paulo a Presidente Epitácio. Em um segundo momento o transporte de passageiros, remanescente da FEPASA, com a criação da CPTM e nos últimos anos inicia o processo de privatização, desestatização, do transporte de passageiros nos grandes centros urbanos afetando primariamente as linhas 8 e 9 da CPTM. A privatização tem como principal consequência a perda da característica das estatais, o fim social se tornou um custo extra descartável para o setor privado que tem como sua linha mestra o lucro. Os desafios aumentaram dando maior importância a atuação do Sindicato na defesa da Categoria Ferroviária. O Sindicato da Sorocabana segue lutando pelos ferroviários, sejam eles funcionários das estatais ou de empresas privadas. Além disso, seguimos em busca do melhor serviço para a população, o que só é possível com equipes comprometidas e felizes com suas condições de trabalho. Chegamos ao jubileu de ouro. São 50 anos de história nas estradas de ferro. Nesse meio século de existência, aprendemos, como juntos podemos alcançar melhores condições de trabalho, direitos e serviços. Seguimos assim. Sempre em busca do melhor, sempre defendendo os ferroviários. Continuamos em luta! Ser Ferroviário é fazer parte da história do Brasil e ser Sindicalista da Sorocabana é ter sobre os ombros a responsabilidade das expectativas, da esperança de dias melhores de uma Enorme Família Ferroviária, afinal ‘Somos Todos UM’. Parabéns ao Sindicato da Sorocabana e com isso parabenizamos todos os ferroviários, pois o Sindicato é feito de Pessoas, a nossa Família Ferroviária.

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