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Ferramentas jurídicas são fundamentais para reduzir feminicídios
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, defendeu o uso de ferramentas jurídicas como fundamentais para garantir a integridade de mulheres vítimas de violência e diminuir o número de feminicídios apontados pelo 19° Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
“Quanto mais medidas de proteção, nós teremos menos feminicídio”, explicou.
No entanto, a titular da pasta admite que ainda existem desafios.
“Falta ainda esta rede, porque o Brasil, nessa imensidão de municípios, nem todos têm essa articulação que junta a delegacia, o Ministério Público, o Cras, a Unidade Básica de Saúde. É isso que nós temos que fazer, integrar os serviços”, disse ao ser entrevista no programa Bom Dia, Ministra, produzido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
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Sobre a subnotificação de casos de violência, a ministra entende como muitas mulheres se sentem culpadas na hipótese de denunciar seu agressor.
“Além de sofrerem a violência, elas ainda se sentem culpadas, derrotadas. E o feminicídio, quase sempre, é o resultado de muitos processos e de um tempo grande em que a mulher está sofrendo a violação”.
A subnotificação de casos ainda pode ser pelo fato de muitas mulheres não se sentirem seguras, indica a ministra. “Ela tem muito medo de perseguição, ela tem medo da violação da agressão contra os filhos. Muitos homens, parceiros, maridos, acabam agredindo os filhos para agredir a mãe, para atingi-la”.
Casa da Mulher Brasileira
A ministra apontou como estratégia de enfrentamento às violências contra as mulheres o trabalho integrado de órgãos públicos como as casas da Mulher Brasileira, que oferecem atendimento integral e humanizado às vítimas. Atualmente, existem 11 casas do tipo em funcionamento no país, localizadas em Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, São Paulo, Boa Vista, São Luís, Salvador, Teresina, e nas cidades de Ceilândia e Sobradinho, ambas no Distrito Federal, e Ananindeua, no Pará.
De acordo com o Ministério das Mulheres, outras seis unidades têm a previsão de inauguração até dezembro deste ano e a meta do governo federal é chegar a 40 casas da Mulher Brasileira até o fim do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026.
A ministra também destacou o serviço do Ligue 180, canal telefônico gratuito que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, para fazer denúncias ou buscar orientação de forma sigilosa.
É possível fazer a ligação de qualquer lugar do Brasil ou acionar o canal via WhatsApp (61) 9610-0180. Em casos de emergência, deve ser acionada a Polícia Militar, por meio do número 190.
Ao responder a uma pergunta sobre como o governo federal articula políticas públicas para mulheres que moram nas periferias, a ministra destacou a importância do poder público chegar mais a esses locais e que existem políticas de diversos ministérios voltadas para inclusão produtiva de mulheres, como o Programa Acredita, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
“São muitas as iniciativas e nós vamos ampliá-las. Já prevemos no orçamento do ano que vem novos aportes de recursos para participação das mulheres também em iniciativas de inclusão produtiva, de empreendedorismo, junto com a economia solidária”.
A ministra relatou uma conversa com mulheres indígenas do Acre sobre a violência dentro de suas comunidades, destacando a necessidade de diálogo e estratégias específicas para combatê-la, como a criação de Centros de Referência de Assistência Social indígenas e barcos de políticas públicas.
Representatividade política
Ao citar o caso de agressão à ministra do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, no Senado Federal, em julho, a ministra Márcia Lopes reforçou o que disse em Foz do Iguaçu, nesta semana, sobre as pessoas não elegerem homens que ofendem ou agridem as mulheres, ressaltando a necessidade de aumentar a participação feminina na política, a partir das eleições do ano que vem, em cargos políticos.
“Esse é um processo político que nós temos tratado e mobilizado as mulheres, que ainda se sentem inferiorizadas, com medo, e oprimidas por essa relação de poder”.
A ministra defendeu a mobilização e incentivo à participação de mulheres negras e de periferia a se candidatarem nas próximas eleições, para que tenham mais representatividade política.
Para ela, o desafio é aumentar a representatividade feminina em cargos públicos e em todos os espaços de poder no Brasil, que ainda é muito baixa.
“Estamos mobilizando mulheres para que a gente tenha mais vozes e mais presenças das mulheres [na política]. Temos que mudar esse quadro em todos os espaços do Brasil. Essa vai ser a nossa luta”.
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Artista plástico Gerson Fogaça estreia exposição “Caos In Itinere” na Argentina
Gerson Fogaça apresenta obra de 5 metros — antes censurada no Brasil e, depois, reapresentada no Museu Nacional de Brasília — com novo contexto no Museu Carlos Alonso, em Mendoza
O Museu Carlos Alonso, em Mendoza, na Argentina recebe a partir do próximo dia 7 de novembro, a exposição “Caos In Itinere”, do artista plástico goiano Gerson Fogaça. A mostra tomará os três pisos do museu e contará com 39 obras que atravessam sua produção entre 2007 e 2025, evidenciando o diálogo constante entre gesto e cor, matéria e tempo — eixo poético que estrutura sua pesquisa.
Com curadoria assinada pela franco-argentina Patrícia Avena Navarro, o recorte opta por um período de 2013 até os dias atuais, no qual o urbano se transforma em ritmo e linguagem. As pinturas de Fogaça, marcadas por energia e vitalidade, configuram um “balé urbano” em que as formas se libertam dos contornos e transitam entre o figurativo e o abstrato, tensionando o humano e o transitório. Sua poética combina espontaneidade do gesto e construção cromática rigorosa, compondo paisagens simbólicas situadas entre o real e o imaginário — entre o que passa e o que permanece.
A produção da exposição é assinada por Malu da Cunha e KA Produções Culturais. A realização é do Instituto Cultural Urukum e a viabilização com recursos do Programa Goyazes do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura.
