No mês de julho de 2022, Maria Auxiliadora Pereira, uma aposentada de 67 anos, finalmente realizou um sonho acalentado ao longo de toda a sua vida: aprender a andar de bicicleta. Em meio a sorrisos radiantes, ela compartilha sua experiência: “É uma sensação de felicidade, de liberdade, de prazer, de sonho realizado”. Seu primeiro contato com a bicicleta foi através do projeto Bike Anjo, uma iniciativa que ensina pessoas como dona Dora, como prefere ser chamada, a dominar a arte de equilibrar as duas rodas em movimento.
Após anos sem pedalar, Marcus Eugênio de Gouvêa César, um psicólogo de 33 anos, decidiu tirar sua bicicleta do armário, motivado pelos incentivos de amigos. Agora, ele a utiliza para pequenos deslocamentos, como ir às compras no mercado ou na padaria. Marcus compartilha sua experiência: “Estou tentando incorporá-la à minha rotina diária e já me sinto muito mais disposto. Quem sabe um dia a use como meio de transporte.”
Nos últimos doze meses, Dora e César tornaram-se exemplos representativos de paulistanos que adotaram a bicicleta como meio de locomoção na cidade, seja para realizar um sonho de infância, buscar lazer ou simplesmente como alternativa de transporte. Embora não exista uma pesquisa específica sobre o tema, duas fontes confiáveis confirmam que o uso de bicicletas aumentou de forma significativa, variando entre 4,3% e 14%.
Se você for pedalar à noite, é sempre importante saber o melhor farol de bike e usá-lo como medida de segurança, assim os outros veículos e pedestres irão identificar com facilidade. Outra medida importante para quem está começando no ciclismo como Marcus e Maria, é o uso de capacete para bike, o capacete, além de ser um item de proteção individual, é uma medida preventiva que pode salvar vidas e reduzir o risco de lesões graves em caso de acidentes.
Os ciclistas compartilham espaço com carros, motos, pedestres e outros ciclistas; E estão expostos a diversas possibilidades que podem levar a acidentes, como irregularidades no pavimento, mudanças repentinas de tráfego e distrações no trânsito.
A primeira fonte é o sistema de bicicletas compartilhadas do Tembici, do Itaú, que disponibiliza 3.000 bicicletas em 280 estações espalhadas pela cidade de São Paulo. Entre janeiro e fevereiro de 2023, o número de deslocamentos registrados – cada um correspondendo a 15 minutos de uso – alcançou quase 2,48 milhões, representando um aumento de 4,3% em relação aos 2,39 milhões de deslocamentos realizados nos mesmos meses de 2022. Surpreendentemente, os entregadores de aplicativos representam 33% do total de usuários.
Outra fonte confiável são os contadores mantidos pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Dois desses contadores, localizados na movimentada Avenida Faria Lima, na Zona Sul, e na Rua Vergueiro, no Centro, registraram a passagem de impressionantes 271.957 bicicletas entre janeiro e fevereiro deste ano, o que representa um aumento de 14% em comparação ao mesmo período de 2022. Esses números reforçam a tendência crescente do uso das bicicletas como forma de deslocamento na capital paulista.
A crescente tendência de aumento no uso da bicicleta, tanto para lazer quanto como meio de transporte, reflete uma “mudança de mentalidade em busca de maior sustentabilidade”, de acordo com Marília Lessa, coordenadora de Relações Governamentais do Tembici em São Paulo. O custo inicial para utilizar as bicicletas compartilhadas é de R$ 4,39 a cada quinze minutos. Para aqueles que optam pelas bicicletas elétricas, há um acréscimo de 40 centavos por minuto. O Tembici tem planos de expandir sua frota de bicicletas disponíveis e instalar mais 1.200 bicicletas elétricas até o final deste ano.
A empresa sugere diversos roteiros para explorar a cidade de São Paulo de bicicleta, incluindo o famoso Minhocão, as ciclofaixas, como a da Vergueiro, o Parque do Povo e a Cidade Universitária. Esses locais oferecem uma experiência única aos ciclistas que desejam desfrutar dos benefícios de pedalar pela cidade.
Fonte: Tembici
