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Especialista explica como a Internet está afetando a autoestima dos jovens e os levando cada vez mais a buscar por Cirurgias Plásticas

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Cirurgia Plásticas
Foto: Pavel Danilyuk/ Pexels
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O “ Efeito Internet “ está levando cada vez mais jovens as mesas de cirurgia plástica e clínicas de estética.  Segundo pesquisas do Google, 84% das adolescentes brasileiras com 13 anos ou mais afirmaram que já usaram filtro ou aplicativo de edição de fotos para alterar a própria imagem. Além disso, cerca de 78% delas já tentaram mudar ou esconder alguma parte indesejada do corpo antes de publicar uma foto nas redes sociais. 

Segundo o cirurgião plástico Dr Regis Milani membro titular da SBCP , as redes sociais e plataformas online frequentemente exibem padrões de beleza irreais, levando as adolescentes a compararem-se e, por vezes, a sentirem-se inadequadas.

“Existe uma nova modalidade de pressão social virtual “ ! 

A necessidade de validação nas redes sociais pode gerar nos adolescentes pressões para se encaixarem em padrões estéticos, afetando assim sua autoestima caso não atendam a essas expectativas. Além disso, o Cyberbullying, que são os comentários negativos e críticas online podem impactar severamente a autoconfiança dessas adolescentes. A grande incidência de fotos editadas nas redes sociais pode distorcer a percepção da realidade, fazendo com que as adolescentes se comparem a imagens manipuladas, resultando em uma percepção distorcida de sua própria aparência”, explica o profissional. 

Entre as cirurgias mais procuradas pelos adolescentes podemos citar: rinoplastia, prótese de silicone e lipoaspiração. 

Dr Regis Milani explica que optar por uma cirurgia plástica na adolescência é uma decisão muito séria, e vários fatores devem ser considerados antes da decisão pela cirurgia. 

Alguns pontos essenciais incluem:

  1. Maturidade Emocional: Avaliar se o adolescente está emocionalmente maduro para compreender os motivos, as expectativas e as possíveis consequências da cirurgia.
  2. Motivação: Certificar-se de que a motivação para a cirurgia seja interna e baseada na melhoria da autoestima, em vez de influências externas, como pressão dos colegas ou padrões de beleza irreais.
  3. Compreensão dos Riscos e Complicações: O adolescente deve ter uma compreensão completa dos riscos associados à cirurgia, bem como das possíveis complicações, para tomar uma decisão informada.
  4. Aprovação dos Pais ou Responsáveis: A autorização e o apoio dos pais ou responsáveis são cruciais. Eles devem participar ativamente das decisões, entendendo os motivos por trás da escolha do adolescente.
  5. Consulta com Profissionais de Saúde: Buscar a orientação de profissionais de saúde, incluindo cirurgiões plásticos e psicólogos, para avaliar a adequação do procedimento, considerando o desenvolvimento físico e emocional do adolescente.
  6. Expectativas Realistas: Estabelecer expectativas realistas sobre os resultados da cirurgia e compreender que ela pode não resolver todos os problemas emocionais.
  7. Estabilidade Física e Emocional: Garantir que o adolescente esteja fisicamente saudável e emocionalmente estável antes de considerar qualquer intervenção cirúrgica.
  8. Alternativas não Invasivas: Explorar alternativas não invasivas, como terapia, exercícios ou outras abordagens, antes de optar por cirurgia, especialmente em procedimentos puramente estéticos.
  9. Impacto na Autoestima: Considerar como a cirurgia pode impactar a autoestima do adolescente a longo prazo e se ela é uma solução apropriada para as preocupações específicas.
  10. Legislação Local: Conhecer as leis e regulamentações locais sobre cirurgias plásticas em adolescentes, já que a idade mínima pode variar em diferentes jurisdições.

“É vital que todas as partes envolvidas estejam comprometidas em garantir que a decisão seja tomada de maneira ética, informada e segura para o bem-estar do adolescente”, finaliza o médico.

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