*Obra-chave (5 m) — do veto à reexibição*
Em 2019, uma obra de 5 metros de largura integrou a exposição O Sangue no Alguidá, no Museu dos Correios (Brasília), concebida por Fogaça em diálogo com a literatura de Pedro Juan Gutiérrez e com a vertente do “realismo sujo” latino-americano. Um dia antes da abertura, a mostra sofreu censura institucional e foi desmontada. Em menos de 24 horas, o conjunto foi transferido para o Museu Nacional de Brasília, onde voltou a ser apresentado ao público, com ampla repercussão. O percurso — entre supressão e reexibição — reforça o papel social dos museus como espaços de pensamento crítico, memória e liberdade de expressão.
*Trajetória*
Com passagens por instituições como Casa de América Latina (Lisboa), Casa Brasil (Bruxelas), Galería Luz y Oficio (Havana), Centro Cultural Correios (Salvador), Museu Nacional da República (Brasília), MAC/GO, MAG – Museu de Arte de Goiânia, Centro Cultural Las Rozas (Madri), ACA – Art Concept Alternativa (Santander, Espanha), Museu de Arte Contemporânea de Caracas, Museo de Arte Alejandro Otero (Caracas, Venezuela) e Sanger Gallery – The Studios of Key West (EUA), Fogaça reafirma, nesta estreia argentina, a coerência e a força de sua linguagem pictórica.
*Próxima etapa internacional*
Após passagem por Mendoza, o artista apresenta “Na Curva do Tempo”, com curadoria de Dayalis González Perdomo, no Centro Cultural Lecrac (Palência, Espanha). A mostra integra o circuito cultural que celebra a irmandade entre Palência e o Rio de Janeiro, simbolizada pelos monumentos Cristo del Otero e Cristo Redentor. Abre ao público em 9 de novembro de 2025, com abertura oficial e presença do artista em 18 de novembro, e permanece até 8 de dezembro de 2025.
Serviço
Exposição: Caos In Itinere – Gerson Fogaça
Curadoria: Patrícia Avena Navarro
Abertura: 7 de novembro de 2025, às 20h
Local: Museu Carlos Alonso
Endereço: Av. Emilio Civit, 348 – Mendoza, Argentina
Visitação: 8 de novembro a 30 de dezembro de 2025
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Noite artística abre o 21º Congresso Espírita da Bahia no Fiesta
Evento acontece até domingo (2) em Salvador e presta homenagens aos 160 anos do primeiro centro espírita do Brasil, o Grupo Familiar do Espiritismo
Numa noite marcada por apresentações artísticas (canto, vídeos e dramatizações) foi aberto, na quinta-feira (30), o 21º Congresso Espírita da Bahia. O evento, promovido pela Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB), acontece até o domingo (2) no Fiesta Convention Center, em Salvador.
O tema “Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei”, foi destacado com as participações das cantoras Andrea Bien e Cássia Aguiar e do Coral da FEEB.
O conclave presta homenagens aos 160 anos do primeiro centro espírita do Brasil, o Grupo Familiar do Espiritismo, fundado pelo jornalista Luiz Olympio Telles de Menezes, que completa 200 anos de nascido em 2025. A própria FEEB celebra seus 110 anos, a partir da criação da União Espírita Baiana em 1925.
Os oradores espíritas baianos Divaldo Pereira Franco e Jorge Andrea dos Santos, ambos desencarnados, também são distinguidos. Presente à abertura, o presidente da Federação Espírita do Maranhão (Femar), Fábio Souza de Carvalho, representou a diretoria da Federação Espírita Brasileira (FEB).
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Fragmentação de Placas Tectônicas: O Que Significa para as Américas
Um estudo pioneiro mapeou a complexa interação de três placas tectônicas na costa noroeste da América do Norte, revelando um processo de fragmentação que redefine a compreensão sobre os riscos sísmicos e vulcânicos na região.
Destaques:
· A descoberta do “megasistema” tectônico
· A tecnologia por trás do mapeamento inédito
· Fragmentação da placa e suas implicações práticas
· O futuro dos estudos sísmicos na região
O estudo, diga-se, é um marco. Pela primeira vez, geólogos conseguiram detalhar a dinâmica de um “megasistema” tectônico onde três placas se encontram — um avanço crucial para prever a atividade de terremotos e vulcões ao longo de toda a costa do Pacífico.
A pesquisa, conduzida por um consórcio de universidades dos EUA e Canadá, focou-se na região da Ilha de Vancouver. Lá, as placas Juan de Fuca e Explorer deslizam sob a placa Norte-Americana em um processo lento e inexorável, conhecido como subducção.
O mapeamento revolucionário
Para decifrar esse quebra-cabeça geológico, uma equipe de 20 cientistas realizou um escaneamento de alta resolução do leito oceânico. O método: um sonar especializado que varreu uma faixa de 75 km durante a expedição CASIE21, financiada pela National Science Foundation em 2021.
A grande revelação do trabalho, publicado em artigos em meados de 2024, é que a placa Juan de Fuca está se fragmentando. Este processo, que diminui sua atividade geral, não elimina o risco — a região permanece ativa e capaz de gerar terremotos de grande intensidade.
O que isso muda na prática?
Essa fragmentação cria “pedaços” no fundo do oceano e altera a distribuição de tensões ao longo de toda a falha, que se estende do Canadá à Califórnia. Compreender essa mecânica é vital.
A descoberta fornece um novo modelo para interpretar uma das zonas sísmicas mais críticas das Américas. Os dados coletados serão a base para os próximos estudos de risco, permitindo que autoridades se preparem melhor para eventos futuros. Afinal, entender como as gigantes subterrâneas se movem é o primeiro passo para conviver com sua força colossal.
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