Como a proteção de dados atua em questões, como garantia da segurança de seus usuários e consumidores online, frente às práticas de enfrentamento aos ataques cibernéticos no país
Em 28 de janeiro de 2006, foi instituído o Dia Internacional da Proteção de Dados pelo Conselho da Europa. O objetivo da data é conscientizar a população mundial quanto à importância da privacidade, a garantia à segurança e a proteção de dados de empresas e consumidores que desejam efetivar suas experiências de compra online, diante das práticas de enfrentamento aos ataques cibernéticos, ação que já pode ser considerada como um desafio atual e constante.
A tecnologia, hoje, é um ponto de apoio a consumidores que queiram efetivar suas experiências de compra sem precisar sair do conforto de sua casa, o que deixa explícito a necessidade de pensar em sua segurança ao efetivar essas compras no modelo online, bem como na credibilidade das empresas responsáveis pelas vendas. De acordo com Sérgio Antonio Coelho, sócio e diretor de TI da Kstack, startup especializada na oferta de soluções digitais e Hunting de profissionais de TI, “a questão da segurança online contra os ataques cibernéticos é um tema de preocupação constante para as empresas que participam ou que se beneficiam desse segmento, bem como para as pessoas que são consumidoras ou que apenas utilizam a internet como meio de consulta”. O executivo explica que uma informação simples, postada em uma rede social qualquer, pode ser utilizada para ações que vão desde descobrir uma senha, até auxiliar abordagens referentes aos diferentes esquemas de fraudes (ou crimes cibernéticos) que ocorrem em todo o mundo.
“Existem práticas e recomendações que as empresas podem adotar minimamente, e dentro das possibilidades financeiras e de negócio, que permitem a gestão e a atenção contínua aos indicadores, mantendo-os constantes e ativos. Três dessas práticas, por exemplo, são altamente recomendáveis, como a emissão do Certificado SSL, a utilização de plataformas seguras, e suas atualizações, e o uso de senhas fortes por parte dos clientes finais. Lembrado que os criminosos também as conhecem e aplicam as melhores práticas no lado oposto”, destaca Sérgio.
Uma pesquisa realizada pelo relatório Global DDoS Threat Intelligence constatou que o Brasil é o país que mais recebe ataques cibernéticos na América Latina, e isso já vem acontecendo há mais de uma década. Entre esses ataques, encontram-se as ameaças de violação de dados, um obstáculo grande e significativo diante da proteção de informações sensíveis de clientes e parceiros. Sérgio Coelho afirma que “o equilíbrio entre a segurança e a experiência do cliente vai influenciar diretamente nas taxas de conversão. Pensando nisso, é importante considerar, também, que uma experiência boa durante uma compra online pode ser completamente arruinada por uma fraude ocorrida com os dados daquele cliente”.
Segundo o Gartner, o mundo pode chegar a gastar US$ 679 bi com nuvem pública em 2024, pois as necessidades empresariais de tecnologias emergentes serão impulsionadas como pontos primordiais a serem tratados para que a proteção de dados aconteça. Em outras palavras, a proteção de dados volta a reacender a importância do enfrentamento a fraudes e crimes cibernéticos, lembrando que sua atuação já é considerada como um desafio constante para as experiências de compra online.
Compreender dados pessoais online diariamente compartilhados
Para o sócio e Diretor de TI da Kstack é preciso compreender os dados pessoais online diariamente compartilhados. “Uma grande parcela da população acessa as redes sociais diariamente, bem como o seu banco, consulta produtos e serviços específicos, via aplicativos ou pelo navegador, acessa e-mails e participa de reuniões. O volume de dados pessoais expostos ou fluindo na internet é imenso e, de certa maneira, incontrolável”, explica o Diretor.
É provável que grande parte da população brasileira navegue pela internet e efetue suas ações virtuais sem saber que as informações deixadas em páginas de compra e venda de produtos e serviços podem ser utilizadas e/ou compartilhadas até mesmo por meios não idôneos. O executivo destaca que “fatores, como termos de serviço muito complexos, por exemplo, ou empresas que não agem com transparência no momento de efetivar as compras de seus clientes, são empecilhos significativos que certamente dificultarão aos usuários a possibilidade de navegar online com segurança e privacidade”.
A proteção de dados frente à garantia dos direitos dos usuários
Sérgio afirma que coletar dados sem o consentimento claro e informado do usuário pode acarretar danos. “Há uma expressão que diz algo, como ‘uma vez na internet, nunca mais será esquecido’; os dados pessoais permanecerão online e em suas diversas ‘camadas’, a exemplo da Internet visível, deep web e dark web, assim como nos próprios computadores. Por mais medidas de segurança que as empresas adotem, ainda correm o risco do vazamento de dados e desses dados serem utilizados até mesmo para fins criminosos”, explica o especialista. “A solução não é e nunca será simples; ela envolve desde a educação dos usuários (consumidores ou não), até a aplicação de soluções de gestão/controle de segurança, suporte executivo e, principalmente, o apoio das empresas para que o aperfeiçoamento contínuo e a atenção às melhores práticas do mercado continuem acontecendo, com o objetivo de aperfeiçoar o desafio atual e constante que é a proteção de dados durante as experiências de compra online”, finaliza Sérgio Coelho, dizendo que a adequação dos consumidores às compras realizadas no modelo online de prestação de serviços é um imperativo inegável, bem como a necessidade de seu engajamento, identificação e alcance.
Uma pesquisa realizada em 2022 pela Febraban mostrou que, até então, apenas 20% das empresas do Brasil adaptaram-se à nova legislação de proteção de dados. Em 18 de setembro de 2023, a LGPD, Lei Geral de Proteção De Dados, comemorou três anos de vigência no país. A ANDP, Autoridade Nacional de Proteção de Dados, responsável pelas sanções e fiscalização dos tratamentos de dados em descumprimento à legislação, documentou, durante esse período, 636 incidentes de segurança.
Sobre a Kstack
Consultoria especializada em serviços de Hunting e professional services para o mercado tech. Provedora de soluções digitais para as frentes de negócios, meios de pagamento, agronegócios e saúde. Há seis anos no mercado nacional e internacional, a empresa já alocou mais de 300 profissionais em mais de 50 empresas como: VELOE, ACI, MOBLY, ZURICH, UHG, Magalu Lab, Dock.
A Kstack conecta oportunidades para promover a transformação digital.